Nesta sexta-feira, 23 de setembro, o
Departamento de Artes (DArtes) da Fundação Universidade Federal de Rondônia
(UNIR) receberá Maria Alice Vergueiro, juntamente com o grupo Pândega, de São
Paulo. O encontro denominado Pensamento Giratório é parte da programação do
Festival Palco Giratório e será realizado às 15h, na Sala do Piano, na UNIR
Centro. O evento é realizado pelo Sesc Rondônia em parceria com o Dartes.
A atividade é gratuita e aberta
a todos os interessados, que terão a oportunidade de conhecer um pouco da
história da consagrada atriz e diretora de 81 anos de idade, que, ao longo de
seus mais de 50 anos de carreira, trabalhou com vários diretores teatrais do
país, como Augusto Boal, José Renato Pécora, José Celso Martinez Correia e
Gerald Thomas, além de ter fundado o importante grupo Ornitorrinco.
A atriz e seus parceiros de
grupo falarão do processo de montagem do premiado espetáculo “Why The Horse?”, que parte do tema da morte e do
reconhecimento do natural receio diante do fim. O
espetáculo, idealizado por Maria Alice Vergueiro, tem dramaturgia de Fábio
Furtado e conta com Luciano Chirolli, Carolina Splendore, Robson Catalunha e
Sérvulo Augusto no elenco. Com mal de Parkinson e dificuldade de locomoção,
Maria Alice Vergueiro continua se desafiando e busca o novo em sua
carreira com essa montagem.
Neste bate-papo com o público,
o grupo debaterá algumas questões: O que entendemos por tradição? O velho já
não serve, está fadado ao esquecimento? Em que medida o grupo Pândega, formado
em torno da mítica figura de Maria Alice Vergueiro, em plena atividade, a
exemplo deste trabalho em que encena a própria morte, se beneficia
criativamente do legado experimental da atriz e diretora para criar seus
trabalhos? Ou em sentido inverso, em que medida são justamente as novas e
diferentes gerações de artistas integrantes da companhia que possibilitam a
Maria Alice realizar suas inquietações e expressar pensamentos cênicos que
ressoam em todos os seus parceiros?
Em meio a tantas questões
profundas e à integridade e intensidade da experiência artística e de vida de
Maria Alice e seus parceiros, o público poderá entrar em contato com a memória
viva de parte fundamental do teatro brasileiro dos séculos XX e XXI.
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