segunda-feira, 1 de abril de 2013

SEXTA FEIRA SANTA - GRUPO ÊXODO


 Judas salva “O Homem de Nazaré”


Não, você não está lendo errado, isso foi realmente o que aconteceu durante a encenação do quadro “Paixão de Cristo”, que faz parte da peça “O Homem de Nazaré” do Grupo Teatral Êxodo durante a procissão do Senhor Morto sexta feira santa 29.
Ao contrário da apresentação de Domingo de Ramos 23, na praça da Madeira Mamoré, quando tudo aconteceu conforme o previsto e ensaiado! Na encenação da última sexta feira 29, praticamente nada deu certo. Começou com a falta de ação de quem de direito, que facilitou que os automóveis ficassem estacionados no trecho da D. Pedro II, entre a rua José de Alencar até a Catedral atrapalhando a Via Sacra que começou na rampa do Banco do Brasil.
Ali já se via, que a coordenação do espetáculo não havia se preocupado com a produção, fato que ficou latente na cena do “Enforcamento de Judas”, pois não fora a boa atuação do ator Alexandre Ronald até hoje a procissão e a encenação estaria esperando pela sonorização. Essa mesma sonorização em sua sonoplastia, deixou a desejar também em várias cenas que aconteceram no palco montado em frente à Catedral, registrando entre tantas falhas, na reprodução das falas dos personagens Cristo, Verônica, Quintilliu’s e Maria. A produção deveria ter testado a qualidade dos CDs durante a passagem do som. Um Grupo de Teatro como o Êxodo que está a 30 anos, apresentando a mesma peça, não pode protagonizar tantas falhas. O que aconteceu na encenação de sexta feira santa poderia até ser tolerado, desde que fosse uma peça apresentada por jovens da catequese. No caso do Êxodo não!

Judas salva a encenação

“É nas falhas que se conhece a capacidade criativa das pessoas”. No caso da encenação do Grupo Êxodo sexta feira santa, o ator Alexandre Ronald fez a diferença, pois justamente na hora que Jesus Cristo vai passando carregando a cruz pelo local escolhido por Judas para se enforcar após ter se arrependido... Tudo pronto, cenário muito bem montado pelo cenógrafo Ismael Barreto, ator preparado para a cena, Jesus a caminho do calvário observa Judas pedindo clemencia. Justamente nesse momento a sonorização falha, o público esperando o início da encenação e nada. É quando Alexandre Ronald mostra toda sua capacidade criativa, e em vez de esperar o som na caixa e dublar, fez ao vivo. “... Porque tinha de ser eu Senhor? Por que não Pedro, Tiago, Felipe ou André? Mas fui eu. O que as futuras gerações pensarão de mim? Quantos homens farão o mesmo que eu? Perdão Senhor...Perdããããããooooooooo!”
Alguns enxugam as lágrimas disfarçadamente e os aplausos ecoam pelo pátio da Catedral!

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