segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Prefeitura projeta recuperação do patrimônio histórico



 A Fundação Cultural do Município de Porto Velho (Funcultural), ao longo da próxima semana, iniciará o translado do acervo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), que se encontra atualmente no pátio do Prédio do Relógio, sede da Superintendência Estadual de Turismo (Setur), para o galpão recentemente alugado pela Prefeitura para acondicionar os enfeites natalinos, no Bairro Lagoinha.
Marcos Nobre, presidente da Funcultural, explicou que todo o procedimento de transferência do acervo do complexo da EFMM para o Prédio do Relógio contou com o acompanhamento, supervisão e participação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que é o órgão competente para tratar dos assuntos ligados a patrimônios histórico-culturais.
Os técnicos do Iphan participaram desde a concepção da idéia de local para transferência quanto também das ações de translado do acervo. As peças se encontravam entre lama e ferrugem no complexo da EFMM. A transferência para a sede da Setur proporcionou maior resguardo ao acervo. A parte mais leve pôde ser acondicionada em salas do Prédio do Relógio e a parte mais pesada precisou ficar ao ar livre. “De fato, no pátio há peças expostas ao sol e a chuva, mas estão muito mais protegidas do que estavam. Como elas não podiam ser vistas, as pessoas até nem reclamavam, mas agora que ficaram mais expostas as pessoas se dizem chocadas com seu estado. Assim, para evitar maiores controvérsias, resolvemos transportá-las para outro local”, disse Nobre.
O local para onde serão transferidas é o galpão da Prefeitura no Bairro Lagoinha, mas Nobre lamenta precisar fazer isso agora, pois a Funcultural aguarda a definição do processo, já em andamento, para aluguel de um galpão definitivo, para onde serão levadas todas as peças que fazem parte do patrimônio histórico-cultural de Porto Velho, não apenas para guarda e preservação, mas também porque a Funcultural iniciará uma grande ação de revitalização de todo o acervo da cidade. “Esse galpão não apenas abrigará, mas será utilizado para revitalização das peças da EFMM e também de muitas outras. Vai funcionar nesse espaço uma grande oficina para reforma de todo o patrimônio, desde as menores peças da EFMM às maiores, passando pelos demais monumentos como, por exemplo, o painel dos pioneiros, que está a mais de cinco anos debaixo de um monte de entulho. O que vamos fazer será histórico. Vai encerrar a constante reclamação de que o patrimônio da cidade não recebe cuidados por parte do poder público”, enfatizou o presidente.

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