As
negociações para a realização do Arraial Flor do Maracujá 2019, que felizmente
terminaram com todo mundo em paz, me fez lembrar alguns episódios que
aconteceram em anos específicos, entre os representantes do governo estadual e
os representantes dos grupos folclóricos.
**********
Vamos
lembrar alguns episódios envolvendo representantes dos grupos folclóricos e
governo.
**********
Em
meados da década de 1990, os grupos que se destacavam em suas apresentações,
eram os Bois Bumbás.
***********
Acontece
que a Associação de Grupos Folclóricos de Rondônia – AFRO tinha como presidente
o Folclorista Pedro Botelho, que era totalmente a favor de mais apoio aos
grupos de quadrilhas.
***********
Assim
sendo, não saia da sala do secretário de Cultura que sempre o encaminhava ao
Departamento de Cultura cujo diretor o mandava conversar com o coordenador da
Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás do Arraial Flor do Maracujá que 100% adorava
a brincadeira de Boi Bumbá.
*********
Certo
dia ao conversar com o coordenador do Flor e mais uma vez insistir no apoio
financeiro ao Grupos de Quadrilhas, recebeu a seguinte resposta:
**********
Nós
só temos recursos para os Bois Bumbás. Depois de muito argumentar e não
conseguir nada para as Quadrilhas, Pedro Botelho foi embora muito triste.
**********
Dessa
viagem parou num lanche que funcionava na rua José de Alencar pelo lado da
Caixa Econômica e na calçada do prédio aonde funcionava a Secretaria Municipal
de Cultura – SEMCE onde trabalhava o José Monteiro seu cunhado, Almira, Omedino
Pantoja, Aluízio Guedes e Carlinhos Maracanã. Se não estou enganado o prefeito
era o José Guedes e o secretario de Cultura o professor Daniel.
**********
O
expediente já havia acabado quando Pedrinho chegou e encontrou a turma, sentada
em uma mesa do Lanche e ali ficou e desabafou sua decepção com a direção da
SECET em relação aos grupos de quadrilhas.
***********
Desabafou
e caiu passando mal, apesar da turma ter chamado o socorro. Quando a equipe da
saúde chegou era tarde, PEDRO BOTELHO estava morto. Morreu defendendo recursos
para os grupos de quadrilhas.
***********
Os
anos se passaram e o folclorista Antônio de Castro Alves que era o vice do
Pedro Botelho na AFRO criou no final da década de 1990, a Federação das
Associações de Grupos Folclóricos de Rondônia – FRAGRUF e com a anuência da
presidente da FUNCETUR órgão que substituiu a Secet, passou a coordenar a
Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás do Arraial Flor do Maracujá.
**********
Quando
o governador Ivo Cassol assumiu, ativou novamente a Secretaria de Cultura agora
como Secel e nomeou secretário Luiz Carlos Venceslau que veio de Espigão do
Oeste.
**********
Quando
chegou o mês de maio do ano 2004, Luiz convidou o Antônio de Castro Alves para
uma conversa e disse: “O Flor do Maracujá não é da sua Federação, é
do governo do estado e nós é que vamos administra-lo a partir de agora”.
***********
Pela
primeira vez o Boi Corre Campo perdeu para o Diamante Negro e o resultado foi
que Antônio Castro Alves ficou tão deprimido com a atitude do secretário, que no
dia 22 de agosto de 2004, dia do folclore, depois de alguns dias na UTI de um
hospital faleceu. Morreu lutando pelos grupos folclóricos.
**********
Essas
história são apenas para lembrar a luta enfrentada pelos folcloristas de
Rondônia, ao longo desses 38 anos da existência da Mostra de Quadrilhas e Bois
Bumbás – Arraial Flor do Maracujá.
***********
Desta
vez, graças a Deus, a pendenga terminou com os dirigentes da Sejucel e da
Federon fumando o CACHIMBO DA PAZ!
**********
E
como todo mundo continua vivo, vamos juntos, realizar o Melhor Flor do Maracujá
de todos os tempos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário