sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Lenha na Fogueira - 17.11.18


Depois que a prefeitura de Porto Velho divulgou a programação oficial do carnaval 2019, as escolas de samba se acordaram e começaram a marcar seus eventos.
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Exemplo é o GRES Acadêmicos da Zona Leste, que vai realizar o lançamento do seu samba enredo, no próximo dia 30, com a presença do interprete de samba enredo Siganerey que já foi da Estação Primeira de Mangueira do Rio de Janeiro.
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E tem mais, o sambista carioca é o autor do samba enredo da escola da Zona Leste. Por sinal, tive o privilégio de ouvir a gravação e posso garantir, que a obra é muito boa. Vai dar trabalho para Asfaltão, São João Batista e Império do Samba.
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Vale lembrar que uma das quatro escolas de samba consideradas grandes, vai cair para o Grupo de Acesso e quem cair, vai amargar a segunda divisão no carnaval de 2020. Por isso, a disputa no próximo ano não será fácil.
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A disputa entre as escolas de samba do Grupo de Acesso também não vai ser fácil, basta lembrar, que a famosa e respeitadíssima Escola de Samba Os Diplomatas está lá e vai fazer de tudo para retornar ao grupo especial.
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A grande concorrente da Diplomatas no Grupo de Acesso é a Escola de Samba Acadêmicos do Armário Grande que agora, tem como presidente o Antonio Chagas Campo o popular Cabeleira. Vamos ver quem tem pano nas mangas para convencer os jurados.
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Mudando de pau pra cacete, sem sair do lugar.
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A Semana da Consciência Negra em Rondônia este ano, está sendo comemorada através de atividades promovidas por várias entidades, entre elas a UNIR, Sintero e o Sinapír e pela primeira vez a programação, não está acontecendo apenas em Porto Velho, é em várias cidades de Rondônia.
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O principal eixo da programação 2018, é a comemoração do Centenário de Nelson Madela. Até bem pouco tempo, as comemorações pela memória de Zumbi em Porto Velho, se resumia a participação das chamadas religiões de Matrizes Africanas em especial o pessoal da Umbanda e Candomblé. Que de cima de um carro de som cantavam “Pontos”, estilo de música cantada nos terreiros, parecia até que em Rondônia todos os negros eram praticantes desse estilo de religião.
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Quero deixar bem claro, que não sou contra as religiões de matrizes africanas, muito pelo contrário, freqüento terreiros desde os tempos da Mãe Esperança Rita e Seu Albertino no Terreiro de Santa Bárbara e do Batuque de São Sebastião do Pai Celso, freqüentei e muito o Batuque Samburucu da dona Chica Macaxeira.
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No tempo da Mãe Esperança, Chica Macaxeira, Celson, Albertino e Mãe Eunice a maioria dos que “Baiavam” (dançavam), nos terreiros eram NEGROS e NEGRAS. De uns tempos pra cá, “elitizaram” os batuques e o que se ver nos dias de hoje, são pessoas da alta sociedade como empresários e intelectuais dançando nos Congás. Legal, só que essas pessoas têm um estilo de vida muito equilibrado, ao contrário dos que Baiavam até os anos Setenta.
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Tivemos a Accunera que até bem pouco tempo, reunia integrantes da maioria dos terreiros de Porto Velho e promovia às festividades alusivas a memória de Zumbi dos Palmares. Não sei se acabou ou mudou de nome, só sei que estou com saudade!
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Este ano, as entidades não conseguiram apoio financeiro dos governos estadual e municipal e por isso a programação foi assumida por entidades de classe, como Sindicatos no caso do Sintero e educacional no caso da UNIR e também do Conselho.
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Bacana mesmo era quando o Movimento Cabeça de Negro comandava toda a programação. Bubu, Dada, Maracanã, Neguinho Orlando, Júnior e tantos outros não mediam esforço, para nos proporcionar uma programação cultural muito rica. Axé!

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