segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

LENHA NA FOGUEIRA - 31.12.13

Que 2014 seja bem melhor que 2013. Não que o ano que está terminando tenha sido ruim, muito pelo contrário, foi um dos melhores culturalmente falando.

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Na iniciativa particular, contamos mais uma vez com o Amazônia Encena na Rua, Palco Giratório, Festival de Música do Sesi, Mostra de Música do Sesc, Jornada Literária do Sesc, Festival Curta Amazônia coordenado pelo Levy e pela Golda.

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A Simone Norberto e sua turma não deixou a peteca cair quando o assunto foi cinema documentário apoiada pelo Sesc, o Festcineamazônia mais uma vez foi sucesso. O Marcelo Felicce montou e mostrou o espetáculo “O Topo do Mundo”.

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Ernesto Melo conseguiu passar mais um ano apresentando toda sexta feira, sua “A Fina Flor do Samba”, assim como o Heitor Almeida produziu a “Seresta Cultural” e o Sandro Bacelar com a Gioconda a “Segunda Cultural”, enquanto o Flamarion aos trancos e barrancos produziu a “Jam Bera” e o Beto Cezar manteve sua “Roda de Samba” todos os sábados no Mercado Cultural.

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Essa turma toda tem que agradecer ao Alberto de Castro Alves, que coloca sua estrutura de sonorização por uma “Merreca”, para que os eventos aconteçam.
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Outra entidade que fez muito pela cultura durante todo o ano de 2013 foi o Grêmio Recreativo Escola de Samba Asfaltão. Os caras não se prenderam apenas em promover Roda de Samba no Bar do Calixto e no Bar do Antônio Chulé, foram além, enveredaram pela literatura e homenagearam Clarice Lispector e mais uma vez firmaram parceria com o Festcineamazônia e exibiram o filme sobre a vida de Noel Rosa na Taba do Cacique.

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Tivemos ainda O Parque da Música e o Ferrovia Festival promovido pelo Denis Carvalho. Muitos shows promovidos pelo Maria Fumaça e outras empresas.

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Os blocos de Trio Elétrico como Banda do Vai Quem Quer, Galo da Meia Noite, Us Dy Phora. Jatuarana Sul, Até que a Noite Vire Dia e Bloco Canto da Coruja, Banda dos Imigrantes, Urubuzada e outros salvaram o carnaval de rua de Porto Velho.

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Por tudo isso, culturalmente falando o ano de 2013 foi muito bom. Mostrou que praticamente as entidades que trabalham com arte e cultura não dependem do governo para realizar seus eventos.

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Aliás, os eventos oficiais, estes sim não aconteceram por falta de responsabilidade cultural do atual governo.

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O Arraial Flor do Maracujá foi um verdadeiro fracasso, não pode ser chamado nem de arraial e nem de Festival. Arraial por falta de público e Festival porque não aconteceu disputa entre os grupos o que transformou as apresentações sem brilho nenhum.

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O famoso Duelo na Fronteira que envolve os Bois Malhadinho e Flor do Campo de Guajará Mirim não aconteceu por falta de total apoio do governo.
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Porém o governo estadual merece destaque pela obra do Teatro Estadual que está prestes a ser entregue a população, depois de passar mais de quinze anos sem solução. Isso quer dizer que nem tudo está perdido.

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O Ano de 2013 não foi ruim, mas, 2014 precisa ser bem melhor culturalmente falando!

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O aniversariante do dia é, Caio de Mesquita Monteiro, completando seus 4 aninhos. Os pais, Alex Monteiro e Cirlete Mesquita tão que não se agüentam de alegria. Parabéns!

SAMBA, FORRÓ E SOM ELETRÔNICO NO SHOW DA VIRADA


Pela primeira neste século a prefeitura de Porto Velho vai realizar a festa da virada, com queima de fogos e shows com artistas nacionais e locais. Graças à administração da Jória Lima a frente da Funcultural que convenceu o prefeito, a publicar Chamamento Público, para a realização do “Réveillon do Madeira” que teve como vencedor do Edital o Instituto Viver. Desde sábado passado a equipe da empresa de sonorização contratada pelo Instituo, trabalha na montagem da estrutura que consta de grande palco, camarotes e tendas no complexo turístico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré.
O palco está montado nas confluências das ruas Farquar com a Sete de Setembro ao lado do prédio do relógio e as tendas estão espalhadas em locais estratégicos da praça.

