terça-feira, 1 de outubro de 2019

Porto Velho comemora 105 de emancipação política


Por Silvio M. Santos


Como diz a estrofe do hino de Porto Velho de autoria do poeta Claudio Batista Feitosa: “Nasceste ao calor das oficinas. Do parque da Madeira-Mamoré. Pela forja dos bravos pioneiros, Imbuídos de coragem e de fé...”
Aliás, a letra do nosso hino, é de uma riqueza histórica/cultural imensurável, Claudio Feitosa estava inspiradíssimo quando a escreveu. Posso afirmar isso com a maior segurança, pois,  a época, eu era empregado do escritório de representação do seu Claudio Feitosa que funcionava a rua Barão do Rio Branco. Confesso que tive a ousadia de também inscrever uma letra e música para concorrer, no concurso realizado pela prefeitura de Porto Velho que foi coordenado pelo jornalista assessor do prefeito Sebastião Valladares  Ciro Pinheiro e pela professora Madalena Naymaier.
Acontece, que o irmão de Cláudio o João Feitosa era oficial da Policia Militar do Ceará e conseguiu desenvolver o arranjo para a composição de seu irmão, junto aos músicos da Banda de Musica da PM cearense.
A estrofe citada acima, em minha opinião, é a mais rica historicamente falando, pois nos leva aos dias da nossa infância e adolescência, vivenciados ativamente no pátio de manobra da Estrada Ferro. Quantas e quantas vezes entramos na fila da fábrica de gelo que ficava nas proximidades da garagem das Litorinas, mais pra beira do rio Madeira, na tentativa de conseguir uma “barra” de gelo, que serviria para após “quebrado” na base do porrete e colocado em caixas forradas com pó de serra, que a gente pegava na Serraria do Território ou na Serraria da Madeira Mamoré para gelar a água que era servida aos fregueses da banca de comida de minha mãe na feira livre. Nos leva a lembrar de quando os Guardas da Estrada nos colocava pra correr, por estarmos amossegando trem no pátio da ferrovia ou então tentando juntar “cobre”, dentro da oficia, para vender na loja do seu Wilson da Motorista que ficava no Mercado Municipal que pegou fogo em 1966.
E o trem horário que chegava todas as terças e quintas feiras, vindo de Guajara Mirim e levava quase a cidade inteira para a estação!
Nos leva a lembrar dos navios: Leopoldo Peres, Lobo D’Almada, Lauro Sodré e Augusto Montenegro que enquanto ficavam atracados  no ‘PONTÃO ARIPUANÃ’ funcionavam  como ponto de encontro da sociedade, os chamados  Categas de Porto Velho, que iam degustar uma boa cerveja ou o refrigerante da moda ‘Grapete’ além de frutas como maça e até uva, frutas raríssimas em nossa cidade.
A cidade cresceu, chegou a ser o maior município brasileiro, pois seu território ia da hoje Extrema a Vilhena, mesmo com o desmembramento em vários municípios, Porto Velho ainda é um dos maiores (em extensão) municípios do Brasil.
Porto Velho continua sendo a cidade mais importante do estado de Rondônia e para nós portovelhenses de nascimento, ou por adoção, o melhor município do mundo.
Parabéns Porto Velho, cidade município! Orgulho da Amazônia Ocidental.

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