Maior edificação militar
portuguesa construída fora da Europa, o Real Forte Príncipe da Beira, em Costa
Marques (RO), será revitalizado com apoio do Ministério da Cultura (MinC). O
ministro Sérgio Sá Leitão visitou o forte na semana passada, acompanhado do
governador de Rondônia, Daniel Pereira, e colocou o Ministério à disposição
para contribuir com os trabalhos de restauração, em parceria com outros órgãos
e o governo estadual. Já está previsto um investimento federal inicial de R$
785 mil.
A primeira etapa para a
revitalização é o desenvolvimento de um projeto permanente e sustentável de
manutenção, preservação e uso adequado do local. Um dos passos para isso é
construção de um canteiro modelo de conservação, cuja licitação está em fase de
elaboração por parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan), entidade vinculada ao MinC.
O projeto do Iphan/MinC, no
qual serão investidos R$ 785 mil, envolve obras de restauração, proteção de
pisos internos das edificações, escoramentos complementares e a construção de
um canteiro modelo de conservação, que contará com edifícios inspirados na
arquitetura ribeirinha local e terá como função ser um receptivo de turistas e
interessados nas visitações ao local.
Localizado a cerca de 760
quilômetros de Porto Velho, às margens do Rio Guaporé, o Forte Príncipe da
Beira tem grande importância para o patrimônio histórico e cultural brasileiro.
"Pode ser um polo importante de atração de turismo e de geração de renda e
emprego para a comunidade da região", observou o ministro.
Da mesma forma que os demais
fortes brasileiros, o Príncipe da Beira foi construído com objetivo de demarcar
e defender as fronteiras, ainda no período colonial, definindo as terras que
cada um dos antigos impérios, espanhol e português, controlavam dentro da
América do Sul do século XVI até o início do século XIX.
De propriedade do Exército
Brasileiro, o Forte foi inaugurado oficialmente em 1783 e, conta com mais de
25,3 mil metros quadrados. Foi tombado como patrimônio cultural pelo Iphan e
também pelo governo de Rondônia. Além disso, integra a lista das fortificações
brasileiras candidatas a Patrimônio Mundial na Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Com o passar dos anos e a
falta de manutenção frequente, houve desagregação do solo e consequente
desestabilização das muralhas, cobertas por vegetação e tomadas por roedores. O
revestimento das muralhas também passou por processo de deterioração e ações de
vandalismo. Desde a década de 1980, diferentes órgãos tentam uma solução para o
uso e preservação do local. Só agora, esse projeto vai sair do papel. O valor
estimado de toda a obra de recuperação do forte é de R$ 10 milhões.
Assessoria
de Comunicação - Ministério da Cultura
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