Sábado
passado dia 15, o mundo do samba perdeu o principal fundador da escola de samba
Acadêmicos do São João Batista, Moacir Lamego.
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Lamego
foi vítima de infarto no sítio de sua propriedade na BR 319, seus familiares
ainda o trouxeram até o João Paulo II aonde já chegou sem vida.
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No
ano de 2000, na companhia de vários amigos dos bairros Tucumanzal e São João
Batista colocou o bloco “Quase Gay” e solicitou ao compositor Sílvio Santos que
fizesse uma marchinha para ser cantada pelos “Quase Gay” no desfile que
aconteceu na terça feira de carnaval daquele ano.
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Em
2001 mais uma vez, ele solicitou uma música carnavalesca do compositor Sílvio
para o bloco Quase Gay, Sílvio compôs um samba: Sou do bairro São João
Batista, Novo reduto de sambistas, peço licença pra chegar, Sou do Quase Gay,
Quero ser Rei, Quero ser Rei no carnaval...
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Sílvio
ao entregar a composição, sugeriu ao Lamego, que transformasse o bloco, em
Escola de Samba. Foi então que no carnaval de 2002 desfilou no carnaval de rua
de Porto Velho a Acadêmicos do São João Batista que foi campeã do grupo de
Acesso, garantindo seu desfile pelo grupo Especial a partir de 2003.
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Entre
os considerados criadores da escola, citamos o Cláudio Rocca – Banana,
Cibalena, Salles e sua esposa dona Francisca entre outros sambistas. Porém, foi
o Lamego quem mais se entregou à organização da agremiação, que já no seu
primeiro desfile pelo grupo especial, foi campeã.
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Na
época, Lamego era o gerente do Chaveiro Gold do Manelão e conseguiu apoio da
direção da escola de samba Pobres do Caiari que cedeu parte dos instrumentos
além de material para a confecção das fantasias. Manelão também comprou todo o
material da extinta escola de samba do grupo de acesso Unidos do Nacional, tudo
por causa da amizade com o Lamego.
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Outra
pessoa que colaborou muito com o presidente Moacir Lamego da São João Batista
foi o empresário da comunicação Everton Leoni. Que foi presidente de honra da
escola, enquanto Lamego foi seu presidente.
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Por
falar em comunicação Lamego por muito anos atuou como Operador de Som na Rádio
Caiari e na TV Candelária (SIC TV). Ele foi o operador do meu programa “Samba,
seresta e seresteiros” por muitos anos.
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Na
Banda do Vai Quem Quer atuava como colaborador, ou melhor, faz tudo. Desde o
tempo que foi trabalhar como gerente do Chaveiro do Manelão até agora, com a
direção da Siça.
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Quando
começaram as pesquisas para a implantação das usinas do Madeira, Lemego
conseguiu ser contratado pela empresa responsável pela preservação da Flora e
da Fauna na área de abrangência das usinas. Com o tempo, ficou tão
especializado no assunto, que dava aula pra aluno de biologia. Ele sabia o nome
científico de tudo quanto era planta, além dos nomes dos animais entre eles os
peçonhentos.
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Pai
de quatro filhos era bastante considerado no bairro São João Batista, tanto,
que seu velório foi muito prestigiado. O enterro foi o tradicional de todos os
sambistas, com a bateria da escola de samba e o mestre bateria na hora de
baixar o caixão à cova, dando apenas um toque no surdo o que levou muitos às
lágrimas.
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Lamego
radialista, cinegrafista, carnavalesco, mergulhador de garimpo, namorador,
amigo de verdade. biólogo prático e bonequeiro na Banda do Vai Quem Quer.
Descansa em paz amigo Zoião
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