Ontem foi o dia dos novos secretários, superintendentes e
gerentes tomarem posse, em substituição a turma que saiu e pretende se
candidatar a cargos políticos nas eleições de outubro. Alguns dos que pediram
afastamento de seus cargos no governo, para se candidatar, ficaram com a pulga
atrás da orelha ao ouvirem do governador a frase: “Ser prefeito em Rondônia não
é uma boa opção”. A maioria dos prefeitos quando não são cassados, saem mais
queimados que a pradaria de Roraima.
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Teve gente que só não desistiu depois de ouvir esse alerta, para
não se passar como fraco, mas, que deu vontade deu.
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O governador não está errado não, principalmente em se tratando
de prefeito de Porto Velho. Não sobrou um pra contar história. Nem mesmo o
endeusado Chiquilito Erse escapou da “Maldição do Palácio Tancredo Neves”, que
já foi da Ladeira Comendador Centeno e 31 de Março. Apesar do Chico se eleger
por duas vezes.
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Aliás, os únicos que conseguiram duas eleições foram Joaquim
Alberto Tanajura na década de 1920 e o Chiquilito Erse. O resto foi pro pau e a
maioria absoluta se acabou politicamente, pelo menos até a última eleição. Como
foi o caso do Carlinhos Camurça e José Guedes.
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Estou falando dos prefeitos eleitos pelo voto direto, pois no
tempo do Território Federal, os prefeitos eram nomeados pelo governador de
plantão e muitos não passavam nem seis meses no comando da cidade. Acho que o
prefeito que ficou mais tempo na prefeitura foi o Tião Valadares que foi
nomeado pelo governador Jorge Teixeira.
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Talvez por isso, o governador alertou seus pupilos para o perigo
que é ser prefeito em Rondônia. Ultimamente os prefeitos de alguns municípios
do interior de Rondônia, terminam na cadeia ou cassados.
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É difícil e mesmo assim, a turma dos políticos sonha em um dia
governar a cidade onde tem residência fixa. Quem se deu bem depois que foi
prefeito foi o hoje senador Ivo Cassol que saiu de Rolim de Moura para
governador do estado, Lindomar Garçom que saiu da prefeitura de Candeias para a
Câmara Federal e o governador Confúcio Moura que veio de prefeito de Ariquemes
para o governo estadual.
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Por isso os analistas políticos, duvidam muito da reeleição do
prefeito Mauro, apesar de nos últimos meses, ele ter dado uma melhorada na
cidade. Vamos ver se a nova turma terá mais sucesso. Os Donadons que digam como
não é fácil ser prefeito em Rondônia.
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Já ser governador, é uma dádiva, pois o passo seguinte é
conseguir, o que sempre acontece, uma cadeia no senado federal. Que o digam
Valdir Raupp e Cassol. Bianco veio do Senado pro governo.
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O bacana é que todos os candidatos sempre têm a solução guardada
na manga, para salvar a cidade que pretendem governar. Se eu fosse deputado
federal de primeiro mandato, não deixaria o certo pelo duvidoso. É melhor ficar
mais um tempo em Brasília do que vir pra cá se aventurar na prefeitura.
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É como diz o analista político colunista Carlos Sperença; “Pra
ser prefeito em Porto Velho, primeiro o candidato tem que vencer a MALDIÇÃO DO
PALÁCIO TANCREDO NEVES”.
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Dizem as más línguas, que alguém enterrou uma cabeça de burro no
gabinete do Palácio Tancredo Neves e que, quem senta na cadeira de prefeito, o
destino é descer a ladeira do Comendador sem freio e se acabar na praça
Jonathas Pedrosa disputando espaço com a Bailarina da Praça pro resto da vida.
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Quem se habilita. A isca está na ponta do anzol esperando o
próximo peixe a ser fisgado. Quanto maior o peixe mais forte a cacetada na
cabeça.
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Aliás, o negócio tá tão pra baixo, que até os candidatos a
candidato a algum cargo como vereador e prefeito, andam meio sem vontade de se
apresentarem como tal. Os vereadores que buscam a reeleição têm medo de dizer
que são candidatos, com receio de, de repente, caírem em alguma operação do
tipo “lava jato” que no caso, por se tratar de político do baixo clero, pode
ser denominada como operação “lava roupa suja”.
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O negócio tá tão feio que até agora não ouvi nenhuma noticia
dando conta de que qualquer dos vereadores da atual legislatura se propõe a
candidatar-se a prefeito. No mais, vão em busca da reeleição o que está muito
difícil de acontecer com mais da metade da casa.
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Não sei nem porque escrevi essa coluna, tratando de política.
Espero que o Carlão não venha me repreender pela ousadia de invadir sua praia.
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