Quinta feira passada 24, fui até a Casa da Cultura Ivan
Marrocos que acertadamente agora ostenta em uma de suas fachadas a inscrição
GAL – Galeria de Artes Afonso Ligório.
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O motivo era saber sobre a saúde do amigo Augusto – Tote que
andou meio “baleado”, porém, já está em forma auxiliando a Margot Paiva na
administração da Casa.
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E eis que de repente adentra o escritório da
administração, meu amigo Flávio Dutka o pintor ‘maluco’ que vive nas barrancas
do Madeira, lecionando e pintando suas encantadoras obras de arte.
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Tenho quase certeza que o Dutka já morou em praticamente
todas as localidades ribeirinhas do Rio Madeira. Certa vez o encontrei em
Demarcação.
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Outras vezes em Calama, Boa Hora, Conceição da Galera,
Papagaios e por aí vai. Agora ele está lecionando na comunidade do Lago do
Cuniã, que pertence ao Distrito de São Carlos minha terra natal.
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Durante nossa conversa ele perguntou de onde eu era e ao
saber que nasci em São Carlos do Jamari e ainda por cima, fui batizado por Dom
João Batista Costa na igrejinha que resistiu a tudo que foi enchente do
Madeira.
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Dutka então me levou até o segundo piso da GAL e lá me
mostrou um quadro de sua lavra, no qual retrata justamente a Igrejinha de Nossa
Senhora Aparecida existente já em São Carlos.
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A surpresa que me emocionou foi que ele virou pra mim e
disse: “ESSA OBRA É UM PRESENTE MEU PRA VOCÊ”. Muito obrigado amigo que
vive defendendo a Amazônia das mazelas de seus predadores.
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Flávio Dutka veio a Porto Velho selecionado pelo Projeto
Sesc Amazônia das Artes para apresentar suas mais recentes obras que fazem
parte da Exposição TEMPORALIDADES.
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Temporalidades apresenta a recente criação do Artista
Visual Flávio Dutka, obras produzidas de fevereiro a setembro de 2019.
Trajetória de memórias, uma relação entre o real/imaginário, paisagens que
podem ou não existir, como fragmentos do tempo em que o artista passou
observando o espaço no entorno do Rio Madeira, área ribeirinha da cidade de
Porto Velho, Rondônia, onde atua ao longo de 20 anos como professor de história
e artes.
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Dutka através de suas pinturas apresenta uma natureza
amazônica para além do formato tradicional, cria uma poesia entre a relação do
caboclo, da índia e o varadouro que o artista conhece e identifica.
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Destaca-se também na mostra, além da imagem e sua poesia,
a técnica de pintura utilizada pelo artista em seus trabalhos mais atuais, com
o uso do spray, principal suporte da produção do grafite, em muros dos grandes
centros urbanos ou paredes de prédios, e podemos encontrar nas telas do pintor
criando ainda esse diálogo com a arte contemporânea e o amadurecimento de suas
técnicas ao longo de sua carreira artística.
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Esse texto quem postou foi: Betânia Avelar, Maria Braga e
Vitória Morão.
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A exposição fica até o dia 29 de Novembro na Galeria do
Sesc Centro a avenida Presidente Dutra ao lado dos Correios
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Horários de visita de segunda a sexta das 09h às 11h e das
12h as 16h; aos sábados das 10h às 13h.
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A tela da Igrejinha de Nossa Senhora de Aparecida (em São
Carlos), agora faz parte da galeria de artes, que existe na sala da minha casa.
Obrigado Dutka!
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