A partir desta segunda feira dia 26, prosseguindo nos dias 27, 28 e 30 o músico, pesquisador, cantor e compositor Paulinho Rodrigues, apresenta lives com os temas “Rio Caiari – A Dança dos Banzeiros” e “Urutau-Mãe-da-Lua” (Entrevista Musical), sempre com início às 19 (Rondônia), com a participação da Banda Waku’mã (compacta) formada pelos músicos: Cícero Índio (Baixo), Mylla Tucháua (Percussa), Teimar Martins (Teclados) e Paulinho (voz, charango e guitarra andina). A transmissão será através da página www.paulinhoRodrigues/facebook.com e do Canal YouTube Paulinho Waku'mã Rodrigues Rodrigues.
Historiando o conteúdo das lives
Rondônia em sua recente história, busca continuamente, através dos seus códigos simbólicos, seus produtores de fazeres e saberes, a identidade cultural própria, pulverizada em meio ao universo de costumes e tradições oriundos de todos os pontos do país e do mundo. O que parece ser a “Babel Cultural”, já foi porto de movimentos musicais regionalistas, rico nas produções beradeiras, onde os “Gritos de Cantadores” ecoavam, e, como agora, ecoam e defendem a criação inédita de seus filhos naturais e postiços, apaixonados por um mar de belezas naturais, quando se cantava e se canta, desde os mais exóticos recantos e encantos da mulher cabocla rondoniense, ao Auto do Boi-Bumbá, que segundo Câmara Cascudo, tem no seu contexto, o mais dramático enredo do Folclore Brasileiro. A cultura regional, percebemos, não é propriedade do lugar, pois mesmo antes das assinaturas de tratados latino-americanos para a integração, a nossa cultura já estava fundida aos costumes indígenas, caboclos, ribeirinhos e fronteiriços, reforçada pela migração de colonizadores de todos os recantos, tão promovida no Estado. Nesse diapasão, podemos dizer que Rondônia tem as suas histórias, em sua essência beradeira, fruto das viagens de quem vai e vem, quem sabe levando um pouco de nós, mas no fundo mesmo, trazendo para o nosso seio um pouco de cada lugar. Nesse diapasão, com os temas “Rio Caiari – A Dança dos Banzeiros” e “Urutau-Mãe-da-Lua” (Entrevista Musical), a Banda Waku’mã – Compacta (Cícero Índio – Bass, Mylla Tucháua – Percussa e Teimar Martins – Teclados), pretende levar numa “viagem musical” pelos caminhos de Porto Velho, de Rondônia, da Amazônia e da América Latina, todos que fazem parte dessas histórias; ser singular, lúdica, cabocla, beradeira, indígena, fronteiriça e finalmente demopsicológica, é a proposta deste trabalho.
EDITORIAL (WAKU’MÃ)
WAKU’MÃ: Palavra originária do tupi; com forte influência do grupo Lingüístico Pano, dá nome a uma palmácea da Amazônia Brasileira e Andina, cientificamente denominada Syagros Campestres, já quase extinta. A palmeira ‘Waku’mã’ encerra em suas nozes, sementes de alto teor oleífero comestível, sendo suas palmas de grande utilidade no fabrico de vassouras, além do gomo terminal do caule (palmito), ser excelente fonte de alimentação, principal motivo do seu gradual desaparecimento. Curiosamente, ao ser movimentado pelo açoite do vento, produz em suas palmas, sons sibilantes que se confundem entre outros, com os trinados do Urutau (“Mãe-da-Lua”), lendário pássaro das nossas florestas, fonte inspiradora de poetas e cancioneiros dos quais podemos mencionar, o rondoniense Paulinho Rodrigues.
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