E a Castanheira da
Candelária?
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Pois é! Foi pro chão e por
mais que queiram explicar não tem explicação!
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Aliás, as justificativas
prestadas por todos, cujo interesse é apenas financeiro, não passam de
declarações mercantilistas. Pura encheção de lingüiça. Conversa pra boi
dormir...
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Outro dia postei nesta
coluna, que Porto Velho é a terra onde se pratica a cultura da destruição em
vez da cultura da preservação. Aqui é melhor destruir que preservar.
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Os caras pensando apenas no
quanto vão lucrar, com a venda de apartamentos e terrenos, derrubaram
justamente no domingo de Páscoa, a árvore Castanheira de aproximadamente 100
anos. Se fosse o Zé Simão escreveria. “Chocolate de Castanha”.
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Veio o representante da
Secretaria do Meio Ambiente e disse: “A empresa pagou tudo que lhe foi cobrado
pela derrubada da Castanheira inclusive cumpriu com o item preservação da
espécie, pois doou 13 mudas que serão plantadas na cidade”.
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Aí veio o engenheiro
arquiteto e disse: “Tivemos que tirar a Castanheira por se tratar de uma árvore
muito grande, que tirava o visual do empreendimento e ainda, porque seus frutos
poderiam cair na cabeça de uma pessoa, lembrando que seu galho mais próximo fica
a 18 metros do chão, seria desastroso se o ouriço caísse na cabeça de alguém”.
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Veio o secretário do Meio
Ambiente meu particular amigo Edjales, e como se fosse cego em tiroteio, que
não sabe pra onde correr, falou: “Vê mesmo eu não vi as mudas de castanheira,
sei que deram entrada no protocolo em número de 13, essas mudas devem ser
plantadas na área rural...”. Ele não tem certeza se realmente a empresa dona do
empreendimento, realmente entregou as mudas das castanheiras. Aliás, ele falou
em Açaí, Patoá e Jatobá! Castanheira mesmo não falou não!
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O arquiteto que projetou o
condomínio, ou seja, lá o que for, não teve a competência de aproveitar a Castanheira
e coloca-la como atração em seu Projeto. Não teve criatividade nenhuma. Perdeu
a oportunidade de vender mais rápido os lotes, casas ou apartamentos usando a
Castanheira como marketing.
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É como já disse, é melhor
destruir que preservar.
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A Castanheira da Arigolândia
ou do Aluizão, até hoje não feriu ninguém com seus ouriços.
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Aliás, já estou na terceira
idade vivendo na Amazônia e nunca ouvi dizer, que uma pessoa foi vítima da
queda de ouriço de castanha. Se você já ouviu falar sobre isso, por favor, me
informe.
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O Manuel Português está
quase do “avesso” com tanta falta de responsabilidade para com o patrimônio
imaterial e material em nosso município.
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Já não bastasse o descaso
com a Madeira Mamoré, agora feriram o espaço da Candelária que é área de
preservação e por isso, não pode ser dilapidada ou modificada sem que se
obedeça às regras do IPHAN. Aliás, esse Instituto em Rondônia só serve para
autorizar a destruição do nosso patrimônio cultural.
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Basta lembrar que
concordaram que as peças da Madeira Mamoré fossem levadas para um local que não
tem nada a ver com a nossa história.
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E pensar que quando o
Roberto Sobrinho estava fazendo a restauração dos galpões, eles exigiram que os
parafusos que prendem as telhas, fossem iguais aos colocados pelos americanos
no tempo da construção da Estrada de Ferro e agora concordam com tudo. Tem
alguma coisa que não está correta por lá!
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O compositor Bado canta: “Dentro
da Mata tem a Lei do Mato; Dentro da Mata tem o Rei! Quem fere a Mata e a Lei
do Mato; Ferirá o Rei Também!
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