De acordo com o presidente do Instituo Viver Rocélio Rodrigues das seis tendas montadas cinco servirão para abrigar as pessoas idosas e os portadores de deficiência durante a queima de fogos e uma servirá a apresentação do DJ. “Em caso de chuva essas tendas podem servir com abrigo”, disse Rocélio.
A festa está prevista para começar as 19h00 desta terça feira 31 e só vai acabar no amanhecer do dia 1º de janeiro de 2014.
Uma das atrações que com certeza concentrará dezenas de pessoas é a queima de fogos que vai durar dez minutos e será montado em uma balsa no meio do Rio Madeira.
A coordenação espera mais de trinta mil espectadores no evento que contar com show da Banda Fala Mansa com o melhor do sertanejo pé de serra; Forrozão Patentear, dupla sertaneja Alex & Ademir; Bateria da escola de samba Asfaltão mais cinco DJs tocando as melhores do eletrônico. 
Para a Presidente da Fundação Cultural “o Réveillon no Madeira é uma oportunidade para as famílias de Porto Velho se reunirem e comemorarem a virada do ano com muita paz e animação” disse Jória.

sábado, 28 de dezembro de 2013

MARIA DO CARMO KANG TOURINHO

Dona Maria festejou no último dia 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara, Bodas de Vinho – 70 anos de casada com o seu Euro Tourinho, acompanhamos via coluna do jornalista Ciro Pinheiro toda comemoração e então resolvemos contar a história da Dona Maria do Carmo Kang Tourinho, filha de pai chinês e mãe amazonense que casou aos 15 anos de idade em Manaus e veio para Porto Velho com seu marido em 1944. Guarda Livro formada (hoje a denominação é Contador), por indicação de um vizinho, conseguiu emprego no governo do Território Federal do Guaporé, trabalhou na Mesa de Renda (hoje Receita Federal) e finalmente como contadora da Ceron onde após 46 anos, prestando serviço como funcionária do governo se aposentou. “Ensinei os seringueiros do Seringal Minas Nova a fazer farinha”.
Participaram da entrevista que foi gravada na manhã da última sexta feira dia 27, o jornalista editor de cultura deste Diário Analton Alves e a fotografa Ana Célia Santos. Foram minutos de aula de simplicidade, história e de como se deve proceder para chegar às Bodas de Vinho muito bacana, como diz dona Maria. Conheçam a história da matriarca do clã Kang Tourinho!


ENTREVISTA


Zk – De onde vem o nome Kang?

Maria Tourinho – Meu pai que era chinês, veio com os ingleses em busca de ouro numa localidade do estado do amazonas que ficava onde hoje é Boa Vista – Roraima. Passado algum tempo casou com uma brasileira que era de lá, dona Benedita Rodrigues. Depois de muito tempo, ele deixou os ingleses e foi morar em Manaus cidade onde nasci no dia 22 de junho de 1927 no bairro da Cachoeirinha que ainda existe e está muito bonito. Depois fui estudar no colégio Santa Dorotéia, me formei com 15 anos de idade.

Zk – Se formou em qual especialidade?
Maria Tourinho – Naquele tempo não se chamava contador era Guarda Livro. Do bairro Cachoeirinha, fomos morar na cidade, perto do Porto de Manaus e aí conheci o Euro. Ele foi estudar em Manaus e como não tinha mais internato no colégio Dom Bosco foi morar numa casa com outros estudantes. Acontece que teve que servir o exército e os colegas indicaram o restaurante do meu pai onde passou a fazer suas refeições diárias. Fomos nos conhecendo, ele era um rapaz muito bacana. Quando me formei ele achou que devíamos casar, meu pai concordou e estamos juntos até hoje.

Zk – Qual o motivo da mudança para Porto Velho?
Maria Tourinho – O pai dele faleceu e nós viemos pra cá, isso foi em dezembro de 1944. O pai dele era seringalista dono do seringal Minas Nova.

