ARRAIAL
O que o DER pode fazer
pelo Flor do Maracujá
Considerado o maior evento folclórico do estado de Rondônia
e um dos maiores da Amazônia o Arraial Flor do Maracujá e sua Mostra de
Quadrilhas e Bois Bumbas, está completando 31 anos de existência, sem que se
tenha certeza sobre a definição da data
da sua abertura. Apesar de neste ano o evento passar a contar com um local
definitivo, o Parque dos Tanques, local onde até o ano passado, aconteceu a
Expovel. A equipe de Coordenação nomeada pelo secretário Chicão não podia, pelo
menos até essa entrevista, marcar a data do inicio da festa, pois não tinha a
garantia de que o terreno ou a área escolhida para a montagem do Arraial
estaria pronta, ou seja, pavimentada e com o chamado “curral” de dança
asfaltado. Essa garantia depende do Diretor do Departamento de Estradas e
Rodagem do Governo de Rondônia – DER engenheiro Lúcio Mosquini. A dificuldade em
se anunciar com precisão a data do início do Flor do Maracujá é tanta, que a
Coordenação foi desautorizada pelo secretário de prestar informações à imprensa
enquanto não tivesse a certeza da entrega das obras que devem ser executadas no
local. Sobre o assunto procuramos e conversamos com o Alexandre Ronald e o Gino
Serrati encarregados nomeados pelo secretário da Secel para acompanhar a
preparação da área e ficamos sabendo, que a parte que compete a Eletrobrás já
está pronta assim como as demais providencias. “O que está pegando, é o DER
dizer pra gente quando vai entregar o terreno pavimentado, pronto para
começarmos a montagem do Arraial propriamente dito, sem a garantia do DER
ficamos no mato sem cachorro”, disse Alexandre. Diante disso, resolvemos procurar
o engenheiro Lucio Mosquini Diretor do DER para saber o que realmente estava
ocorrendo. Mosquini uma pessoa muito simpática nos recebeu em seu gabinete na
tarde da última terça feira 12 e passou o assunto a limpo. “O Chicão precisa
vir aqui conversar com a gente”. No bate papo com o Diretor do DER além das
obras de terraplanagem e pavimentação do Flor do Maracujá fomos informados
sobre o Projeto Estradão que vem sendo executado pelo órgão. “Se depender do
DER o Chicão pode marcar o inicio da festa para a data prevista”. Vamos à
entrevista:
ENTREVISTA
Zk – De acordo com informações da equipe de coordenação
logística da 31ª Mostra de Quadrilhas e Bois Bumbas do Arraial Flor do
Maracujá, a divulgação da data do inicio
da festa só poderá acontecer oficialmente depois que o senhor garantir o
asfaltamento pelo menos do que chamam de curral de dança. O que o senhor tem a
dizer a respeito disso?
Lucio Mosquini – Acontece que está muito em cima, pra gente
ir lá e fazer um pavimento. Um pavimento tem que tratar a base, fazer a
terraplanagem, fazer aquisição. Eu não tenho nenhum contrato pra fazer esse
asfalto. O que me prontifiquei foi fazer a terraplanagem, a compactação do
solo, distribuir um pó de brita e vou molhar esse pó de brita e depois passar o
rolo. Agora, para o ano que vem, vamos fazer todo o asfalto daquele parque
inteiro. Para este ano não tenho nenhuma possibilidade de fazer, porque não
tenho nenhum contrato.
Zk – Mesmo com a prefeitura se comprometendo a ceder a
“lama” asfáltica?
Lucio Mosquini - A lama é uma camadinha para se colocar em
cima do asfalto. A gente não tem como colocar a lama na terra nua.
Zk – No caso do Parque dos Tanques qual a obrigação do DER?
Lucio Mosquini - A parte de pavimento fora do centro de
convenções, nós vamos fazer todos os acessos, estacionamento, mas, isso só vai
ser possível após a conclusão do centro de eventos.
Zk – Isso quer dizer que asfalto, asfalto mesmo nesse
momento nem pensar?
