Ontem o Rei dos jornais da
região norte completou 97 anos de resistência. Estou falando do nosso querido
jornal, vovô Alto Madeira.
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15 de abril de 1917 nascia o
jornal Alto Madeira que por muitos e muitos anos foi a principal voz dos que
nasceram ou adotaram Porto Velho.
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Nossa história de militância
na comunicação local, especificamente no jornal impresso, começa exatamente no
ano de 1958, levados que fomos pelo nosso irmão, Antônio Joaquim dos Santos
para atuar como dobrador e entregador
do jornal Alto Madeira e nas horas vagas, ficar na oficina (gráfica),
aprendendo o ofício de tipógrafo.
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O chefe da gráfica era o
senhor Petrônio de Almeida Gonçalves que também escrevia crônicas, juntamente
com o seu Ary de Macêdo e outros intelectuais de Porto Velho.
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Foi justamente nesse tempo,
que o seu Euro Tourinho estava começando a escrever a “Coluna Social” com o
pseudônimo de Eurly.
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Na
oficina atuavam como tipógrafo além do meu irmão Antônio, Paulo Machado,
Chicorote, José Guedes, Borba, Celso, Pedrinho e Mário ambos filhos do grande
Mestre conhecido como seu Boy que era o impressor.
O diretor geral
representante dos Diários Associados, era o senhor Arnaldo também conhecido
como Pombo Branco.
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Todo dia no final da tarde,
a redação costumava ficar repleta de intelectuais e políticos que iam saber das
noticia que chegavam de Manaus via Jornal do Comércio de onde o seu Arnaldo
fazia o famoso “Gilete Press”. Outra fonte era a Radional um sistema de
telefonia que era uma luta pra se conseguir contato com outras cidades
brasileiras.
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Bom! Quando aquele pessoal
começava a discutir muito alto na redação, seu Arnaldo gritava de lá, “Menino!”
e eu aparecia com a vassoura varrendo a sala, que, por seu piso ser de taco,
levantava uma poeira danada, então o pessoal debandava para a praça Jonathas
Pedrosa ou ia tomar um cafezinho no Café Santos e por la ficava um bom tempo.
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Nesse intervalo seu Euro
Tourinho, Petrônio Gonçalves e outros colaboradores revisavam (corrigiam) as
“Provas” das notícias que sairiam no jornal do dia seguinte.
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O Alto Madeira sobreviveu a
tudo quanto foi ato repressivo. Passou pela ditadura de Getúlio Vargas e a
revolução de 1964.
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Noticiou a realização da 1ª
Copa do Mundo que aconteceu no Uruguai em 1930.
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Cobriu a Nacionalização da
Estrada de Ferro Madeira Mamoré em 1931.
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Registrou a presença de
Getulio Vargas em Porto Velho em 1940.
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E a Criação do Território
Federal do Guaporé no dia 13 de setembro de 1943
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Destacou a posse de Aluizio
Ferreira como 1° governador do território Federal do Guaporé no dia 1° de
novembro1943
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Convidou o povo para a festa
de instalação do Território Federal do Guaporé no dia 29 de janeiro de 1944,
que aconteceu em frente ao Grupo Escolar Barão do Solimões.
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Estampou na capa, as
conquistas da seleção brasileira de futebol nas Copas do Mundo de 1958, 1962,
1970, 1994 e 2002.
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Cobriu todas as enchentes do
Rio Madeira assim como viu a Padaria do Raposo e o Mercado Municipal pegarem
fogo.
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Cobriu na integra o carnaval
de Porto Velho no tempo que era considerado o melhor carnaval de rua da região
Norte, assim como nosso futebol que também já teve seus dias de glória na
região.
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É a esse jornal, que hoje,
graças a família Tourinho em especial aos irmão Luiz e Euro, que a família
Diário da Amazônia deseja que resista por muitos e muitos anos.
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Parabéns Alto Madeira pelos
97 anos de luta e resistência!
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