A partir do dia 1º de
novembro atendendo o que consta do Projeto de Lei aprovado pela Assembléia
Legislativa de Rondônia, que dispõe sobre a estruturação organizacional e o
funcionamento da Administração Pública Estadual, extingue, incorpora e funde
órgãos do Poder Executivo Estadual e dá outras providencias e que em seu artigo
58 diz: A Secretaria de Estado do Esporte, da Cultura e do Lazer – Secel passa
do nível de Secretaria de Estado para o nível de Superintendência, vinculada à
Secretaria de Estado de Educação – Seduc.
Assim sendo, para esclarecer
como realmente vai funcionar a Secel a partir do próximo dia 1º
de novembro, entrevistamos o secretário da
Seduc Emerson Castro. Acompanhe a entrevista que nos foi concedida na última
quinta feira 17, durante a reativação do Cedel do Areal da Floresta.
ENTREVISTA
Zk – Vamos começar pela
Superintendência de Cultura antes de falar em carnaval?
Emerson Castro – Algumas
pessoas não entenderam a necessidade do nosso governador em enxugar o estado
para se adequar a Lei de Responsabilidade Fiscal. No caso da Secel, ela vai se
fortalecer dentro da Seduc.
Zk – Quer explicar melhor
esse pensamento?
Emerson Castro – A Superintendência
aparentemente parece ser menor que a secretaria. Analisa comigo: O secretário
da Secel tem o mesmo status do secretário de Educação. O secretário da Secel
chega com o da Seduc pede uma ajuda, então o da Seduc diz, você é secretário
que nem eu te vira com teu orçamento, vai atrás de recursos. Estando dentro da
Seduc a Secel, ao contrário, eu tenho como gestor, a obrigação de apoiar a
Superintendência.
Zk – Qual o seu
relacionamento com os segmentos culturais?
Emerson Castro – No meu caso
especificamente, tenho grande paixão pelo setor, minha esposa é artista
plástica, já ganhou um SART, premio que deve voltar a acontecer ano que vem.
Sou carnavalesco torcedor da escola Diplomatas do Samba de coração.
Zk – A gente sabe que na
Secel, noventa por cento dos funcionários são CDS. Como é que fica com a
Reforma?
Emerson Castro – Acontecendo
a nossa bendita transposição, o governo fica com mais gordura para recompor o
quadro de funcionários do governo estadual. Não é só a Secel que precisa fazer
concurso, a Polícia Militar hoje precisaria ter mais que o do dobro de
policiais enfim, todas as secretarias precisam contratar. No caso da Secel
especialmente, não teve contratação nas últimas décadas, acho que apenas cinco
por cento do seu quadro é de carreira, o resto é cargo comissionado.
Zk – O que realmente
representa a mudança da Secel na economia do estado?
Emerson Castro – A Secel
perdeu seis ou oito CDS. De servidores, se houve alguma perda agora com a
reforma administrativa, tenho como repor pela Seduc. Tem muita gente boa na
Seduc, artistas, músicos etc. Profissionais que podem fortalecer as ações da Secel.
Ainda não pormenorizei o que vou fazer junto com a superintendente, mas,
garanto que a Secel vai ganhar força.
Zk – A Eluane continua como
superintendente?
Emerson Castro – A nomeação
é do governador. Não tenho nenhuma informação de mudança na Secel, pelo
contrário, o encaminhamento, o governador pediu pra fazer com a Eluane e eu
estou trabalhando com a perspectiva dela continuar como superintendente.
Zk – Existe uma preocupação
no segmento das artes plásticas quanto ao Coordenador da Casa da Cultura Ivan
Marrocos. Já existe um nome para assumir a Casa?
Emerson Castro – Não! Vou
ter uma reunião com a Eluane para me inteirar melhor do assunto. Tive um primeiro
contato com ela durante a reunião que aconteceu no plenarinho da ALE, convocada
pela deputada Epifânia Barbosa para tratar do carnaval do centenário de Porto
Velho.
Zk – Por falar nessa reunião
com a deputada Epifânia. O governo do estado vai ou não participar do carnaval
do centenário de Porto Velho?
Emerson Castro – Me
hipotequei lá e o ano que vem, é o centenário da minha cidade. Eu não concebo,
no centenário de Porto Velho não ter o carnaval. Quando falei do SART, no
centenário da capital a gente vai querer resgatar tudo aquilo que já teve de
bom, não apenas resgatar o carnaval.