Lucio Mosquini - Agora o que nós vamos tentar fazer para a
Secel poder realizar o Flor do Maracujá é um paliativo. Na verdade, todo mundo
me pede isso aí, o Chicão (secretário da Secel) deveria ter vindo aqui no
inicio do ano, pra gente fazer uma licitação, fazer um convênio tudo certinho.
De última hora eu não tenho como fazer as coisas.
Zk – Esse paliativo está previsto para começar quando?
Lucio Mosquini - Vai começar na próxima semana. O que é um
paliativo? Vou fazer a terraplanagem, compactar e jogar uma brita, mas, tudo
depende da Secel. A Secel tem que se esforçar nisso aí também.
Zk – Em quantos dias o senhor entrega esse paliativo pronto?
Lucio Mosquini – Isso é um serviço simples, com uma semana a
gente faz. Eu ainda vou tentar fazer lá, o asfalto que eles querem. Não posso
garantir, mas, vamos tentar.
Zk – Vamos deixar o Flor do Maracujá em paz por uns minutos
pára saber a quanto anda o Programa Estradão?
Lucio Mosquini – O Estradão é um Projeto maravilhoso
idealizado pelo governador Confúcio Moura que dá identidade as nossas ações nas
estradas não pavimentadas e ele tem um diferencial, que é a qualidade do
serviço que estamos executando.
Zk – Qual é esse diferencial?
Lucio Mosquini – É levar o DER onde ninguém conhecia, ou
seja, é levar fora das rodovias tradicionais o DER. As rodovias de domínio
municipal que assumimos para ajudar os prefeitos e nessas novas rodovias, implantar
nosso modelo que é a retirada de curvas e morros.
Zk – No que a implantação desse modelo vai contribuir?
Lucio Mosquini – Noventa por cento dos acidentes acontecem
numa curva ou em um morro. Um morro é uma lombada prolongada, uma lombada de 200 metros que é aonde o
motoqueiro literalmente voa se acidenta e morre, é onde bate frente a frente à
moto com o carro. Na curva fechada é a mesma coisa, porque você não vê quem vem
do lado de lá. Esse é o diferencial. Segundo diferencial: a sinalização dessas
estradas. Ninguém nunca viu sinalizar rodovia de terra, nós estamos
sinalizando. Terceiro ponto, iluminar os trevos das nossas rodovias. Estamos
iluminando 30 trevos. Todos os trevos da BR-364 e os demais. Quarto ponto,
retirada das pontes de madeira. Já ultrapassamos a marca de 300 pontes
eliminadas até agora. Outro ponto é o cascalhamento que é forte e a limpeza
lateral dessas estradas.
Zk – Esse Projeto é de quantos quilômetros?
Lucio Mosquini – Serão 8 Mil Quilômetros de Estrada. Estamos
investindo R$ 40 Milhões nisso, são 1.300 servidores, 480 equipamentos e um
período de 8 meses para executar o projeto Estradão. Ele é anual e este ano
estamos começando mais cedo. Compramos equipamentos novos. Em suma, é um
Projeto maravilhoso que tem dado certo.
Zk – A competência da construção da estrada que vai dar
acesso ao porto de carga e descarga do rio Madeira é de responsabilidade do
DER?
Lucio Mosquini – É a Expresso Porto. Ela nasce la na
comunidade Santa Marcelina e sai aqui na Imigrantes, é uma obra idealizada pelo
governador Confúcio Moura que vai tirar todo o tráfego pesado aqui do centro da
capital Porto Velho. Ela tem um traçado maravilhoso porque hoje contempla o
porto existente, mas, daqui a três anos o porto privado vai estar pronto lá
embaixo e esses portos pretolíferos aqui do Belmonte vão todos lá pra baixo e
com isso vamos levar a Expresso Porto até o novo porto, toda pavimentada. Por
hora sai da Santa Marcelina dá uma volta
de 22 quilômetros
e cai aqui na Imigrantes.
Zk – O Projeto Estradão também atua nas áreas urbanas?
