A
Mestra Maria Waldelice da Silva, também conhecida como Vovozona é de
Guajará-Mirim e traz em suas veias ancestrais conhecimentos ligados aos
rituais, festas tradicionais, cantos e danças na cidade de Guajará-Mirim –
RO/Brasil e Guayaramerín do departamento do Bêni, na Bolívia, no Vale do
Guaporé.
Valorizar
esses saberes faz parte do projeto “Mestra
Maria Waldelice: da Chicha ao Sagrado”, contemplado com o Edital n.º
81/2020/SEJUCEL-CODEC - 1ª EDIÇÃO MESTRE ALUÍZIO GUEDES DO EDITAL DE PREMIAÇÃO
PARA MESTRES E MESTRAS DA CULTURA POPULAR DE RONDÔNIA, NO EIXO I – TABELA B,
através da Lei Federal 14017/2020 - Lei Aldir Blanc, Governo do Estado de
Rondônia, FEDEC/RO e Governo Federal
Maria Waldelice, a chicha e o sagrado
Maria
Waldelice é conhecida por produzir a chicha, bebida fermentada de origem
indígena, há mais de cinco décadas. É celebrada também por sua devoção e o
empenho no festejo em homenagem a festa de São Benedito, o Santo Negro, que já
é tradição no município, idealizado por ela e pela comunidade de negros
remanescentes do vale do Guaporé e Vila Bela da Santíssima Trindade.
A
festa expressa e valoriza a cultura negra na amazônica, contribuindo, também,
para a valorização da dança, especialmente do rasqueado, que é a atividade que
encerra a festa do santo, durante toda a festa é servida a chicha, bebida
oficial dos festejos em homenagem ao santo.
A
Chicha é confeccionada a partir do milho e é servido como refresco, vendido em
garrafas pets de 2 litros, para pessoas da cidade e de fora, na própria casa da
Maria Waldelice.
Quem é Maria Waldelice?
Uma
mulher negra, religiosa e devota de São Benedito e do Divino Espirito Santo.
Assim é Maria Waldelice, uma guerreira e uma mestra na confecção da Chicha e na
organização do festejo a São Benedito, o Santo dos Pretos, no Bairro de Santo
Antônio, na Cidade de Guajará-Mirim, no Estado de Rondônia. Nasceu em Vila Bela
da Santíssima Trindade, no Mato Grosso, em 06 de março de 1949, vindo para
Guajará-Mirim, ainda criança, na década de 50.
“Quando
estou dançando rasqueado tudo passa e tudo para, não há ansiedade, não há dor
de cabeça e não há problemas... tudo é alegria e tudo é festa”.
Generosa
e contadora das histórias ancestrais, reúne ao seu redor homens e mulheres que
buscam saber mais sobre suas origens, sendo de vital importância para a
transmissão de saberes em sua comunidade.
Serviço
Mestra
Maria Waldelice: “Da Chicha ao Sagrado
no Guaporé”
Data:
29 de Abril
Horário:
19 horas
Transmissão:
https://www.facebook.com/maria.waldelice.52 e https://www.youtube.com/channel/UCtSsgqN_kwn2fOLzsrik0Yg
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