Zk - Quer dizer que seu Euro Tourinho foi seringalista?
Maria Tourinho – Seringalista, seringalista não pode ser considerado, porque ele não entendia do assunto, tanto que ficamos no seringal aproximadamente uns seis meses. No pouco tempo que fiquei lá fiz muito coisa, por exemplo, ensinei os seringueiros a fazer farinha de macaxeira, com isso eles não compravam mais a farinha que vinha de Belém naqueles paneiros o que significava boa economia.
Zk – Fixaram residência em Porto Velho?
Maria Tourinho – Sim! Quando fiz 20 anos de idade já existia o governo do Território Federal do Guaporé e tinha um vizinho muito bom o Glauco que era funcionário da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, certa vez ele questionou, por que eu não arranjava um emprego no governo, respondi: porque não conheço ninguém pra chegar lá e pedir um emprego. Então ele disse, vou arranjar emprego pra senhora e arranjou. O governador era o Araújo Lima. Foi muito rápido, fui ao palácio e me disseram, você vai traz seus documentos, no outro dia já estava trabalhando no governo do território.
Zk – Em qual repartição?
Maria Tourinho – Primeiro fui secretária do Secretário Geral (que era como se fosse o vice governador de hoje), depois assumi como chefe da seção do pessoal, onde fiquei subordinada ao Anísio Gorayeb na seção de material. Depois me mandaram pra Receita Federal que naquele tempo era chamada de Mesa de Renda Alfandegária onde passei uns quatro anos e me chamaram de volta pro governo
Zk – Como foi que a senhora foi parar no Serviço de Água, Luz e Força do Território – SALFT?
Maria Tourinho – Foi caso de política, meu marido era da UDN e então fizeram eu ficar a disposição do SALFT. Foi passando o tempo até que criaram a Centrais Elétricas de Rondônia – CERON. Separaram a energia da água criando também a CAERD. Foram 46 anos de serviços prestados ao governo do Território Federal do Guaporé/Rondônia.
Zk – Como era a vida social em Porto Velho naquele tempo?
Maria Tourinho – Tinha o Internacional que era um Clube muito chique, o Ypiranga, depois veio o Ferroviário, Bancrévea. Eu e o Euro frequentávamos todos. Tinha as avós Eulália e Bené que assumiram as crianças pra mim, tive nove filhos, oito homens e uma mulher e elas ficavam com as crianças enquanto a gente ia pras festas, era uma vida muito boa.
Zk – Essa filharada toda estudou aonde?
Maria Tourinho – Meus filhos estudaram no Barão do Solimões, Duque de Caxias depois foram pro Dom Bosco. Naquela época não tinha Faculdade aqui e quem quisesse continuar, tinha que ir pra fora estudar e assim a maioria dos meus filhos foi estudar fora. Uns em Manaus, outros em Belém, só dois não fizeram faculdade o Euromar (Mazinho) e o Eros que preferiram trabalhar com tipografia. Na família existem cinco pessoas formadas em medicina, dois filhos e três netas. Advogado são oito.
Zk – Como era conviver com o melhor colunista social da cidade e seu caderninho azul?
Maria Tourinho – O interessante, é que ao contrário do que muitos pensam, ele não levava o famoso caderninho azul para os eventos, gravava tudo na cabeça e quando chegava em casa é que passava pro caderninho pra não esquecer,
Zk – Vocês eram cutuba ou pele curta?
Maria Tourinho – Eu não seguia nenhuma facção política e o Euro era da UDN. A denominação Cutuba era usada com os correligionários de Aluízio Ferreira e Pele Curta para os seguidores de Renato Medeiros. O Euro viajava muito pelo baixo Madeira fazendo política udenista.
Zk – Quando a senhora trabalhava na Ceron era muito popular. Nunca passou pela sua cabeça se candidatar a qualquer cargo político?
Maria Tourinho – Não! Eu não suportava, ia votar porque era obrigada. Até hoje voto, mesmo já tendo passado da época.
Zk – A senhora chegou a exercer algum cargo no Grupo Tourinho?
 Maria Tourinho – Não, só trabalhei no governo e em casa que era para suprir os estudos dos meninos fora de Rondônia e você sabe que não é mole não. Nunca passou pela minha cabeça essas coisas de ah eu vou ser isso, vou ser aquilo. Deixa eu no meu lugar sossegada. Na família quem foi candidato foi meu cunhado o Luiz Tourinho.

Zk – Como foi que aconteceu o processo que culminou com a aquisição do jornal O Alto Madeira?
 Maria Tourinho – A compra do Alto Madeira foi decidida entre o Luiz e o Euro. Naquele tempo o jornal pertencia ao Assis Chateaubriand que era o dono Dos Diários Associados. Quando ele morreu os sócios resolveram vender o patrimônio montado por ele que era formado em sua maioria por empresas de comunicação, rádio, jornal e televisão.
Zk – É verdade que o diretor do jornal a época senhor Arnaldo conhecido também como “Pombo Branco”, não queria que o seu Euro assumisse a direção?
Maria Tourinho – É a pura verdade! Ele queria passar a direção pro outro lado político, foi preciso o Euro ir ao Rio de Janeiro falar com o Chateaubriand. Devo dizer que o Euro era muito querido pelo Assis e assim quando o Arnaldo deixou o jornal para retornar a sua cidade natal que era o Rio de Janeiro, por ordem de Assis Chateaubriand o Euro assumiu a direção do Jornal O Alto Madeira de Porto Velho.
Zk – Vamos voltar no tempo. Como foi a sua infância em Manaus a senhora lembra?
Maria Tourinho – Lembro sim, minha mãe era muito bacana apesar de não ser formada, meu pai que era cozinheiro muito afamado em Manaus. Meu pai era tão famoso como cozinheiro, que quando o presidente Getúlio Vargas esteve lá o governador foi à procura dele para ir fazer o almoço e o jantar para o Getúlio.

