Depois
da overdose provocada pela Virada Cultural, estamos de volta à realidade.
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Infelizmente
não deu para cobrirmos o lançamento do livro “Trem Vivo” do trio (parada dura),
Viriato, Yedda e Samuel. Acontece que justamente no horário do lançamento na
Casa da Cultura estávamos nos apresentando com o Boi Bumbá Corre Campo lá no JK
II.
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Porém,
pelo que vi na Internet, o evento foi bastante concorrido, principalmente por
moradores antigos da nossa querida Porto Velho. Acho até que rolou muita
estória antiga sobre Porto Velho,
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Já
que o livro é recheados de Estórias sobre a Madeira Mamoré. Ainda não li,
porque o Viriato e o Samuel não me enviaram o livro conforme o “prometido”.
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Por
falar nesse tipo de Estória, na minha homenagem a Porto Velho publicada na
edição do dia 2, esqueci de colocar muita coisa.
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Não
falei do Pacato, Morcego e do Quirino. O Quirino era considerado à época, como
“lunático”, não fazia mal a ninguém, vivia pelas ruas de Porto Velho e tinha
várias cabanas onde dormia, uma das mais famosas, ficava atrás de um casarão
que existia justamente no espaço da rua José do Patrocínio entre o prédio do Relógio
e o Mercado Central, onde por algum tempo funcionou a Polícia.
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Quando
Quirino morreu, os governantes da época patrocinaram seu velório e enterro (um
dos mais concorridos de todos os tempos em Porto Velho), teve inclusive Missa
de Corpo Presente e a Banda de Música da Guarda Territorial foi tocando até o
cemitério dos Inocentes e mais da metade da população da cidade acompanhou.
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Outra
que deixei de fora por descuido foi a Bailarina da Praça, que além de animar
com sua dança os freqüentadores da praça Rondon cobra muito o reconhecimento
por parte das autoridades. “Tenho filho pra dar de comer, esse negócio de ser
patrimônio cultural não enche barriga, mereço um salário pelo meu trabalho”.
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Não
falei sobre o Bairro do Triângulo e nem citei o Favela o primeiro bairro da
Porto Velho brasileira, depois foi que veio o Mocambo.
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Assim
como a Funcultural através do Quebra Cabeça deixou alguns artistas nossos de
fora da Virada, eu também deixei de citar várias coisas que merecem destaque no
município de Porto Velho.
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Como
não se lembrar da Vila de Jacy Paraná no tempo que o trem horário fazia parada
para o almoço, quando saia de Porto Velho rumo a Guajará Mirim na volta era a
janta.
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Como
deixar de lembrar a Vila de Abunã com seu Hotel Abunã, que abrigava os
passageiros do horário da Madeira Mamoré tanto na ida como na volta. Hotel de
muitas lembranças das excursões estudantis. E a Vila de Mutum Paraná parada
obrigatório poro trem “beber” água!
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Como
deixar de fora o “Beleza” o melhor sacristão que passou pela Catedral
Metropolitana, Padre Chiquinho com sua humildade, Padre Mário Castaña com
aquela “educação”, Dom João Batista Costa o Bispo dos pobres, Padre Humberto e
o Lambretinha, mais o Padre Miguel e o seu cineminha...
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Como
foi que deixei de fora um lupanar como o de Anita, Mãe Preta, Adelícia, Maria
Eunice, Tambaqui de Ouro, Tartaruga e tantos outros que fizeram a nossa
alegria.
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E
o batuque da Chica Macaxeira o Samburucu, e o terreiro da Mãe Esperança Santa
Bárbara. Os banhos no Igarapé Grande e a praia do outro lado do rio Madeira.
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