sexta-feira, 25 de maio de 2018

Real Forte Príncipe da Beira (RO) Sera revitalizado com apoio do MinC



 
Maior edificação militar portuguesa construída fora da Europa, o Real Forte Príncipe da Beira, em Costa Marques (RO), será revitalizado com apoio do Ministério da Cultura (MinC). O ministro Sérgio Sá Leitão visitou o forte na semana passada, acompanhado do governador de Rondônia, Daniel Pereira, e colocou o Ministério à disposição para contribuir com os trabalhos de restauração, em parceria com outros órgãos e o governo estadual. Já está previsto um investimento federal inicial de R$ 785 mil. 
A primeira etapa para a revitalização é o desenvolvimento de um projeto permanente e sustentável de manutenção, preservação e uso adequado do local. Um dos passos para isso é construção de um canteiro modelo de conservação, cuja licitação está em fase de elaboração por parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entidade vinculada ao MinC. 
O projeto do Iphan/MinC, no qual serão investidos R$ 785 mil, envolve obras de restauração, proteção de pisos internos das edificações, escoramentos complementares e a construção de um canteiro modelo de conservação, que contará com edifícios inspirados na arquitetura ribeirinha local e terá como função ser um receptivo de turistas e interessados nas visitações ao local. 
Localizado a cerca de 760 quilômetros de Porto Velho, às margens do Rio Guaporé, o Forte Príncipe da Beira tem grande importância para o patrimônio histórico e cultural brasileiro. "Pode ser um polo importante de atração de turismo e de geração de renda e emprego para a comunidade da região", observou o ministro. 
Da mesma forma que os demais fortes brasileiros, o Príncipe da Beira foi construído com objetivo de demarcar e defender as fronteiras, ainda no período colonial, definindo as terras que cada um dos antigos impérios, espanhol e português, controlavam dentro da América do Sul do século XVI até o início do século XIX. 
De propriedade do Exército Brasileiro, o Forte foi inaugurado oficialmente em 1783 e, conta com mais de 25,3 mil metros quadrados. Foi tombado como patrimônio cultural pelo Iphan e também pelo governo de Rondônia. Além disso, integra a lista das fortificações brasileiras candidatas a Patrimônio Mundial na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).   
Com o passar dos anos e a falta de manutenção frequente, houve desagregação do solo e consequente desestabilização das muralhas, cobertas por vegetação e tomadas por roedores. O revestimento das muralhas também passou por processo de deterioração e ações de vandalismo. Desde a década de 1980, diferentes órgãos tentam uma solução para o uso e preservação do local. Só agora, esse projeto vai sair do papel. O valor estimado de toda a obra de recuperação do forte é de R$ 10 milhões.  
Assessoria de Comunicação - Ministério da Cultura

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