Zk – E ele foi?
Maria Tourinho – Ele respondeu ao governador que não ia lá, que poderia fazer no seu restaurante. Resultado, quando Getúlio chegou em Manaus à equipe de segurança destacou aquele guarda costa famoso Gregório para acompanhar os preparativos do cardápio na cozinha do restaurante do meu pai, depois levaram as panelas com tudo pronto para o local onde foi servido o almoço e o jantar.
Zk – A senhora ajudava no restaurante, chegou a aprender a culinária chinesa?

Maria Tourinho – Meu pai me ensinava, acontece que passava a maior parte do tempo estudando e quando ia pro restaurante era na hora do almoço e ficava no Caixa tinha muito freguês. Quanto à culinária chinesa não aprendi não, até porque meu pai trabalhava mais a culinária brasileira. Quando era mais jovem gostava de cozinhar e fazia de tudo, hoje com a idade que estou não faço mais nada, sou uma cidadã que trata de cortar os temperos pra minha nora, minha filha e para meus filhos que gostam de cozinhar todos eles.
Zk – E o carnaval no tempo dos clubes sociais, Ypiranga, Internacional e outros?
Maria Tourinho – O carnaval de clube era bom demais, apesar de nunca ter brincado em nenhum bloco, gostava de frequentar os bailes carnavalescos, inclusive fantasiada. Gostava também de assistir os desfiles na avenida Presidente Dutra e depois na Sete de Setembro. Só não gostava quando jogavam lança perfume nos meus olhos, tinha essa brincadeira que era muito chata.
Zk – A senhora falou que ensinou os seringueiros do Seringal Minas Nova a fazer farinha. E quem lhe ensinou?
Maria Tourinho – Acontece que aprendi com uma senhora daqui, ela reunia o pessoal em sua casa ralando macaxeira, tirando tucupi no tipiti, torrando, sempre eu ia pra lá e fui aprendendo. Quando fui morar no seringal com o Euro notei que os seringueiros tinham que comprar a farinha que vinha de Belém, Manaus a bordo dos navios que naquele tempo eram bonitos, tinha o Lobo D’Almada, Leopoldo Peres, Augusto Monte Negro, Chata Cuiabá e outros, ao chegar aqui desembarcavam a farinha no Plano Inclinado e embarcavam no trem da Madeira Mamoré no nosso caso, os paneiros eram desembarcados na estação de Jacy Paraná e de lá embarcados no motor do seringal juntamente com charque, pirarucu, feijão e outras mercadorias que eram levadas até o seringal. Ao ver aquele sacrifício, além de descobrir, que os seringueiros plantavam muita macaxeira, resolvi ensina-los a fazer farinha o que foi fácil daí então, eles passaram a economizar, porque não precisavam comprar farinha no barracão do seringal.

