sábado, 19 de outubro de 2013

EMERSON CASTRO E A SUPERINTENDÊNCIA DE CULTURA


A partir do dia 1º de novembro atendendo o que consta do Projeto de Lei aprovado pela Assembléia Legislativa de Rondônia, que dispõe sobre a estruturação organizacional e o funcionamento da Administração Pública Estadual, extingue, incorpora e funde órgãos do Poder Executivo Estadual e dá outras providencias e que em seu artigo 58 diz: A Secretaria de Estado do Esporte, da Cultura e do Lazer – Secel passa do nível de Secretaria de Estado para o nível de Superintendência, vinculada à Secretaria de Estado de Educação – Seduc.
Assim sendo, para esclarecer como realmente vai funcionar a Secel a partir do próximo dia 1º
 de novembro, entrevistamos o secretário da Seduc Emerson Castro. Acompanhe a entrevista que nos foi concedida na última quinta feira 17, durante a reativação do Cedel do Areal da Floresta.

ENTREVISTA


Zk – Vamos começar pela Superintendência de Cultura antes de falar em carnaval?
Emerson Castro – Algumas pessoas não entenderam a necessidade do nosso governador em enxugar o estado para se adequar a Lei de Responsabilidade Fiscal. No caso da Secel, ela vai se fortalecer dentro da Seduc.
Zk – Quer explicar melhor esse pensamento?
Emerson Castro – A Superintendência aparentemente parece ser menor que a secretaria. Analisa comigo: O secretário da Secel tem o mesmo status do secretário de Educação. O secretário da Secel chega com o da Seduc pede uma ajuda, então o da Seduc diz, você é secretário que nem eu te vira com teu orçamento, vai atrás de recursos. Estando dentro da Seduc a Secel, ao contrário, eu tenho como gestor, a obrigação de apoiar a Superintendência.

Zk – Qual o seu relacionamento com os segmentos culturais?
Emerson Castro – No meu caso especificamente, tenho grande paixão pelo setor, minha esposa é artista plástica, já ganhou um SART, premio que deve voltar a acontecer ano que vem. Sou carnavalesco torcedor da escola Diplomatas do Samba de coração.
Zk – A gente sabe que na Secel, noventa por cento dos funcionários são CDS. Como é que fica com a Reforma?
Emerson Castro – Acontecendo a nossa bendita transposição, o governo fica com mais gordura para recompor o quadro de funcionários do governo estadual. Não é só a Secel que precisa fazer concurso, a Polícia Militar hoje precisaria ter mais que o do dobro de policiais enfim, todas as secretarias precisam contratar. No caso da Secel especialmente, não teve contratação nas últimas décadas, acho que apenas cinco por cento do seu quadro é de carreira, o resto é cargo comissionado.
Zk – O que realmente representa a mudança da Secel na economia do estado?
Emerson Castro – A Secel perdeu seis ou oito CDS. De servidores, se houve alguma perda agora com a reforma administrativa, tenho como repor pela Seduc. Tem muita gente boa na Seduc, artistas, músicos etc. Profissionais que podem fortalecer as ações da Secel. Ainda não pormenorizei o que vou fazer junto com a superintendente, mas, garanto que a Secel vai ganhar força.

Zk – A Eluane continua como superintendente?
Emerson Castro – A nomeação é do governador. Não tenho nenhuma informação de mudança na Secel, pelo contrário, o encaminhamento, o governador pediu pra fazer com a Eluane e eu estou trabalhando com a perspectiva dela continuar como superintendente.

Zk – Existe uma preocupação no segmento das artes plásticas quanto ao Coordenador da Casa da Cultura Ivan Marrocos. Já existe um nome para assumir a Casa?
Emerson Castro – Não! Vou ter uma reunião com a Eluane para me inteirar melhor do assunto. Tive um primeiro contato com ela durante a reunião que aconteceu no plenarinho da ALE, convocada pela deputada Epifânia Barbosa para tratar do carnaval do centenário de Porto Velho.

