Falta pouco para encerrar o
Festival Palco Giratório. O último espetáculo "Why the horse" (Por
que o cavalo?), acontece nos dias 24 (sábado) e 25 (domingo) às 20h00, no Sesc
Esplanada com a participação da atriz e diva do teatro brasileiro, Maria Alice
Vergueiro, homenageada nacionalmente pelo Sesc através do projeto Palco
Giratório.
Além de atriz, Maria Alice
Vergueiro é pedagoga e professora. Ela integrou o Teatro Oficina, participou de
suas montagens mais radicais (O Rei da Vela), fundou o irreverente grupo
Ornitorrinco (com Cacá Rosset), interpretou as principais peças de Brecht (Mãe
Coragem) e fez um extraordinário Beckett (Katastrophé, 1986), elogiado por
críticos do porte de Alfredo Mesquita (1907-1986), que classificou sua atuação
na peça de “espantosa”. “Sua história se confunde com a própria história do
moderno teatro brasileiro. Ela é, sem dúvida, um dos grandes nomes das artes
cênicas nacional e nada mais justo que prestarmos a nossa homenagem e
reconhecimento”, reforça Márcia Rodrigues.
Após, seis meses no
hospital, instigada pelo tema da morte e reconhecendo seu próprio e natural
receio diante do fim, Maria Alice Vergueiro convocou seus parceiros de grupo
Pândega de Teatro para a criação de um espetáculo em que pudesse ensaiar seu
derradeiro momento. Surgiu, então, o “Why The Horse?” nos palcos. “Mas o
que eu acho interessante é que, mesmo quando eu estou lá no velório, eu não
fico propriamente querendo imitar a morta. Eu gosto de me tornar acessível às
pessoas que vão me ver, que vão perto, que às vezes cantam músicas no meu
ouvido”, revela Vergueiro.
Em 2006, Maria Alice ganhou
destaque após o vídeo Tapa Na Pantera ter mais de 6 milhões de visualizações no
YouTube (Tapa na Pantera). No curta, ela retrata a história de uma senhora que
fuma maconha há 30 anos e nunca ficou viciada.
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