Zk – Qual a receita para se chegar aos 70 anos de casada, comemorar Bodas de Vinho?
Maria Tourinho – Olha menino, tinha meus filhos e uma mãe e uma sogra que até hoje rezo por elas. Nunca brigaram, nunca tiveram uma discussão, era aquela amizade. Quando havia qualquer desavença entre eu e o Euro que elas desconfiavam, a gente tomava o maior cuidado para elas não notarem que a gente estava de banda, então elas entravam em ação. Minha sogra falava com o ele e minha mãe falava comigo. Minha mãe era sempre a favor dele e mãe dele a meu favor. É difícil até hoje, a gente ver tanta amizade entre as sogras, os genros e as noras. Outra, nós nunca tivemos briga de escandalizar de dizer um pro outro, você vai embora daqui.
Zk – Quem é mais ciumento?
Maria Tourinho – Sou eu né! Não é ciúme, é falta de responsabilidade e educação. Agora não tem mais nada disso não. De uns dez anos pra cá não existe mais ciúme. Acontece que as meninas gostavam dele naquele tempo que tinha muito dinheiro, mas de uns tempos pra cá o assédio parou. Mas, nunca aconteceu da gente chegar ao ponto de falar em separação, acho que foi por isso que chegamos aos 70 anos de casados e se Deus quiser vamos chegar mais longe. Ele vai fazer 92 anos agora em janeiro. O Euro é muito bacana!
Zk – Nesses setenta anos de casados você viajaram muito?
Maria Tourinho – Quando fizemos 50 anos de casados, ganhamos uma viagem pra Europa. Certa vez fizemos um tour de carro por praticamente todo o Brasil. Éramos eu e o Euro e a Ligia com o Luiz. Saímos daqui para Campo Grande e fomos até o Rio de Janeiro, na volta a Campo Grande resolvemos continuar e então fomos no rumo do Rio Grande do Sul passando por uma bocado de cidades e estados, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro de novo, São Paulo, Goiás, foi uma verdadeira aventura. Quando chegava a noite que deitava na cama do hotel e olhava: Oh meu Deus do céu tomara que eu chegue em casa. A Lígia também dizia pra mim: Olha Maria tá muito bom, muito bacana, mas, não aguento.
Analton Alves – O que lhe da saudade da Porto Velho de antigamente?
Maria Tourinho – (emocionada). Da nossa amizade com os nosso vizinhos, com a mãe José Adelino, a outra vizinha que era judia e foi minha parteira dona Piedade ô mulher bacana, seu Chico que tinha armazém que vendia as coisas pra gente, era muito bom aqui. Tinha o Café Santos. Sempre o Euro ligava dizendo: Filha (ele sempre me chamou de filha) vem pra cá, eu ia pro jornal e depois a gente ia pro Café Santos, eles bebiam enquanto eu só comia uns pasteizinhos com guaraná Andrade.
Analton Alves – O que a senhora não gosta hoje de Porto Velho?
Maria Tourinho – Dessa política safada, que não paga os funcionários com um vencimento digno. Só roubam, fazem tudo que não presta. Fico com uma raiva danada quando voto num candidato e ele passa a fazer safadeza. Peço sempre a Deus que meus filhos não se metam em política. Até agora Deus tem me ouvido.
Zk – Para encerrar essa conversa. Gostaria que a senhora deixasse sua mensagem de Ano Novo pode ser?
Maria Tourinho – Que todos sejam amigos dos amigos. Se o seu marido é um homem de caráter, homem bom siga-o que é muito legal. Eu pelo menos sou católica, apostólica romana, não sou de lá sou do Brasil. Minha mãe era muito católica e me instruiu muito juntamente com minha sogra. Se o seu marido for bom pra você não seja apenas esposa, mas, também amiga.

Zk – São quantos filhos, quantos netos e quantos bisnetos?
Maria Tourinho – Filhos são nove, oito homem e uma mulher dos quais apenas seis estão vivos. Netos 34. Bisnetos 26.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

LENHA NA FOGUEIRA - 28.12.13

Último sábado de 2013, então vamos nos preparar para encarar os preparativos da festa de réveillon ou festa da virada.

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 É bom que façamos de tudo para estar juntos no próximo ano, nada de exagerar na bebida, ao volante e em especial na balada. Droga nem pensar.
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O importante é abraçar o amigo, a mulher, o irmão, o vizinho, a vizinha, enfim todo mundo que de uma maneira ou de outra conhecemos.
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E o melhor é que esse abraço aconteça depois do primeiro dia de 2014, para termos a certeza de que o show da virada valeu a pena.

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Vamos nos concentrar na virada do ano, de que o próximo ano, será bem melhor que o ano que se vai.
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Que as ações governamentais sejam realmente em beneficio da população e não apenas dos asseclas, dos puxa sacos ou dos aproveitadores.

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 O ano de 2013 se não foi o pior para a cidade de Porto Velho chegou perto. Não adianta a gente querer tapar o sol com a peneira, nós que lutamos para eleger o atual prefeito, não temos que por isso, bater palma para seu primeiro ano de governo.

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É costume as mídias, quando chega esse momento, publicarem as famosas retrospectivas. A produção governamental é um dos fatos que ocupa grande espaço nas retrospectivas de todas as mídias.

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Tenho quase certeza de que o prefeito Mauro acenderia vela para tudo quanto é Santo se a mídia portovelhense se esquecesse de produzir a retrospectiva sobre o primeiro ano de sua administração.
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Não adianta querermos encontrar alguma coisa de positivo, realizada pela atual administração que dificilmente vamos encontrar.

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Como todo regra tem exceção, no caso da administração municipal, encontramos de pois de quase torrar os miolos, umas ações que podemos classificar como positiva.

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A Funcultural foi a única secretaria que conseguiu realizar alguma coisa de positivo no primeiro ano do governo do Dr. Mauro.

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Tudo por conta dos eventos: “Virada Cultural” em homenagem aos 99 anos de emancipação do município de Porto Velho.

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O Programa Circulando Cultura que rodou todos os Distritos do Município de Porto Velho, levando shows em diversos segmentos, como dança, teatro, cinema , música e artesanato.

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E agora vai realizar o Réveillon na praça da Madeira Mamoré. Quer dizer, o governo Mauro escapou fedendo dos 100 por cento inativo no ano de 2013.

