Nascido em
Brasília em abril de 2011, “Eros Impuro” toca numa das mazelas da humanidade: a
violação ao corpo infantil por meio do sexo e da erotização. Considerado tabu
na sociedade, já que a maioria das vezes esse tipo de crime ocorre em ambientes
ditos seguros para meninos e meninas (igreja, escola, lar), o abuso sexual é
levado ao teatro por meio de uma linguagem sutil, que flerta com o universo
subjetivo da criação. “O público não é submetido ao choque provocado por esse
tipo de crime. Ele não é posto na poltrona como se tivesse diante de um
noticiário sensacionalista. Usamos a delicadeza da arte para criarmos um âmbito
que evidencia, sobretudo, as sequelas do abusado”, destaca o diretor e
dramaturgo Sérgio Maggio, cujo texto foi premiado, na temporada paulista da
montagem, como Melhor Dramaturgia de 2013 pelo Portal R7.
Um dos projetos
agraciados pelo Programa Petrobras Distribuidora de
Cultura, “Eros Impuro” abre a itinerância da região Norte
pela cidade de Porto Velho. De 27 (quarta-feira) a 30 de abril (sábado), a peça
entra em cartaz no Teatro Um do Sesc, às 20h, com entrada franca. Após sessão
de estréia (27/04), haverá o painel de debate “A arte diz não ao abuso sexual
contra crianças e adolescentes”, com a presença de representantes da sociedade
civil e do município e do estado, que trabalham pelos direitos da criança e do
adolescente.
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