Até que enfim saiu fumaça branca da chaminé do
prédio do relógio. Temos Secretária de Cultura e Esportes novamente!
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A jovem administradora Eluane Martins foi efetivada
pelo governador como secretária da Secel cargo que vinha exercendo
interinamente desde o dia 10 de abril.
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Não sei se o amigo leitor lembra. Mas na edição do
dia 08 passado, postamos nesta coluna, que o governador Confúcio Moura havia
dito aos integrantes do Manifesto - Revolução Cultural e dirigentes da Federon
que estava com vontade de efetivar a Eluane.
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Isso após ouvir durante reunião que aconteceu em
sua residência no alvorecer do dia 7 passado, nosso pedido: “Governador não
nomeie mais para a Secel pessoas indicadas por partidos políticos, nomeie uma
pessoa de sua confiança, que tome café com o senhor em sua residência.
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Acho que ele nos ouviu. Eluane está a 11 meses na
Secel, primeiro como Gerente do GAF e depois como secretária interina.
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Em seu discurso de posse prometeu reivindicar
melhores CDS para os técnicos da pasta assim como desenvolver e colocar em
prática os Projetos Culturais e Esportivos elaborados pelos técnicos da Secel.
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Ganhou calorosos aplausos. “Hoje o governador tem
outra visão da nossa Secel e com isso vamos poder realizar os Projetos que
estavam parados”.
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O Ouvidor Vicente Moura já havia nos dito, que a
Secel gozava de baixo conceito junto ao governador. O que foi confirmado pela
nova secretária.
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Acreditamos, os que a Eluane desenvolverá um ótimo
trabalho à frente da pasta. Cacife para isso ela tem, pois é da casa do
governador.
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O primeiro grande desafio a ser enfrentado pela
nova secretária é a realização da XXXIII Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbás -
Arraial Flor do Maracujá.
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Até nisso ela deu sorte, pois o governador garantiu
a realização da nossa maior festa folclórica.
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Segunda feira foi o dia da Abolição da Escravatura
no Brasil.
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O interessante foi que os Movimentos Negros
agregados nos partidos políticos de Rondônia, nada fizeram e nem disseram.
Aliás, será que seus dirigentes sabem sobre a Lei Áurea?
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A respeito do assunto o escritor carioca Gilson
Moura Henrique Junior em trechos do artigo “A desabolição”, escreve:
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...Não nasci de pele preta, mas encantado com as
pretas formas, línguas, mundos, deuses, sons, me empreteci como pretejido de um
Itamar Assumpção que desconhecia ainda nos idos de 1988 quando vi “Tenda dos Milagres”
em uma tela de TV...
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...Nesse treze de maio, um treze que comemora um
documento assinado que foi fruto de sangue, manha e dança, luta e amor, horror
e suor de pretos e pretas que em trezentos anos de escravidão conquistaram a
ferro e fogo seus direitos escritos ou não, ainda vemos a chibata broxa do
senhor branco retirando demarcação de terras indígenas e quilombolas, tornando
aquele documento saudoso em mais um de tantos outros documentos assinados com a
tinta ficcional do poder, uma tinta que não concretiza o viver dos homens, que
não vai além da lorota que as elites contam para si mesmas para fingirem que
dormem tranquilas.
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...E nesse treze me lembro de Zumbi, me lembro de
Prata Preta, me lembro de Oxóssi dizendo “Eu sou Oxóssi, comigo ninguém acaba!”
e me sonho preto, e me espero preto, para que um dia a mancha de ser branco
suma do corpo, da alma, em uma vitiligo ao contrário, uma vitiligo causada por
um desejo de desenbranquecimento, para que a verdadeira abolição chegue pra
todos, pra mim, pra ti, pra todo o Xirê..
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