Zk – Por falar nessa reunião com a deputada Epifânia. O governo do estado vai ou não participar do carnaval do centenário de Porto Velho?
Emerson Castro – Me hipotequei lá e o ano que vem, é o centenário da minha cidade. Eu não concebo, no centenário de Porto Velho não ter o carnaval. Quando falei do SART, no centenário da capital a gente vai querer resgatar tudo aquilo que já teve de bom, não apenas resgatar o carnaval.
Zk – Sugerimos durante a realização do Arraial Flor do Maracujá, que os desfiles das escolas de samba em 2014 sejam realizados no Parque dos Tanques.  Como o senhor vê essa possibilidade?
Emerson Castro – É possível. Aquele espaço está sendo cogitado para abrigar um projeto maravilhoso do governo que é a construção de duas mil unidades residenciais para os servidores públicos. É uma visão grandiosa de postura humana do governador Confúcio Moura, mas, a obra só vai começar lá para o final de abril/maio de 2014 porque é quando começa o período de seca.
Zk – Politicamente falando. Quais os projetos futuros, sair candidato a deputado estadual, ser prefeito de Porto Velho?
Emerson Castro – Tenho 13 anos de vida pública, vereador duas vezes, secretário municipal de esportes, vice prefeito, prefeito em exercício, tenho o privilégio de ser o único portovelhense a administrar a capital na história dos seus cem anos. Secretário de desenvolvimento e agora secretário de educação do estado. Nunca planejei isso na minha vida, tenho exemplos pessoais muito fortes, do meu pai da minha mãe. Minha mãe de retidão de elegância e educação, professora. Muitos amigos, você, Manelão, Odair Cordeiro gente que não vejo pela cor partidária.

Zk – Enfim?
Emerson Castro – Quando comecei na vida pública, comecei sempre com o sonho de ser prefeito de Porto Velho, para trabalhar pela minha cidade como a vi na minha infância, limpa, verde e bonita. Não tenho sonho megalomaníaco, meu sonho é deixar a cidade salubre, bonita, iluminada para dar orgulho as pessoas, cheguei perto desse sonho na vice prefeitura mas, não tinha o poder da determinação, de mandar fazer. O futuro vou deixar nas mãos de Deus.
Zk – Vamos falar dos projetos para a secretaria de educação?
Emerson Castro – Teoricamente só tenho 14 meses lá, posso até ser mudado antes disso, mas, estou trabalhando para o governador se reeleger. Tenho muitas obras em andamento, outras em licitação que quero dar velocidade. Meu grande projeto é reavivar a escola como foi nas décadas de setenta e oitenta, quando as coisas aconteciam dentro da escola. Nos finais de semana era festival de música, festival literário, da canção, tinha concurso de redação, semana de artes etc. Hoje o menino sai da escola esquece que existe escola. A escola não dialoga com os jovens no mesmo vocabulário, estamos falando hebraico e o jovem está falando português.
Zk – O que já está sendo feito nesse sentido?
Emerson Castro – Recentemente fizemos a entrega de tabletes, pra poder integrar o professor no mundo da Internet, das redes sociais, para poder interagir com o aluno e o aluno começar a ver o professor de outra maneira. No nosso tempo, o professor sabia mais que o aluno, hoje o aluno tem certeza que sabe mais que o professor, com isso, vem a falta de respeito, vem bulling e uma série de outras coisas. Nosso projeto é reavivar a escola com uma série de atividades extracurriculares se Deus quiser.

Zk - Voltando à Secel?
Emerson Castro – O planejamento da Secel será respeitado. A superintendência vai ter voz própria, vai dialogar com setores porque ela trabalha com a sociedade. Dentro da escola é Seduc fora do muro é Secel.

Zk – Para encerrar. Vamos ter carnaval com o apoio do governo do estado?
Emerson Castro – Vamos ter carnaval com a parceria do estado sim. O governador é sensível, se comprometeu a ajudar o carnaval. É o ano do centenário, não vejo uma comemoração completa se não tiver todas as manifestações plenas, com investimento público. No carnaval cada Real investido volta para o município, porque esse dinheiro não vai pra fora, a mão de obra é toda daqui. O dinheiro investido no carnaval não se perde, principalmente o das escolas de samba.

Zk – E no caso dos CDS da Secel?

Emerson Castro – Quem está trabalhando direitinho vai continuar trabalhando, quem não está vai sair, não tenho dúvida disso e quem está enrolando, vamos dar uma chance pra trabalhar. 

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