quarta-feira, 19 de junho de 2013

LENHA NA FOGUEIRA 20.06.13


O problema que envolve o folclore no estado de Rondônia, não se resume apenas aos grupos da capital Porto Velho.



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Em Guajará Mirim pelo menos o Boi Bumbá Flor do Campo, está convivendo com a falta de responsabilidade por parte de quem de direito, no que diz respeito ao apoio cultural necessário para que o grupo se prepare condignamente para o Festival Folclórico conhecido como Duelo na Fronteira.



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O secretário de Turismo e Cultura do município artista plástico Ariel Argobe que também é diretor de arte do bumbá vermelho e branco da Pérola do Mamoré, indignado com a situação.



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Desabada num artigo publicado em vários sites de Rondônia e que aqui vamos compartilhar alguns parágrafos.



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O ano de 2013 parece mesmo ser um daqueles anos que temos que esquecer, pelo menos no que se refere à ausência das instituições públicas responsáveis pela condução da política cultural, seguidamente negligente para com a cultura popular...



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...Vejamos o exemplo do Arraial Flor do Maracujá, em Porto Velho, colossal certamente criado pelo próprio Governo do Estado de Rondônia, que expõe a genialidade criadora de caboclos e beradeiros das terras e barrancas do Rio Madeira, há mais de três décadas, na iminência de não acontecer pela exata vontade da autoridade pública.



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O mesmo fenômeno, de atitude contrária ao patrimônio cultural popular, também se registra em terras do Mamoré. O Governo de Rondônia, de maneira insensível e com total descomprometimento, na maior cara de pau, tacitamente ensaia sair de cena do Bumbódromo da Pérola do Mamoré, desaparecendo pela tangente, sem assumir suas necessárias e imprescindíveis responsabilidades para realização do 19º Festival Folclórico de Guajará-Mirim.



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A história de criação do Boi-Bumbá Flor do Campo é sempre contada de forma romântica e apaixonante, como sendo a vontade abnegada de uma professora exemplar e comprometida com a cultura popular, Georgina Ramos da Costa, que no ano de 1981, em uma das salas da Escola Estadual Almirante Tamandaré criou o bumbá.



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Há alguns anos a escola vem dificultando a entrada dos brincantes da Nação Vermelha e Branca na quadra da escola, onde costumeiramente, ao longo dos anos, o Boi do Bairro Tamandaré realiza seus ensaios.



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A atual Diretora da Escola, Professora Rosane Couteiro Lemos, reluta e nega, intransigentemente, um espaço que não é seu, mas sim público, de uso comum de todos.

A Professora Rosane Couteiro Lemos passa longe – muito longe mesmo - dos modernos princípios que entendem que a educação não pode mais ficar limitada aos muros escolares.



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E assim caminha a cultura popular em Guajará-Mirim e em Rondônia: enfrentando analfabetos estéticos; lutando contra gestores escolares preconceituosos, acomodados, conformados e defensores de uma escola alienadora e excludente; mendigando o apoio das instituições públicas culturais e de seus respectivos gestores, comprometidos apenas com o projeto econômico de grandes empresários da indústria da cultura de massa;



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Ouvindo não do Excelentíssimo Senhor Governador Confúcio Moura, um vaidoso blogueiro que pensa que a cultura popular - marcadamente perpetuadora da identidade cultural do povo de Rondônia e do Brasil – aquela praticada pelo povo humilde, realizada pelo artista simples e admirada por gente moradora das comunidades carentes, pelo turista e pelo mundo inteiro, não precisa do apoio de seu governo pífio.



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Escreveu o professor Ariel Argobe”

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