segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Lenha na Fpgueira - 11.11.14


O discurso do ator Osmar Prado proferido no momento que recebeu das mãos do Cacá Carvalho, o troféu Mapinguari como o homenageado do 12° Festcineamazonia, foi aplaudido de pé pelo público que superlotou o teatro Banzeiros na noite do último sábado.

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Convidado a falar sobre o meio ambiente (natureza), Osmar levou o assunto para o Meio ambiente em que convivemos uns com os outros, e defendeu a política do cooperativismo, criticando o cantor Lobão que está sendo responsabilizado pelo movimento que prega a volta da Ditadura Militar.

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Ele (Lobão) não deve estar bem da cabeça, ou então está de gozação com o povo brasileiro. Não podemos admitir de maneira nenhuma a volta de um regime que torturou, matou e amordaçou nosso povo. Não podemos esquecer o que aconteceu com o jornalista Vladimir Herzog e tantos outros que foram torturados e mortos nos porões da ditadura, disse Osmar Prado.
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Enquanto isso na praça Getulio Vargas em frente ao Mercado Cultural, a prefeitura promoveu sexta feira a noite, a festa de encerramento do Centenário de Porto Velho com a premiação do vencedor do concurso Monumento do Centenário.
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Como dissemos aqui em coluna da semana passada, o vencedor do Premio Monumento foi o escultor Bruno Alves que vai ter sua criação eternizada em um logradouro público da cidade de Porto Velho.

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Não vamos aqui contestar a escolha dos jurados pela peça do Bruno por sinal, reconhecida até por alguns concorrentes.

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Porém, analisando as peças concorrentes que estão na Funcultural, vimos que houve equivoco tanto, por parte dos artistas que apresentaram obras como dos jurados.

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E creio que também de quem elaborou o Regulamento do concurso. Explico:

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O que festejamos foi o Centenário do Município de Porto Velho cuja data de criação é o 02 de outubro de 1914.
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Acontece que praticamente todas as peças apresentadas, se referiam a Estrada de Ferro Madeira Mamoré, inclusive a vencedora que se não estou confundindo, é um “cidadão” levantando as rodas de uma composição ferroviária e que recebeu o título de “Destemido Pioneiro”.
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Gostaria que os jurados e os que elaboraram o Regulamento explicassem o que um “Cassaco” (trabalhador braçal da Estrada de Ferro Madeira Mamoré) tem a ver com a criação do Município de Porto Velho!

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Quando todos que estudaram um pouquinho da história do Município de Porto Velho sabem que o Major Guapindaia primeiro Superintendente (Prefeito), foi convidado a deixar o imóvel que servia a prefeitura e ficava nas terras que os dirigentes da Madeira Mamoré diziam que era  deles. Surgindo então a famosa Linha Divisória.

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Quer dizer, o município de Porto Velho nasceu fora das terras da Madeira Mamoré e em conseqüência não tinha nada a ver com a Ferrovia. Eis a confusão.

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Tanto os artistas (em sua maioria), como os jurados confundiram o município de Porto Velho  com a Cidade de Porto Velho. A cidade Porto Velho surgiu em 1907 quando Farquar concordou ou autorizou o inicio da obra da EFMM Sete Quilômetros abaixo da Vila de Santo Antônio que a época pertencia ao estado de Mato Grosso, e com isso passou para terras pertencentes ao estado do Amazonas.

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Senhores que concordaram que o monumento do centenário seja um “Cassaco” da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, com o título de “Destemido Pioneiro”, que peçam envergonhados, que o monumento seja esculpido na Praça da Madeira Mamoré pois, é lá o seu lugar!

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Quem sabe daqui a CEM anos tenhamos um monumento que represente realmente o município de Porto Velho!

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