As expressões culturais
Marabaixo, do Amapá, e o Complexo Boi Bumbá do Médio Amazonas e Parintins foram
registradas, por decisão unânime, como Patrimônio Cultural do Brasil. O
reconhecimento foi decidido na tarde da última quinta-feira (8), em Belém (PA),
durante a 90ª reunião do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan), instituição vinculada ao Ministério da
Cultura.
Boi
de Parintins
Representantes de Parintins
que acompanharam o processo aguardavam ansiosos pelo reconhecimento do registro.
O prefeito Bi Garcia avalia como positivo o reconhecimento e disse que o
município tem mais um motivo para comemorar.
“É gratificante para nós o
reconhecimento dos Bois Garantido e Caprichoso como Patrimônio Cultural do
Brasil. Mais de 100 anos de história e esse registro mostra a importância desse
grandioso evento, além de homenagear os artistas e o povo parintinense que
fazem a festa acontecer. Com isso teremos mais incentivo ao turismo, mais
oportunidade na geração de emprego e investimentos em nossa cidade”,
pontuou Bi Garcia.
O Complexo Cultural do Boi
Bumbá do Médio Amazonas e Parintins é uma manifestação cultural de caráter
festivo, que tem a figura do Boi como seu elemento principal e envolve uma
série de danças, músicas, drama e enredo.
Marabaixo
Fruto da organização e
identificação predominante entre as comunidades negras do Amapá, o Marabaixo é
uma expressão cultural de devoção e resistência que representa tradições e costumes
locais e reúne ritmo, dança, vestimentas, comidas e literatura. A origem do
nome da manifestação remete aos escravos que morriam nos navios negreiros; seus
corpos eram jogados na água e os negros cantavam hinos de lamento mar abaixo e
mar acima.
Os negros escravizados
passaram a fazer promessas aos santos que consagravam e, quando a graça era
alcançada, se fazia um Marabaixo. Sua herança é deixada de pai para filho e
está associada ao fazer religioso do catolicismo popular em louvor a diversos
santos padroeiros. A forma de expressão reúne referências culturais vivenciadas
e atualizadas pelos amapaenses, além de compor a memória, a identidade e a
formação da sociedade brasileira.
Geoglifo
do Acre
Denominados tatuagens da
terra por grupos indígenas atuais, as estruturas conhecidas como geoglifos,
herança cultural dos povos amazônicos, são numerosos na região Norte do país.
Uma dessas estruturas, localizada no Sítio Arqueológico Jacó Sá, em Rio Branco
(AC), foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan), na manhã desta sexta-feira, 09 de novembro.
Conselho
O Conselho que avaliou o
processo de registro é formado por especialistas de diversas áreas, como
cultura, turismo, antropologia, arquitetura e urbanismo, sociologia, história e
arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros, que representam o Instituto dos
Arquitetos do Brasil (IAB), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), o
Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), a Sociedade de
Arqueologia Brasileira (SAB), o Ministério da Educação, o Ministério do
Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), o Ministério do Meio
Ambiente, Ministérios das Cidades, e mais 13 representantes da sociedade civil,
com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.
(fonte MinC e Fato
Amazonico)
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