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Por parte do governo estadual as coisas andaram bem melhor. O governo Confúcio Moura virou o jogo e deslanchou na preferência da população, em especial na do interior.

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Para quem passou dois anos “apanhando” da imprensa, foi uma virada e tanto.
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A única coisa que não funcionou em 2013 no governo de Confúcio Moura foi o apoio aos eventos culturais. Não tivemos o Carnaval, Duelo na Fronteira, O Flor do Maracujá foi um fracasso, inclusive os grupos foram lesados ao não receberem nenhum tostão para se apresentar, mesmo com o governo garantindo que pagaria e na hora “H” não liberou as emendas.

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Ainda por cima, conseguiu através de um Conselheiro do Tribunal de Contas bloquear parte do repasse que os grupos tinham direito por suas apresentações no Flor do Maracujá de 2012. Culturalmente falando, o governo Confúcio fecha o ano com nota ZERO.

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Agora, por parte das entidades culturais, 2013 bombou em todos os segmentos culturais, principalmente em Porto Velho. De positivo por parte do governo estadual registramos a realização da Conferencia Estadual de Cultura.

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Hoje é último sábado de 2013!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

LENHA NA FOGUEIRA - 27.12.13

Nesta sexta 27, às 18h00, lá no Bar do Calixto vai acontecer mais uma reunião de sambistas com muito "Samba de Roda". Leve a sua composição inédita ou não para mostrar a galera e curtir os sucessos atuais e do passado, numa noite de muita alegria e confraternização, com presença de sambistas de todas as gerações.

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Essa roda de samba com certeza vai se transformar numa prévia do Bloco Mistura Fina. Isto em virtude do jogo de futebol de confraternização entre os integrantes da Escolas de Samba Asfaltão X Caiari, que vai acontecer justamente neste sábado dia 28.

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Então quem tem música para o bloco Mistura Fina 2013, deve comparecer hoje a partir das seis horas da tarde, no Bar do Calixto e ensaiar com os músicos que praticamente serão os mesmos, que tocarão no desfile do tradicional Bloco.

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O amigo Lucio Albuquerque   nos mandou o seguinte comentário a respeito da nossa última coluna:

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“Sua história desta terça-feira remete-me a outra, contada pelo então presidente da Associação Comercial, Mourão. Um dia fui entrevistá-lo e ele contou que tentara várias vezes chamar uma pessoa, sócia dele em outro empreendimento. Não teria havido resposta. Aí ele chamou o amante da mulher do sócio e, no dia seguinte, o sócio apareceu”.

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O negócio agora é o réveillon. Depois de alguns anos, o último foi no governo Cassol quando as atrações principais foram, DJ Maluco, o cantor Aladim e a banda Djavur.

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Por parte da prefeitura de Porto Velho nem lembro mais o último ano que o evento aconteceu.
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Agora a atual gestão municipal, está anunciando a realização do réveillon na praça da Madeira Mamoré inclusive, com queima de fogos direto de uma balsa que estará ancorada no meio do rio  Madeira em frente ao Plano Inclinado.

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Também a Associação que ganhou o Edital para a realização do réveillon municipal, contratou a banda de forró pé de serra Fala Mansa que está se apresentando de acordo com a programação, logo após a queima de fogos.
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Entre tantas atrações que estarão no palco, que será montado na praça da EFMM podemos destacar show de alguns DJs que animarão os presentes antes da meia noite.
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Quem vai encerrar a festa da virada, é a trupe da escola de samba Asfaltão com muito samba enredo e marchinha. Quer dizer, vamos iniciar o ano de 2014 brincando carnaval.

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Como disse, há muito tempo a prefeitura não realizava a festa da virada, coisa que a Jória Lima presidente da Funcultural conseguiu com o prefeito Mauro.

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Por falar em carnaval. Não sei se o pessoal da Funcultural tem conhecimento, de que para os blocos e escolas de samba, começar seus ensaios sem infringir a lei do silencio em sua plenitude.

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É necessário que o prefeito de Porto Velho decrete oficialmente, que o carnaval de rua de Porto Velho está aberto. Sem esse aval, se não estou enganado, nem bloco de trio nem escola de samba pode ensaiar, pois os decibéis das aparelhagens, ultrapassam na primeira batida do “Surdo de Marcação”, o volume permitido.

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Talvez seja por isso, que pelo menos até ontem, nenhuma entidade carnavalesca, tinha anunciado o inicio de seus ensaios. Nem mesmo o Galo da Meia Noite cujos ensaios são considerados os melhores.

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As escolas de samba, essas nem comentam sobre ensaios. Parece que a direção da Fesec não está botando fé de que a prefeitura vai repassar subsídios para os desfiles de 2014.

