sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

LENHA NA FOGUEIRA - 21.01.12

Lenha na Fogueira

Estou acompanhando a polêmica entre os donos de Box na rua Euclides da Cunha e a prefeitura.

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O episódio me levou até o final da década de cinqüenta quando aquele pedaço de rua passou a ser chamadO de “Rua do Coqueiro”. Vamos lembrar um pouco daquele tempo!

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Em 1954 aconteceu a inauguração do Palácio Presidente Vargas e depois a Praça Getúlio Vargas em frente ao Mercado Público Municipal (Hoje Mercado Cultural).

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Acontece que justamente aonde construíram a Praça, funcionava a Feira Livre de Porto Velho, onde minha mãe era “banqueira” e eu criança ainda, ganhava alguns trocados, carregando água para as demais “banqueiras” e vendendo saco, feito com papel de saco de cimento.

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Então para construírem a Praça Getúlio Vargas teriam que tirar a feira de lá e foi então que construíram um galpão entre o Clube Internacional (Hoje onde está o Ferroviário) e a Usina do Salft (Hoje sede da Eletrobrás antiga Ceron),

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E montaram a Feira Livre, por sinal bem mais organizada que a anterior.

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Vale lembrar que a Rua Euclides da Cunha ainda não existia, pois a passagem para a Baixa da União era apenas um caminho lamacento que seguia logo após a Feira.

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Em 1958 inauguraram a Feira Modelo um galpão constuido justamente no local onde hoje está o Mercado Central.

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Com a inauguração da Feira Modelo é claro que o galpão daquela feira livre entre o Internacional e o Salft foi derrubado.

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Foi aí que alguns feirantes resolveram permanecer no local e construíram barracas de madeira para vender de tudo.

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O caminho virou rua e recebeu o nome de Rua do Coqueiro porque ali existia bem no meio da pista um Coqueiro.

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Foi no comercio da Rua do Coqueiro que a família Neves hoje empresários considerados em Porto Velho, começou vendendo alpargata que traziam do Ceará e roupas principalmente as famosas rendas.

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Depois airam de lá e criaram a Loja Fortaleza e hoje comandam o Hotel Guaporé a o Bau Barateiro.

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Com o passar do tempo criaram a rua Euiclides da Cunha que por muitos anos foi o terminal de ônibus Urbano de Porto Velho mas, o comercio não deixou de existir e apesar de batizarem oficialmente o espaço como Rua Euclides da Cunha há quem a chame até hoje de Rua do Coqueiro.

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Aí vem a história do 5º BEC que acabou com a Baixa da União e o Alto do Bode – Essa é outra história que precisa ser contada.

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Não sei se realmente, é preciso a prefeitura acabar com aquele comercio,

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Acho até que o comercio não vai atrapalhar a construção do Terminal Rodoviário.

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O certo é que tão tentando acabar com mais um espaço histórico da nossa cidade.

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Tem um detalhe, ninguém nunca ouviu dizer que naquele local existiu comercio de drogas ou prostituição.

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Agora, se querem popularizar o Shopping Popular são outros quinhentos

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E o comercio do lado esquerdo da rua, não atrapalha não! Ali o pessoal é dono da terra, então...

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Olá, amigo Silvio.

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Quanto tempo que não escrevo uma linha para esse querido colunista.

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A fogueira tá queimando a lenha. Tenho visto todos os dias. "O pau tá torrando de tão quente".

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Os bastidores do Carnaval 2012 tem de tudo. Graças ao altíssimo, ainda não sobrou "porrada" pra ninguém. Mas gritaria já tem de sobra.

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Falando do bem: O amigo Bortolete botou pra quebrar, ou melhor, "botou o casal Zekatraca Aninhakatraquinha pra dançar frevo".

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É. Porque só frevo pra dançar pulando daquele jeito.
Achei o maior barato a caricatura. Já ganhei a minha do amigo Marcio, em 2011. Acho que fiz jus.

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Quanto ao Galo, homenageando merecidamente o amigo Ernesto Melo, claro aprovei de primeira. Afinal, antes do "omi" chegar aos sessenta fiz uma homenagem, também justíssima, ao Poeta da Cidade.

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Lembra aí? Em 2010, na passagem de seus 59 aninhos, rendi-lhe um samba com letra e música de minha autoria, cantado em primeira mão na "A Fina Flor do Samba", em pleno Mercado Cultural, deixando até a esposa boquiaberta.

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Por que será que o "povo" acha que a gente não sabe a história de nossos ilustres personagens vivos?

Só sai homenagem pós-morte...

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Prefiro como dizia Nelson Cavaquinho: Quem quiser me homenagear, que faça agora. E fi-lo com o menestrel portovelhense Ernesto Melo - Nené, para os íntimos.

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Um abração e bom carnaval (vou passar os quatro dias no "mato", mas apareço no esquenta-tamborim da Asfaltão).

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