As
vezes fico invocado com as nossas instituições, que se dizem defensoras do
patrimônio histórico de Rondônia. Agora mesmo, acabo de editar, matéria do
IPHAN sobre a premiação de alguns projetos que dizem respeito a Patrimônio
Histórico, que receberam na noite de ontem 24, no Theatro Municipal do Rio de
Janeiro o prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade.
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O
Prêmio contemplou oito projetos dos estados do Amapá, Ceará, Minas Gerais,
Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.
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Vamos
nos reportar ao estado do Amapá que foi contemplado através do Projeto
“Inventário de Folias Religiosas do Amapá”
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“Nossa
iniciativa consiste no registro, estudo, reconhecimento e valorização das
folias religiosas e de seus fazedores: foliões e foliãs, das festas e das
comunidades que as preservam", afirma a pesquisadora e historiadora
Decleoma Lobato, que idealizou o projeto.
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Dentro
desse segmento, temos em Rondônia a “A Folia do Divino” que ha mais de cem anos
é realizada no Vale do Guaporé. Por que será que aqueles que se dizem
pesquisadores dos fazeres e crenças do nosso povo, jã não providenciaram uma
pesquisa de vergonha, para apresentar no Ministério da Cultura ou o IPHAN com o
intuito de galgar a premiação que tem como patrono Rodrigo Melo Franco?
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Outro
projeto premiado foi Quilombos do Vale do Jequitinhonha: Música e Memória
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O
projeto se destacou por recuperar e preservar o patrimônio imaterial da cultura
quilombola no Brasil, permitindo a recuperação e o registro de manifestações
culturais, histórias, religiosidade, gastronomia e outros aspectos da cultura
afrodescendente. O trabalho resultou em um livro impresso, 30 vídeos de
curta-duração, um banco de imagens e um portal na internet.
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Aqui
também, lembramos que poderíamos concorrer com um projeto idêntico, sobre os
Quilombos do Vale do Guaporé. Recentemente a fotógrafa Marcela Bonfim realizou
um ótimo trabalho fotográfico sobre os Negros do Vale do Guaporé, porém, é
necessário que se faça pesquisa sobre os costumes, a musicalidade e as cantigas
que fazem parte do dia-a-dia dos quilombolas do Guaporé.
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Além
disso, temos manifestações de cultura popular em Porto Velho, como é o caso da
dança de quadrilha e do boi bumbá, que precisam ser estudadas cientificamente.
Qual a origem da quadrilha dançada em Porto Velho e do boi bumbá que se
apresenta no Flor do Maracujá. Hoje nossas quadrilhas se destacam
nacionalmente, por se apresentarem com coreografias e indumentárias que só são
usadas nas apresentações no Arraial Flor do Maracujá.
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Rondônia
precisa ouvir seus Mestres. Aliás, Rondônia precisa urgentemente registrar seus
Mestres. Os contadores da história antiga de Rondônia e das cidades de origem
dos que para aqui vieram em busca de melhorar de vida.
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Os
Mestre da Cultura Popular em Rondônia precisam ser reconhecidos como tal. Quem
é o Mestre da Cultura Pomerana que existe em Espigão do Oeste. Quem é o Mestre
da Cultura Popular nos segmentos quadrilha e boi bumbá em Porto Velho. Pelo que
sei, apenas eu Silvio M. Santos até agora fui reconhecido como Mestre em Boi
Bumbá. Mesmo assim, sou como se fosse um grão de areia no meio dos Mestres da
Cultura Popular Nordestinos.
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O
reconhecimento dos nossos Mestres da Cultura Popular deve ser promovido com a
maior brevidade, afinal de contas, são os Mestres que fazem com que a cultura
popular de um povo seja preservada.
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Bem
poderíamos ter sido contemplado com o prêmio Rodrigo Melo Franco, porém como a
valorização da Cultura Popular no estado de Rondônia tá longe de acontecer.
Ficamos batendo palma para o Amapá. Parabéns!
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