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Assim sendo, vamos preparar o gogó, para cantar samba hoje a noite no Bar do Calixto junto com a turma do Asfaltão.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

ORAÇÃO DE NATAL


Por Silvio M. Santos

Dentro de poucos minutos vamos festejar o nascimento do Menino Jesus.

Como se diz na gíria de hoje: Jesus é o cara!
Há 2013 anos, nascia o cara que veio ao mundo para salvar a humanidade.
Para nos salvar de tantas falcatruas, de tanta violência e de tantos desmandos.

Será que nesses anos todo o Cristo conseguiu seu objetivo?
É bom que a noite de hoje não sirva apenas para a troca de presentes e confraternização ao redor de uma mesa repleta de guloseimas e bebidas.

É bom que reservemos alguns minutos, para refletirmos sobre o que até então fizemos em prol do nosso irmão.

É bom que nos concentremos em orações agradecendo pela vida que vivemos até hoje.

É bom que procuremos uma igreja para rezarmos e orarmos pelos mais necessitados, pelos excluídos, pelos doentes, pelos viciados e pela gente mesmo.

Pela paz no mundo e pela extinção da violência.

Na hora de degustar um pedaço do Peru, do Pernil, do Bacalhau, do Carneiro ou da Rabanada.

Pensemos em quantos estão sem ter o que comer naquele momento.

Antes de abrirmos nossos embrulhos de presentes, pensemos naqueles que não tem um cobertor para se embrulhar na hora do frio.
Antes de estourarmos a champanhe, pensemos naqueles que não tem um teto para se abrigar da chuva.

Antes de levantarmos a taça para brindarmos o Natal, lembremos dos que não tem onde tirar um copo d’água pra beber.

Antes de acendermos as luzes da árvore de natal, lembremos dos que não conseguem apagar os cigarros com substâncias entorpecentes.
Antes de soltarmos os foguetes a meia noite, lembremos dos que estão cumprindo sentença nos presídios.

Antes de nos abraçarmos, lembremos dos que não têm com quem dividir seu abraço.

Que nossos beijos, não sejam o ósculo dado por Judas em Cristo!
Que nossa felicidade não seja em troca da infelicidade dos nossos irmãos.

É Natal!

Então é natal! Segundo a versão do Cláudio Rabello para a música de John Lennon:

“Então é Natal, e o que você fez/O ano termina, e nasce outra vez.
Então é Natal, a festa Cristã/Do velho e do novo, do amor como um todo./Então bom Natal, e um ano novo também./Que seja feliz quem, souber o que é o bem”.

FELIZ NATAL!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

BADO E BINHO NA PROGRAMAÇÃO NOVO NATAL


O grupo Diz Farsa vencedor do Edital da Funcultural, “Novo Natal para uma Nova Cidade”, entre tantos eventos, programou uma série de apresentações musicais com os compositores e cantores de Porto Velho, Binho e Bado. “O objetivo é levar ao público de Porto Velho e em especial o da periferia, o que temos de melhor na nossa produção musical”. O show que é individual, cada cantor se apresenta com sua banda e repertório, numa estrutura das melhores em se tratando de palco, sonorização e iluminação.
Assim os espetáculo foi levado em vários bairros da cidade e no ultimo sábado foi a vez do público que freqüenta a Feira do Porto montada na praça Aluizio Ferreira, aplaudir Bado e Binho. Binho preferiu mostrar um repertório baseado em composições próprias, que falam das coisas da nossa gente num som universal, é realmente um show de alta categoria o apresentado pelo cantor e compositor Binho. No meio de sua apresentação Binho convidou a subir ao palco e dar uma canja,  a cantora Kali Tourinho que foi bastante aplaudida ao mostrar algumas de suas composições.
Encerrando a noite do Projeto "Um Novo Natal para uma Nova Cidade”, subiu ao palco da Aluizio Ferreira aquele que é considerado o melhor e mais divulgado compositor e cantor de Porto Velho, Bado. “Vou mostrar um trabalho diversificado que também conta com músicas de compositores de fora do estado de Rondônia como é o caso do Eliakim Rufino de Roraima”, justificou Bado dando início a sua apresentação. Assim o compositor da “Dona Arara”, fez um passeio pelas melhores composições dos músicos da Amazônia, é claro, que a maioria das músicas era de sua lavra.

