A respeito
do Manifesto Revolução Cultural, a artista plástica Rita Queiroz no enviou
carta de Anápolis (GO). Leia
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Dando uma olhada em minhas papeladas
informativas... Que susto! Encontrei uma foto da minha primeira exposição
realizada no Selton Hotel e comecei a ler as matérias daquela época até
então.
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O tempo passou e hoje já carregamos o sofrimento
com a despedida de colegas que já se
foram para outra dimensão durante a nossa luta. Infelizmente constato que
tão pouco mudou e sei exatamente o quanto poderia ser diferente.
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Me fez pensar no Encontro que ocorreu dia 18, na
Casa de Cultura Ivan Marrocos. E me pergunto: qual foi o erro?
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Todo este movimento deixou em nós grande ansiedade
e ressentimento, já que tudo que conquistamos foi sob pressão. Vários governos
se passaram e as atitudes indicam que o pensamento sobre a cultura no Estado
permaneceu o mesmo..
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É preciso pensar sobre o problema do artista na
sociedade. A partir do momento que se reflete sobre isso, que se possuí o
mínimo de conhecimento sobre o assunto, começamos a perceber, por exemplo, que
se deve ao artista o aparecimento do mais afetivo modo de comunicação nas
sociedades. A arte não é apenas domínio das satisfações fáceis e imaginárias,
ela informa atividades fundamentais e imensos aspectos da vida atual, bem como
do passado.
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Em suma, existe um pensamento plástico, assim como
existe um pensamento matemático e político. Partindo dessa premissa,
lembramos-nos de uma época em que prevaleceu um pensamento político cultural em
Porto Velho. Formaram-se vários grupos, idealizaram-se projetos onde os
artistas buscavam seus espaços físicos e os eventos eram frequentes.
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Rondônia precisa, com urgência, não só de eventos,
mas de Projetos de pesquisa que resgatem toda sua história, valorizando seus
artistas e produtores culturais. Para tanto, necessitamos de Museus,
Pinacoteca, Bibliotecas regionais, Teatro, Escolas de artes e Oficinas
Permanentes para atualização dos nossos artistas. Para divulgação do nosso
folclore popular haveria de ter um Espaço alternativo aberto à visitação como
atração turística que identifique a nossa cultura, como ocorre nos outros
Estados.
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Talvez tudo devesse partir das Escolas... Incluir
no Currículo Escolar uma matéria específica sobre a História da Cultura de
Rondônia para que a nossa população tenha conhecimento sobre os nossos
personagens. Aproveito para compartilhar um acontecimento que me surpreendeu...
A secretária da minha filha comentou que meu nome foi citado em sala de aula,
aqui em Anápolis – GO, durante uma aula sobre a História da Amazônia. E aí em
Rondônia, será que falam de NÓS em sala de aula?
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Veja o que presenciei na Galeria Afonso Legório no
final do ano passado... Estava lá quando chegou uma turma de alunos que estava
se formando em Artes. Durante a visita perguntei ao grupo se sabiam quem tinha
sido Afonso Legório... Ninguém daquele grupo de estudantes soube me
responder!
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Ciente do movimento que esta ocorrendo aproveito
para agregar o meu pedido a todos os políticos que nos representam e que tem o
Poder de mudar a atual situação da Cultural no meu Estado: Por favor, entendam,
esta na hora de mudar! A nossa história é formada de passado, presente e
futuro!
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Aos meus colegas artistas, ainda que ausente
fisicamente, estarei sempre com vocês!
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Rita Queiroz - Anápolis, 19 de abril de 2013.
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