quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Lenha na Fogueira - 23.11.17

Começa no próximo domingo 26, o tradicional festejo de Santa Bárbara, na Vila Tupi em Porto Velho, organizado pelo Recreio Iemanjá.

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Segundo Manoel Roberto, o Beto, este ano a comemoração será especial porque a casa completa 105 anos de existência.
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As comemorações em homenagem a Santa Bárbara começam às 18 horas do dia 26, com levantamento do mastro, novena e ladainha na igreja. No terreiro, ocorre a abertura oficial com tambor. Nos dias seguintes, continua a novena.
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Já no dia 4 de dezembro, às 12 horas, haverá almoço em ação de graças à santa. Às 17 horas, tem procissão que sai até a Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, na Vila Tupi, onde será celebrada a missa. Em seguida, o festejo continua no terreiro.
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O festejo de Santa Bárbara será na Rua Ubirajara, 234, no Bairro Vila Tupi, em Porto Velho.
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Lembrando que o Terreiro de santa Bárbara foi criado em Porto Velho pela maranhense Esperança Rita. Existe inclusive, certa dúvida quanto ao ano da fundação do Terreiro. Alguns historiadores dizem que foi em 1913/14 e outros que foi em 1916.
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Como a divulgação distribuída pelo Beto diz, que o Terreiro está completando 105 anos, quer dizer que o ano de sua criação foi 1913.
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Você pode ver na programação, que no dia 4 de dezembro dia de Santa Bárbara a festa começa com a procissão que saindo Terreiro e vai até a igreja católica da Vila Tupi. No sincretismo, Santa Barbara é Iansã. Vamos ver o que diz a literatura
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Na liturgia da umbanda, Iansã é senhora dos eguns, os espíritos dos mortos, menos cultuados no candomblé.
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Na umbanda, a guia de Iansã é de cor laranja (coral) e, no candomblé, é vermelha, mas podendo ser utilizado a guia de cor vermelha na umbanda. No candomblé, também é chamada de Oyá. Seu dia da semana é quarta-feira e sua saudação é Eparrei.
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Santa Bárbara foi morta pelo próprio pai por se converter ao catolicismo e após sua execução, um raio atingiu a cabeça de seu executor.
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Oyá, é senhora dos raios, a orixá tem o poder de controlar não só os raios, mas também os ventos e tempestades.
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Além desta similaridade, ambas as divindades são representadas segurando uma espada.
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A ligação do Terreiro de Santa Bárbara com a igreja católica em Porto Velho, é centenária, Mãe Esperança e os integrantes da Associação conseguiram que a capela de Santa Bárbara, fosse inaugurada ou benzida, pelo Bispo Dom Pedro Massa e com isso conseguiram muitos adeptos.
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O Terreiro de Santa Bárbara mais famoso, era localizado a rua Joaquim Nabuco esquina com rua Bolívia. Ali ficou por alguns anos após a morte de Mãe Esperança Rita sob as bençãos do babalorixá Pai Albertino que depois, o levou para a Vila Tupi onde até os dias de hoje está funcionando.
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No tempo da Joaquim Nabuco, o entorno do Terreiro, se transformava num verdadeiro arraial, pois, semanas antes do dia 4 de dezembro, dia de Santa Barbara – Iansã, se realizava a festa de levantamento do Mastro e a partir de então, toda noite tinha “Batuque” e, enquanto os filhos e as mães de santo baiavam (dançavam), dentro do barracão do terreiro o público se deliciava com as comidas típicas vendidas pelas “Banqueiras” em frente ao Batuque.
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A procissão de Santa Bárbara no dia 4 de dezembro, era acompanhada por uma multidão e depois do ato religioso católico, o tambor ecoava por toda a região do hoje bairro de Santa Bárbara.
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Junto com amigos como Bainha, Pedro Silva e outros, eu, de vez em quando, balançava o Ganzá acompanhando os pontos puxados pelo Pai Albertino.
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Domingo vamos mais uma vez prestigiar a festa do mais antigo Terreiro de Rondônia que agora está na Vila Tupi. Eparrei Iansã!

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