Indígenas que vivem em isolamento voluntário
no Peru são o tema do documentário, que será exibido na abertura do festival, nesta
terça feira dia 4, no Teatro Banzeiros a partir das 20h.
“Iskobakebo: um difícil reencontro”, tem direção de Fernando Valdívia,
com produção do Instituto Common Good (IBC) e Teleandes Productions. O filme
aborda o universo dos povos indígenas em isolamento voluntário na fronteira
Peru-Brasil e mostra as sérias ameaças que eles sofrem com a Pucallpa-Cruzeiro
do Sul rodovia, o desmatamento ilegal, o tráfico de drogas e as disputas de
terra.
Fernando Valdívia conta, em 62 minutos, a história de cinco anciãos
desta comunidade indígena, em Isconahua. Um deles é PibiaAwin, que agora vivem
na bacia do rio Callería no Peru. Sobreviventes Iskobakebo, um povo que
vivia nas profundezas da floresta de forma isolada, eles ficam sabendo, através
de uma visita inesperada, que seus parentes estão na Amazônia brasileira.
A notícia cria neles uma verdadeira esperança de reencontrá-los. Ao
mesmo tempo também no mostra a realidade em que vivem, um isolamento voluntário
da fronteira Peru-Brasil e as ameaças graves que precisam enfrentar com a
presença da Pucallpa-Cruzeiro do Sul (rodovia), do desmatamento ilegal, do
tráfico de drogas e dos conflitos territoriais que colocam suas vidas em perigo
constante.
Sobre o cineasta - Fernando Valdvia é
peruano e estará presente no festival, do qual ele também participará como
jurado. Comunicador Social e Bibliotecário, com especialização em Estudos
Amazônicos da Universidade Mayor de San Marcos. Trabalhou na Calandria e ONGs
em projetos audiovisuais educativos TV Cultura, foi ainda com 16 anos, após ler
uma história do jornal El Comercio, onde três mulheres falavam de uma tribo
desconhecida que apareceu na Manu, que ele se interessou naquele momento pelos
povos em isolamento de florestas de fronteira distantes.
A programação de hoje também vai apresentar a mais nova animação do
Mapinguari criada por Pedro Loureiro.
Após a exibição do documentário a cantora
francesa Valerie Lu se apresenta com um repertório de blues, jazz e MPB
A programação do festival seguirá até dia 8 de novembro. Mais de 35
filmes nacionais e internacionais serão exibidos nas diversas telas oferecidas
pelo evento ao público presente em Porto Velho, nas sessões do Cinema nos
Bairros, Cinema nos Terreiros, A Escola vai ao Cinema, entre outras. E além da
mostra competitiva, uma mostra especial terá espaço para filmes convidados, que
serão exibidos em sessões únicas.
Quem vai eleger os premiados
Este ano os olhares aguçados e critérios técnicos apurados serão de
Fernando Valdívia, Montezuma Cruz, Mário Jorge Branquinho, Daniel Graziane e
Yuleyvis Valdés Alvarez. Eles vão eleger os melhores para os prêmios de Melhor
Filme ou Vídeo, Melhor Documentário, Melhor Animação, Melhor Ficção, Melhor
Experimental, Melhor Roteiro, Melhor Montagem, Melhor Trilha Sonora, Melhor
Fotografia, Linguagem, Melhor Direção, Melhor Ator e Melhor Atriz, além do Prêmio
Lídio Sohn - Melhor Produção Rondoniense e para a categoria de Vídeo Reportagem
Ambiental, os prêmios de Melhor Reportagem Ambiental Rondoniense e Melhor
Reportagem Ambiental Nacional.
O Festcineamazônia tem o patrocínio
do BNDES,Governo Federal, Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual, Lei
Rouanet, Apoio cultural da Prefeitura de Porto Velho, Sema, Funcultural, Teatro
Banzeiros, Iphan, Parceiros de Mídia, Rádio Parecis FM, Multisoluções e Canal
Brasil. O Festcineamazônia é membro do Green Film Network e Fórum dos
Festivais.
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