Quinta feira passada 19, na
fila esperando as Portas do Palácio das Artes Rondônia abrirem, para assistir o
show da Amazonas Filarmônica.
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Aliás, a fila tava chegando ao
prédio do Ministério Público do Trabalho, ou seja, mais de duzentos metros da
porta do Teatro. Só pra você fazer ideia como tinha muita gente na fila.
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Isso antes das sete horas da
noite. Fui até as proximidades da porta e me surpreendi com uma senhora dizendo
horrores sobre as “condições” do teatro.
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A conversa era com outras
senhoras que também estavam na fila com a intenção de assistir o show Música na
Estrada.
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Falava a senhora de cabelos
grisalhos, provavelmente beirando a terceira idade:
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“Esse teatro está cheio de
pulga, rato e sujeira, além dos cupins que ficam perturbando quem está sentado
nas poltronas”.
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Ao ouvir tamanha aberração,
encostei e fiquei assuntando a conversa da “jovem anciã”. E ela insistia em
repetir a estória das pulgas, dos ratos e dos cupins pra quem encostava.
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Então indaguei: Por acaso a
senhora já entrou aí no teatro?
Ela respondeu que não!
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E quem foi que lhe disse que o teatro está infestado de tudo isso?
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Escutei numa Rádio o pessoal comentando e falando que o teatro estava
com tudo isso e também o ar condicionado não estava funcionando...
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Fiquei preocupado com o
quanto nós jornalistas, repórter, apresentador de programa de rádio e TV,
podemos contribuir com a violência em todos os níveis sociais.
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Isso se usarmos a profissão
como ferramenta do mau. Como ferramenta de revanche por não conseguirmos algum
benefício seja de que naipe for, o chamado “jabá”.
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A senhora da fila do teatro,
estava apenas repercutindo o que havia escutado num programa de rádio. Programa
que também ouvi.
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O apresentador do programa,
com aquela voz de “dono da verdade”, bradava, que o teatro Palácio das Artes
Rondônia estava empestado de tudo quanto era praga. “Tá pior que castigo de Deus em
cima dos egípcios na novela Os Dez Mandamentos”.
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Pelo que sei, o locutor em
apreço, nunca colocou os pés sequer, na calçada do teatro para ver as obras do
Julio Carvalho, quanto mais ter assistido qualquer função levada em seu palco.
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Não fora a queda de energia
que ocorreu bem antes das portas do teatro ser abertas, tudo teria corrido na
mais tranquila organização, pois, o ar condicionado funcionou tão bem que tinha
gente dizendo que estava com frio.
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Os cupins ninguém sabe
ninguém viu. O resultado de tudo, foi um super espetáculo musical, proporcionado
pela Amazonas Filarmônica e em especial pelo maestro Marcelo de Jesus.
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Quanto à senhora que estava repercutindo
a má noticia dada pelo apresentador do programa de rádio, procurei e não
consegui encontra-la no final do espetáculo, para saber sobre as pulgas, ratos
e cupins e principalmente sobre o “calor”.
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Diz a ética do jornalismo: O
bom repórter tem a obrigação de ouvir as duas partes e não sair fazendo
julgamento por seu livre e irresponsável raciocínio!
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O apresentador do programa deveria
ter escalado um repórter para ouvir o público no final do espetáculo, que o
Projeto Música na Estrada nos proporcionou, trazendo a Amazonas Filarmônica a
Porto Velho.
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Pelo menos por enquanto, a
direção da Fundação Palácio das Artes Rondônia – FUNPAR está merecendo nossos elogios,
pelo funcionamento de toda a estrutura dos teatros Guaporé e Rondônia.
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O resto é conversa fiada de
quem não procurar se informar!
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