No final interpretou músicas inesquecíveis de Zezinho Maranhão que por sinal, estava sendo homenageado pela prefeitura de Porto Velho através da Funcultural, que aproveitou a programação para fazer o Tributo s Zezinho Maranhão. “Aproveitamos esse show com dois dos nossos melhores compositores e cantores para prestar nossa homenagem àquele que também foi e é considerado como grande expoente da música de Porto Velho, Zezinho Maranhão”, disse a presidente da Funcultural Jória Lima.
O irmão de Zezinho professor Chiquinho representou à família que marcou presença (em peso) na praça, agradecendo a Funcultural e aos produtores do evento. “Nos sentimos muito gratificados por essa singela homenagem ao nosso querido Zezinho Maranhão. Obrigado em nome de toda nossa famíia”.
“Rema, rema, remador, pra canoa não virar...”.  Assim Bado encerrou a apresentação em homenagem ao Zezinho Maranhão promovido pela prefeitura de Porto Velho através da Funcultural, na noite de sábado dia 21 na praça Aluizio Ferreira.

LENHA NA FOGUEIRA 24.12.13


Feliz Natal!





Aproveitando a caricatura do amigo Marcio Bortoleto, desejo aos queridos leitores da coluna Lenha na Fogueira e da página do Zekatraca, sinceros votos de Feliz Natal e um Ano Novo com muita saúde, paz, amor e  repleto de projetos e desejos realizados!

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Véspera de Natal! É tempo de paz, amor e confraternização!

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É tempo de esquecer as mágoas e abraçar o desafeto, sem macula ou vergonha. Reconhecer o erro faz bem a alma e para a saúde. Pelo menos nestes dias de festas, vamos esquecer as agruras da vida e viver a felicidade.
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Como seria bom se o espírito de Natal fosse constante em nossas vidas! Tudo depende de nós, das nossas atitudes, do nosso sentimento! “Fazer o bem sem olhar a quem”.

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Vou aproveitar o momento para contar um caso que presenciei certa vez no final dos anos 1980.

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O governo do estado de Rondônia, não conseguiu recursos para pagar o 13° Salário e nem os vencimentos do mês de Novembro e Dezembro daquele ano.
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No balcão do Chaveiro Gold a loja o Manelão acompanhamos a seguinte cena:

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Chega uma senhora da alta sociedade portovelhense e pergunta ao Manelão se sabia de um determinada pessoa. Manelão responde. “Daqui a pouco ele chega aqui”.

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O cidadão chegou e a senhora o chamou a parte, perguntando se ele aceitaria um presente de Natal. O diálogo foi mais ou menos assim:

– Posso saber do que se trata
- Quero lhe presentear com uma bolsa de couro, pois vejo que você carrega seus documentos, numa pasta de plásticos embaixo do braço e isso não pega bem para uma pessoa da sua qualidade!
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Devo salientar, que depois descobrimos que os dois eram amantes e mais, ambos casados.

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- Tudo bem, posso aceitar o seu presente, mas, gostaria de fazer uma proposta.
- Qual?
- Como você sabe, o governo não pagou nosso vencimento e assim não vai ser fácil passar o Natal condignamente.
- E o que você quer?
- Gostaria que você me desse em espécie o valor do presente, para que eu possa comprar os presentes dos meus filhos.
- O que?
- É isso que você ouviu. Não tenho dinheiro para comprar presentes para meus filhos e você poderia quebrar esse galho me dando o dinheiro do meu presente.

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A aí o caldo engrossou pois a mulher, não aceitou a proposta do amante.

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- Se o seu pagamento está atrasado o problema é do governo, não darei dinheiro pra você comprar presente para os seus filhos. Quero ver você andando por aí com o meu presente.

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Não teve jeito, mesmo o cidadão prometendo comprar a bolsa quando saísse o seu dinheiro ela não aceitou. O cara muito puto ameaçou:

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Se você chegar com essa bolsa aqui, vou escrever um bilhete, colocar dentro dela e levar pro seu marido, pra ele ficar sabendo que você não vale nada e o faz de corno.

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Mesmo assim a mulher não abriu mão do presente, comprou e deixou pro Manelão entregar, fato que só aconteceu no mês de fevereiro em pleno clima do carnaval.

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Os meninos ficaram sem receber presente de Papai Noel naquele Natal.

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Mas a mulher perdeu o amante para sempre e o marido também!

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Amanhã acontece Cantata “O Esplendor de Natal”

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Um espetáculo de música, dança e teatro está sendo preparado para abrilhantar a noite do dia 25 de dezembro, em Porto Velho. "O Esplendor de Natal" – uma cantara inspirada nos anos 50, será apresentada às 19 horas desta quarta-feira, na Igreja Metodista Wesleyana, Avenida 7 de setembro com Marechal Deodoro, centro.

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Mais de 100 pessoas compõem o coral e o balé da Cantata de Natal, que já é tradição na capital e promete mais uma vez emocionar o público.

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Neste ano, o espetáculo também será transmitido ao vivo pela internet através do site www.imwcentral.com.br

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BOAS FESTAS PARA TODOS!