Judas salva “O Homem de Nazaré”
Não,
você não está lendo errado, isso foi realmente o que aconteceu durante a
encenação do quadro “Paixão de Cristo”, que faz parte da peça “O Homem de
Nazaré” do Grupo Teatral Êxodo durante a procissão do Senhor Morto sexta feira
santa 29.
Ao
contrário da apresentação de Domingo de Ramos 23, na praça da Madeira Mamoré,
quando tudo aconteceu conforme o previsto e ensaiado! Na encenação da última
sexta feira 29, praticamente nada deu certo. Começou com a falta de ação de
quem de direito, que facilitou que os automóveis ficassem estacionados no
trecho da D. Pedro II, entre a rua José de Alencar até a Catedral atrapalhando
a Via Sacra que começou na rampa do Banco do Brasil.
Ali
já se via, que a coordenação do espetáculo não havia se preocupado com a
produção, fato que ficou latente na cena do “Enforcamento de Judas”, pois não
fora a boa atuação do ator Alexandre Ronald até hoje a procissão e a encenação
estaria esperando pela sonorização. Essa mesma sonorização em sua sonoplastia,
deixou a desejar também em várias cenas que aconteceram no palco montado em
frente à Catedral, registrando entre tantas falhas, na reprodução das falas dos
personagens Cristo, Verônica, Quintilliu’s e Maria. A produção deveria ter
testado a qualidade dos CDs durante a passagem do som. Um Grupo de Teatro como
o Êxodo que está a 30 anos, apresentando a mesma peça, não pode protagonizar
tantas falhas. O que aconteceu na encenação de sexta feira santa poderia até
ser tolerado, desde que fosse uma peça apresentada por jovens da catequese. No
caso do Êxodo não!
Judas salva a encenação
“É
nas falhas que se conhece a capacidade criativa das pessoas”. No caso da
encenação do Grupo Êxodo sexta feira santa, o ator Alexandre Ronald fez a
diferença, pois justamente na hora que Jesus Cristo vai passando carregando a
cruz pelo local escolhido por Judas para se enforcar após ter se arrependido...
Tudo pronto, cenário muito bem montado pelo cenógrafo Ismael Barreto, ator
preparado para a cena, Jesus a caminho do calvário observa Judas pedindo clemencia.
Justamente nesse momento a sonorização falha, o público esperando o início da
encenação e nada. É quando Alexandre Ronald mostra toda sua capacidade
criativa, e em vez de esperar o som na caixa e dublar, fez ao vivo. “...
Porque tinha de ser eu Senhor? Por que não Pedro, Tiago, Felipe ou André? Mas
fui eu. O que as futuras gerações pensarão de mim? Quantos homens farão o mesmo
que eu? Perdão Senhor...Perdããããããooooooooo!”
Alguns enxugam as lágrimas disfarçadamente e os aplausos
ecoam pelo pátio da Catedral!
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