As comemorações relativas à
Consciência Negra em Porto Velho, começaram sábado passado (18), no Mercado
Cultural com a realização da 1ª Feira Afro e apresentações de alguns Terreiros
de Umbanda e Candomblé, a programação cultural encerrou com as apresentações
dos grupos folclóricos boi bumbá Diamante Negro, grupo de dança Waitiku Mayakan
e Quadrilha Flor da Primavera.
A programação continuou na
tarde de ontem segunda feira 20, data comemorativa a Zumbi dos Palmares, com a
Audiência Pública solicitada pelo deputado Anderson do Singeperon que discutiu
a efetividade das leis federais nº 10.639/2003 e 11.345/2008 que dispõem sobre
a implementação do ensino da “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” e
sua execução na grade curricular nas escolas estaduais.
Dia Nacional da
Consciência Negra
Dia da Consciência Negra! Esta
data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de
2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de
1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do
que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a
escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo
seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao
sistema escravista e também uma forma coletiva de manutenção da cultura
africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela
liberdade do seu povo.
Importância da Data
A criação desta data foi
importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a
importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os
negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos
políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país.
A abolição da escravatura, de
forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram
contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.
Vale
dizer também, que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de
cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos
europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes
militares entre outros foram sempre considerados heróis nacionais. Agora temos
a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve
outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso
povo e por nossa história.
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