Zk – Sugerimos durante a
realização do Arraial Flor do Maracujá, que os desfiles das escolas de samba em
2014 sejam realizados no Parque dos Tanques.
Como o senhor vê essa possibilidade?
Emerson Castro – É possível.
Aquele espaço está sendo cogitado para abrigar um projeto maravilhoso do
governo que é a construção de duas mil unidades residenciais para os servidores
públicos. É uma visão grandiosa de postura humana do governador Confúcio Moura,
mas, a obra só vai começar lá para o final de abril/maio de 2014 porque é
quando começa o período de seca.
Zk – Politicamente falando.
Quais os projetos futuros, sair candidato a deputado estadual, ser prefeito de
Porto Velho?
Emerson Castro – Tenho 13
anos de vida pública, vereador duas vezes, secretário municipal de esportes,
vice prefeito, prefeito em exercício, tenho o privilégio de ser o único
portovelhense a administrar a capital na história dos seus cem anos. Secretário
de desenvolvimento e agora secretário de educação do estado. Nunca planejei
isso na minha vida, tenho exemplos pessoais muito fortes, do meu pai da minha
mãe. Minha mãe de retidão de elegância e educação, professora. Muitos amigos,
você, Manelão, Odair Cordeiro gente que não vejo pela cor partidária.
Zk – Enfim?
Emerson Castro – Quando
comecei na vida pública, comecei sempre com o sonho de ser prefeito de Porto
Velho, para trabalhar pela minha cidade como a vi na minha infância, limpa,
verde e bonita. Não tenho sonho megalomaníaco, meu sonho é deixar a cidade
salubre, bonita, iluminada para dar orgulho as pessoas, cheguei perto desse
sonho na vice prefeitura mas, não tinha o poder da determinação, de mandar
fazer. O futuro vou deixar nas mãos de Deus.
Zk – Vamos falar dos
projetos para a secretaria de educação?
Emerson Castro –
Teoricamente só tenho 14 meses lá, posso até ser mudado antes disso, mas, estou
trabalhando para o governador se reeleger. Tenho muitas obras em andamento,
outras em licitação que quero dar velocidade. Meu grande projeto é reavivar a
escola como foi nas décadas de setenta e oitenta, quando as coisas aconteciam dentro
da escola. Nos finais de semana era festival de música, festival literário, da
canção, tinha concurso de redação, semana de artes etc. Hoje o menino sai da
escola esquece que existe escola. A escola não dialoga com os jovens no mesmo
vocabulário, estamos falando hebraico e o jovem está falando português.
Zk – O que já está sendo
feito nesse sentido?
Emerson Castro –
Recentemente fizemos a entrega de tabletes, pra poder integrar o professor no
mundo da Internet, das redes sociais, para poder interagir com o aluno e o
aluno começar a ver o professor de outra maneira. No nosso tempo, o professor
sabia mais que o aluno, hoje o aluno tem certeza que sabe mais que o professor,
com isso, vem a falta de respeito, vem bulling e uma série de outras coisas.
Nosso projeto é reavivar a escola com uma série de atividades extracurriculares
se Deus quiser.
Zk - Voltando à Secel?
Emerson Castro – O
planejamento da Secel será respeitado. A superintendência vai ter voz própria,
vai dialogar com setores porque ela trabalha com a sociedade. Dentro da escola
é Seduc fora do muro é Secel.
Zk – Para encerrar. Vamos
ter carnaval com o apoio do governo do estado?
Emerson Castro – Vamos ter
carnaval com a parceria do estado sim. O governador é sensível, se comprometeu
a ajudar o carnaval. É o ano do centenário, não vejo uma comemoração completa
se não tiver todas as manifestações plenas, com investimento público. No
carnaval cada Real investido volta para o município, porque esse dinheiro não
vai pra fora, a mão de obra é toda daqui. O dinheiro investido no carnaval não
se perde, principalmente o das escolas de samba.
Zk – E no caso dos CDS da
Secel?
Emerson Castro – Quem está
trabalhando direitinho vai continuar trabalhando, quem não está vai sair, não
tenho dúvida disso e quem está enrolando, vamos dar uma chance pra trabalhar.
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