Lucio Mosquini – Na área urbana estamos implantando o
Projeto Asfalto Bom. Um Projeto de 500 quilômetros de
asfalto que vamos executar em 2012/2013 é asfalto usinado a quente. Em alguns
municípios já está sendo executado como é o caso de Jaru, Ouro Preto,
Ji-Paraná, Porto Velho e Alvorada D’Oeste.
Zk – Qual o potencial em equipamento, maquinário do DER hoje?
Lucio Mosquini – Nós fizemos um investimento de R$ 40
Milhões, recursos próprios do DER, fruto da nossa economia. Licitamos 256
Processos e conseguimos fazer uma economia de R$ 42 Milhões, entre o preço
proposto que era a administração pública e o preço efetivamente contratado.
Nossas obras, Zekatraca, todas elas tem uma disputa; Estávamos licitando a
galeria de Thedobroma até o sítio Palmares uma obra pequena de quatro galerias,
tinham 17 empresas participando da licitação. Essa competitividade estimula a
redução do preço da obra. Economia como essa foi toda investida em equipamento. O DER
tem cada vez mais se firmado como órgão forte, um órgão pujante do governo e
nós precisamos continuar investindo na qualificação dos funcionários, na
qualificação dos nossos técnicos e na aquisição de novos equipamentos.
Zk – Por falar em técnicos. Qual é o quadro do DER hoje?
Lucio Mosquini – Hoje o DER conta com 52 engenheiros de alto
nível, professores em engenharia rodoviária é um quadro que vale ouro, coisa
que as empresas privadas não têm. Temos 1.300 servidores, uma linha de frente
composta de mais de 700 servidores, pessoas maravilhosas que trabalham que
levam o governo de Rondônia pra frente. Cada pneu que roda, ali vai o governo
de Rondônia trabalhando. Todo mundo precisa de estrada, mais ainda quem mora em
Rondônia porque é pela estrada que passa a saúde com a ambulância correndo,
passa a educação com o ônibus escolar, passa a produção com leite com carne e
cereais. O DER é um órgão importante para a sociedade de Rondônia é um órgão
extremamente valioso pelo quadro intelectual que tem e que vai continuiar
desenvolvendo o estado de Rondônia através das nossas rodovias.
Zk – O DER tem autonomia ou é subordinado a uma secretaria?
Lucio Mosquini – O DER é subordinado ao governador Confúcio
Moura. Somos uma autarquia, temos autonomia, temos nossa própria procuradoria
jurídica, nosso financeiro, nossa corregedoria, ouvidoria. O sucesso do DER é
devido a sua autonomia.
Zk – Vamos começar a encerrar nosso bate papo. Quem é o
Diretor do DER?
Lucio Mosquini – O diretor do DER é um engenheiro formado
pela Universidade Federal do Mato Grosso, pós graduado em Gestão Pública,
empresário. Tenho dois filhos, moro em Rondônia há quase trinta anos, sou
apaixonado por essa terra, amigo pessoal do governador Confúcio Moura. Devo
esclarecer que o Lúcio é passageiro no DER, então todas as ações nossa aqui,
visa o futuro do nosso estado, o futuro do órgão. Nosso modelo de gestão aqui é
privado, entretanto estamos num órgão público. Cada contrato aqui tem um gestor
da limpeza da engenharia, da informática, cada um cuida de uma parte.
Zk – E o salário?
Lucio Mosquini – O DER paga o melhor salário do governo de
Rondônia por isso temos os melhores servidores. O diretor geral do DER é um
cara de confiança do governador, mas, é uma pessoa que é evangélico, prezo pela
minha família e to motivado a fazer cada vez melhor, com menos custo e mais
eficiência.
Zk – Bom! Voltando ao motivo dessa entrevista. Se depender
do DER o Chicão pode até marcar o inicio do Flor do Maracujá para o dia 29
deste mês?
Lucio Mosquini – Marcar ele pode marcar, nós não podemos
desmarcar. O que depender de mim ele pode contar comigo, não sei se é para
asfalto, mas, pode contar comigo. Diz pro Chicão vir aqui conversar com a
gente!
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