Estamos chegando a sexta
feira santa e até o momento, não ouvimos falar se o Grupo Teatral Êxodo vai
participar encenando durante a Procissão, os quadros da peça “O Homem de Nazaré”,
“Julgamento e Paixão de Cristo”.
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É lamentável o que vem
acontecendo entre os integrantes do Grupo Êxodo. A disputa pela sua direção
ultrapassou o muro da Jerusalém da Amazônia e segundo dizem, está chegando às
barras do Tribunal de Justiça.
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É mais um evento tradicional
de Porto Velho que pode passar o rol do “Já teve”. Dessa vez a culpa não pode
ser imputada aos órgãos governamentais,
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A “briga”, é interna, é uma
“briga” de egos. Cada grupo querendo puxar a maior brasa para debaixo da sua
sardinha.
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Nessa confusão sem fim, como
escreveu Noel Rosa que não tem nada a ver, esse encenação dos integrantes do
Êxodo, quem perde é o estado de Rondônia.
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A peça O Homem de Nazaré,
foi transmitida para o mundo via Canal Amazonsat, e RedeTV-RO. Já foi notícia
inclusive no Jornal Nacional e agora pode deixar de ser apresentada, por um
simples capricho de alguns de seus dirigentes.
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Antes a briga era de
família, pois o grupo do “Cristo” tentou por várias vezes assumir a direção da
Associação e não logrou êxito. Acontece que mesmo disputando a direção, quando
chegava o momento da encenação da peça, todos voltavam a se unir e o espetáculo
acontecia, com toda pompa.
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Desta vez, a “briga’ ficou
mais acirrada, ao ponto de alguns integrantes, quase chegarem às vias de fato,
o que gerou BO em delegacia e abertura de processo judicial uns contra os
outros.
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Sempre estamos criticando
neste espaço a falta de apoio governamental aos movimentos culturais em Porto
Velho. Porém desta vez, o negócio é mais embaixo, a briga não tem nada a ver
com o governo.
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Porém, tem a ver com
prestação de contas. Quando aquela autoridade brada pelos corredores do TCE,
que a categoria que faz cultural é “Um bando de malandro”, a gente grita daqui
PT da vida. Porém, quando assistimos pessoas que deveriam estar lutando para
que esses pronunciamentos não voltassem a acontecer, discutindo por ficar a
frente de uma entidade, quando seus membros não querem. Aí fica difícil.
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Ouvi dizer que outro Grupo
de Teatro ao saber da “briga’ dentro do Grupo Êxodo, correu com o Arcebispo da
Arquidiocese de Porto Velho e conseguiu autorização para realizar a encenação
da Paixão de Cristo durante procissão do Senhor Morto na sexta feira santa.
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Menos mau! Porém, caso isso
aconteça realmente, adeus Grupo Êxodo.
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Tem um ditado que diz: “Não
falte ao serviço, para que seu chefe não sinta que você não faz falta”.
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No caso do Êxodo queira ou
não, vai fazer falta sim. Quem é que tem uma estrutura como a Cidade
Cenográfica Jerusalém da Amazônia!
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Aliás, no Brasil, existem
apenas duas Jerusalém, a de Pernambuco e a de Rondônia. Lá em Pernambuco pode
até existir desavença, entre os dirigentes do Grupo que produz a encenação da
Vida de Cristo. Mas, ninguém fica sabendo é uma briga mais que profissional;
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Em Rondônia, os integrantes
do grupo Êxodo fazem questão de divulgar as discussões e até postam nas redes
sociais. Puro amadorismo!
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Dessa vez não estão
crucificando apenas o Cristo, estão crucificando uma tradição de mais de 30
anos de Porto Velho.
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“Em Porto Velho já teve a
encenação da peça O Homem de Nazaré”! Será?
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