Existe um ditado que diz:
“Pra morrer basta tá vivo”. “Quanto mais
alto o pau, maior a queda”. “A caneta que nomeia é a mesma que exonera” e por
aí vai.
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Minha intenção era divulgar
algumas coisas que aconteceram recentemente no âmbito de uma entidade cultural,
mas, que por falta de compromisso de algumas pessoas, cujo propósito é sempre
maquiar as verdades, vamos deixar que o fato seja descoberto (não temos dúvida
de que isso vai acontecer) e publicado, mesmo sem o aceite da autoridade que
não vai demorar muito estará em evidencia.
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Isto posto, vamos ao que
interessa. Hoje a Comissão que está coordenando as atividades relativas à
Semana da Consciência Negra em Porto Velho realiza no teatro Guaporé durante
todo o dia o Seminário "Conhecimento a Serviço da
Igualdade de Raças: Contribuições Brasil - Barbados".
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Aliás, apesar de na
programação da Semana da Consciência Negra constar poucas atividades culturais,
a moçada está de parabéns pelas palestras e divulgação através de entrevistas
em tudo quanto é mídia.
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Por exemplo, hoje o
Seminário no teatro Guaporé com certeza vai reunir muitas pessoas interessadas
na história dos negros antilhanos e barbadianos na formação cultural e política
de Rondônia em especial na de Porto Velho.
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Diferente dos demais estados
e cidades brasileiras, os negros que vieram trabalhar na construção da Estrada
de Ferro Madeira Mamoré foram admitidos como mão de obra especializada.
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Os barbadianos, granadenses
e todos que vieram das possessões inglesas chegaram aqui, como se diz na gíria
de hoje, “Por cima da carne seca”.
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Por serem técnicos
especializados, os negros da Madeira Mamoré mandavam nos brancos alemães.
Acontece que os alemães que pra cá vieram
trabalhar na construção da ferrovia, em sua maioria, era analfabeta, foram
contratados na beira do porto, pois eram estivadores e aqui foram contratados
como “cassacos”, ou seja, trabalhador braçal.
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E têm mais, os barbadianos
como ficaram conhecidos, só se comunicavam na língua inglesa, aliás, até hoje
seus descendentes, no meio familiar, só falam inglês.
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Portanto, se alguém chegar
com você falando que os negros que trabalharam na construção da Estrada de
Ferro Madeira Mamoré eram escravos, saiba que está mentindo.
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Rondônia tem dessas coisas! Se
for para classificar alguém como escravo na época da construção da Madeira
Mamoré, esse alguém seria os brasileiros que vinham do nordeste trabalhar nos
seringais que existiam nas terras que hoje formam o município de Porto Velho.
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Falo seringais de Porto
Velho porque me refiro aos seringais do Abunã, Fortaleza do Abunã e Ponta do
Abunã. Os seringais do baixo Madeira, rio Jamary e Machado. Esse povo sim,
apesar de não ser considerado como ESCRAVO assim era tratado, pois viviam a
mercê das cadernetas de anotações dos seringalistas patrões.
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O seringueiro passava a vida
inteira sem poder sair do seringal, pois, quando ia pedir as contas, por mais
que produzisse muita borracha sempre estava devendo.
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Assim sendo tinha que voltar
à colocação para continuar cortando seringa, para pagar uma dívida que nunca
acabava. Esses foram realmente escravizados em terras portovelhenses.
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Já os barbadianos se
destacavam no meio social, vestiam roupas finas e eram proprietário de clube
social como foi o caso do seu Geraldo Siqueira mais conhecido como Alumínio e
seu Clube Imperial.
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Muitos outros negros
barbadianos se destacaram na sociedade de Porto Velho pela elegância e o poder
financeiro. A escravidão passou longe da comunidade negra portovelhense!
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