quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Lenha na Fogueira - 10.12.15

O jornalista Montezuma Cruz ontem pela manhã, no cafezinho da Superintendência de Comunicação do Governo  – SECOM comentou sobre uma matéria que está publicada no Portal do Governo, feita pela Mara Paraguassu com fotos do Rosinaldo Machado intitulada:

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MEIO AMBIENTE - Proposta enviada à Assembléia Legislativa prevê erradicação dos búfalos do Vale do Guaporé.

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Aí comecei a contar ao Monte e ao Abdoral Cardoso de como os Búfalos foram transportados de Porto Velho para a Fazenda Pau D’Óleo no Vale do Guaporé. “Zé escreve pra todo mundo ler e ficar sabendo dessa belíssima história...”
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Os Búfalos chegaram a Porto Velho viajando nos famosos navios gaiola ou chata, e foram levados para a Fazenda Milagres (hoje é onde está a sede do IPEM), que ficava no final do “Campo de Aviação” (era assim que era conhecido o aeroporto Caiari) na hoje rua dos Imigrantes ou Costa e Silva e ainda BR-319. Ninguém sabe explicar, mais por volta de 1956/57  resolveram transferir os animais trazidos da Ilha do Marajó (PA) para servir de Boi de Canga nas colônias agrícolas de Porto Velho, para a Fazenda Pau D’Óleo no Vale Guaporé.

Naquele tempo, a gurizada matava aula no Duque de Caxias para ir olhar as lavadeiras lavando roupa no igarapé da Pedrinhas, ali tinha muito pé de araçá e murici. Esse araçazal e muricizal tomava conta de toda a área da cabeceira da pista Norte do campo de aviação, local onde começava a Fazenda Milagres.
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Com a chegada dos Búfalos a gente ficava com medo de apanhar araçá ou murici por ali, os “bichos” eram feios e nos olhavam com um olhar de raiva, só uma “fungada” do boi, a gente saia em disparada no rumo do Igarapé da Pedrinhas. Como menino é menino, voltávamos de novo, só pra correr com medo dos Búfalos.

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Nesse ínterim, minha família foi morar justamente na avenida Farquar no trecho entre a Sete de Setembro e a hoje rua Renato Medeiros. A Vila de casa começava na Sete e terminava no edifício de madeira onde havia sido a agencia do Banco do Brasil.
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Outro detalhe: A rua Farquar era cheia de pé de mangueira de tudo quanto era tipo. Isso entre a Sete de Setembro e a Pinheiro Machado.
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Foi quando o governo resolveu tirar os Búfalos dos Milagres e levar para a Fazenda Pau D’Óleo. O encarregado do transporte foi o homem dos Sete Instrumentos Walter Bartolo.
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Depois de muito estudarem a maneira de como transportar os animais para o Vale do Guaporé, resolveram que seria no Trem da Madeira Mamoré. Aí o bicho pegou de vez, os boatos que corriam pelos quatros cantos da cidade, que terminava no Buraco da Dadá, davam conta de que os “Bichos” tinha virado “Fera” e que seria um Deus nos acuda se algum deles escapasse do laço.

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Só conversa (pra boi dormir), pois os Búfalos eram mansos e não faziam mal algum. Mesmo assim, Walter Bártolo ordenou aos seus vaqueiros que colocassem uma VENDA na cara dos Bois, pois os mesmos seriam levados até a estação da Madeira Mamoré em comitiva, isto é, seguindo a pé da Fazenda Milagres pela rua Farquar até a Estação.
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O medo era que algum deles (Boi) escapasse da manada, pois passavam pelo Aeroporto, bairro Caiari e na Feira Modelo (feira livre) Hoje Mercado Central onde a concentração de populares era grande.
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E assim foi durante algumas semanas, os Búfalos descendo a ladeira da Farquar com a cara escondida por uma pano e o povo na feira com medo.
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Durante essa operação, nenhum Boi Búfalo escapou da manada e ninguém foi ferido. Graças à habilidade do comandante Walter Bártolo.

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