O discurso do ator Osmar
Prado proferido no momento que recebeu das mãos do Cacá Carvalho, o troféu
Mapinguari como o homenageado do 12° Festcineamazonia, foi aplaudido de pé pelo
público que superlotou o teatro Banzeiros na noite do último sábado.
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Convidado a falar sobre o
meio ambiente (natureza), Osmar levou o assunto para o Meio ambiente em que
convivemos uns com os outros, e defendeu a política do cooperativismo,
criticando o cantor Lobão que está sendo responsabilizado pelo movimento que
prega a volta da Ditadura Militar.
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Ele (Lobão) não deve estar
bem da cabeça, ou então está de gozação com o povo brasileiro. Não podemos
admitir de maneira nenhuma a volta de um regime que torturou, matou e amordaçou
nosso povo. Não podemos esquecer o que aconteceu com o jornalista Vladimir
Herzog e tantos outros que foram torturados e mortos nos porões da ditadura,
disse Osmar Prado.
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Enquanto isso na praça
Getulio Vargas em frente ao Mercado Cultural, a prefeitura promoveu sexta feira
a noite, a festa de encerramento do Centenário de Porto Velho com a premiação
do vencedor do concurso Monumento do Centenário.
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Como dissemos aqui em coluna
da semana passada, o vencedor do Premio Monumento foi o escultor Bruno Alves
que vai ter sua criação eternizada em um logradouro público da cidade de Porto
Velho.
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Não vamos aqui contestar a
escolha dos jurados pela peça do Bruno por sinal, reconhecida até por alguns
concorrentes.
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Porém, analisando as peças concorrentes
que estão na Funcultural, vimos que houve equivoco tanto, por parte dos
artistas que apresentaram obras como dos jurados.
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E creio que também de quem
elaborou o Regulamento do concurso. Explico:
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O que festejamos foi o
Centenário do Município de Porto Velho cuja data de criação é o 02 de outubro
de 1914.
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Acontece que praticamente
todas as peças apresentadas, se referiam a Estrada de Ferro Madeira Mamoré,
inclusive a vencedora que se não estou confundindo, é um “cidadão” levantando
as rodas de uma composição ferroviária e que recebeu o título de “Destemido
Pioneiro”.
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Gostaria que os jurados e os
que elaboraram o Regulamento explicassem o que um “Cassaco” (trabalhador braçal
da Estrada de Ferro Madeira Mamoré) tem a ver com a criação do Município de
Porto Velho!
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Quando todos que estudaram
um pouquinho da história do Município de Porto Velho sabem que o Major
Guapindaia primeiro Superintendente (Prefeito), foi convidado a deixar o imóvel
que servia a prefeitura e ficava nas terras que os dirigentes da Madeira Mamoré
diziam que era deles. Surgindo então a
famosa Linha Divisória.
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Quer dizer, o município de
Porto Velho nasceu fora das terras da Madeira Mamoré e em conseqüência não
tinha nada a ver com a Ferrovia. Eis a confusão.
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Tanto os artistas (em sua
maioria), como os jurados confundiram o município de Porto Velho com a Cidade de Porto Velho. A cidade Porto
Velho surgiu em 1907 quando Farquar concordou ou autorizou o inicio da obra da
EFMM Sete Quilômetros abaixo da Vila de Santo Antônio que a época pertencia ao
estado de Mato Grosso, e com isso passou para terras pertencentes ao estado do
Amazonas.
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Senhores que concordaram que
o monumento do centenário seja um “Cassaco” da Estrada de Ferro Madeira Mamoré,
com o título de “Destemido Pioneiro”, que peçam envergonhados, que o monumento
seja esculpido na Praça da Madeira Mamoré pois, é lá o seu lugar!
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Quem sabe daqui a CEM anos
tenhamos um monumento que represente realmente o município de Porto Velho!
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