Por Lúcio Albuquerque (*)
Pesquisadores,
estudiosos e historiadores da região amazônica, com ênfase especial ao que
aconteceu nos últimos quase 40 anos em Rondônia, terão uma nova e boa fonte de
informação no livro do repórter andarilho Montezuma Cruz (ou Célio
Caldieri Munhoz ou Astrôncio Morrote – esse último só sabe quem lia as tribunadas
no jornal A Tribuna na segunda parte da década de 1970).
Hoje
aqui, amanhã mais adiante, e no dia seguinte, quem sabe? Assim se pode definir
a caminhada de mais de 30 anos do repórter Montezuma Cruz, sem qualquer dúvida
o melhor de todos os que já passaram pelas terras de Rondon. Agora ele está
lançando não um livro de memórias, ou uma autobiografia, mas uma parcela daquilo
que viu, testemunhou, e do que escreveu.
É o
livro Do jeito que vi, com suas 144 páginas, narrando as andanças dele
pela Amazônia, Maranhão, os dois Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Brasília (aqui
de paletó e gravata. Deve ter sido muito engraçado o Monte nesse traje
brasiliense), pelas fronteiras brasileiras.
Felizmente
o Astrôncio Morrote não vai limitar ao Do jeito que vivi tudo que
vivenciou nessas andanças. Como cita o jornalista Epaminondas Henk, lembrando
frase do próprio Monte inserida no livro: “Não há cronologia correta no livro.
Selecionei alguns dos principais assuntos, de diferentes períodos, e
infelizmente deixei ao largo histórias importantes que serão lembradas nos
próximos dois livros, até 2015”.
A
diferença do livro do Monte em relação a outros trabalhos de jornalistas quando
enfocam a Amazônia, é que ele não veio à região para fazer uma matéria e voltou
a seus pagos. O Monte vivenciou em repetidas vezes a região, tornou-se
amazônida, conhece mais daqui do que a maioria dos que usam a Amazônia para
discursos, e do que muitos dos que sempre viveram pelas barrancas dos nossos
rios.
Ele
narra situações que só vivenciou quem viveu aquelas épocas, como destaca o
jornalista Carlos Gilberto Alves, editor da Rádio Jovem Pan, paulista, no
prefácio. “Surgem nessas páginas coisas esquecidas, como o teletipo, a telefoto
e até o telegrama. Um tempo em que os repórteres corriam aos aeroportos
implorando para o passageiro, a aeromoça ou mesmo o comandante levarem o filme
com as fotos necessárias à ilustração das matérias”.
(*) O
livro pode ser adquirido ao valor de 33 reais
depositados na conta 5424-0, agência 2636-0 do Banco do Brasil, já incluído o
frete. Comunicar o depósito através do email amazoniasopiniao@gmail.com,
informando nome e CEP.
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