Lenha na Fogueira
Não sei qual o motivo, que leva algumas pessoas a questionar o que postamos nesta coluna, O bom, é que na maioria das vezes os contestadores, acabam, no final de seus textos, concordando com o que escrevemos.
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O pior é quando levam o negócio para o campo pessoal, achando que estamos escrevendo com a intenção de prejudicá-las.
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Muitas vezes, por causa desses pensamentos mesquinhos, pensei em parar de defender através desta coluna as reivindicações dos segmentos culturais do nosso estado.
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Os dirigentes, sejam de órgãos governamentais (estado e município) ou de entidades que trabalham a cultura em nossa cidade e estado, pensam, que por ostentarem o título de presidente, secretário ou seja lá o que for estão imune de críticas.
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O interessante é que quando elogiamos ou divulgamos seus trabalhos, nenhum, mas, nenhum mesmo, tem a coragem de pegar o telefone e ligar agradecendo. (Salientamos que não fazemos questão disso)
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Agora, quando fazemos qualquer comentário que eles acham que estamos criticando suas atitudes, são os primeiros a ligar para “esculhambar” (também não ligamos para isso)
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Por conta disso, recebemos do presidente da Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas de Rondônia – Fesec um artigo que vamos tentar publicar na íntegra.
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Acontece que meu amigo Ariel Argobe expressou sua indignação para com esse colunista em mais de seis mil caracteres, quando o espaço desta coluna, aceita no máximo 4 mil, mesmo assim vamos nos esforçar com a nossa diagramadora Edilma para tentar colocar o que o Ariel escreveu, na íntegra.
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O que ele escreve na tentativa de nos passar um “pito”, acaba por concordar com tudo que escrevemos na coluna de sexta feira, apena com um agravante. Errei ao dizer que a reunião com a deputada havia sido solicitada pela sua diretoria (Foi pelas assessoria da deputada). Vamos ao artigo do Ariel:
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Zé, eu confesso: sou viciado em Lenha
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Por Ariel Argobe (*)
Recentemente, especialistas da Sociedade Americana de Medicina do Vício (ASAM) criaram uma nova definição para este mal que acompanha a humanidade desde os primórdios. Na tese altamente gabaritada da ASAM, “o vício é uma desordem cerebral crônica e não simplesmente um problema de comportamento que pode envolver álcool, drogas, jogos de azar ou sexo”.
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Na minha limitada visão, caro Zé Katraca, esta definição ainda está incompleta. A experiência me diz que há pessoas que são irrecuperavelmente viciadas em coisas estranhas, como por exemplo, em colunas culturais diárias.
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Conclusão: de onde vejo, “o vício é um burburinho na cuca do sujeito que, inclusive, pode levar às drogas, ao álcool, aos jogos de azares, muito sexo curtido adoidado e colunas culturais especializadas”.
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Confesso, amigo Zé Katraca, que sou sim viciado na ‘porra’ dessa coluna cultural. Como um alcoólatra ou toxicômano errante, ao abrir os olhos, logo pela manhã, a primeira coisa que faço é correr pro vício. Com as mãos trêmulas, pernas bambas, olhar turvo, ao retornar da caminhada matinal que faço pela Av. XV de Novembro, no coração da Pérola do Mamoré, vou correndo para o Bar do Candury e, sem que ninguém me veja, compro o produto que acalma o meu sistema nervoso: o jornal impresso que traz a coluna cultural do Zé Katraca.
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Que merda é esta? Sério, não consigo me controlar. Será que tem tratamento pra este meu péssimo vício?
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Porém, iluminado Zé, devo alertá-lo: só gosto ‘da boa’, negócio ‘granfo’, bacana, do tipo top de linha. Porcaria nem pensar. Nada de mistura doida. Odeio!
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Na última sexta-feira, amanheci ‘nervosão’, como sempre (sabe como é, né Zé!?). Super a fim, foi correndo pro Bar do ‘Candú’. Comprei o bagulho e Já fui logo rasgando e abrindo lá mesmo. Constatei ansioso que ela estava lá, como de hábito, embrulhada bem no meio do jornal: a coluna Lenha na Fogueira. Fui devorando tudo, nem respirava direito. Não queria nem saber se tinha gente me olhando. Que decepção: aquela lenha não era da boa. Tava toda misturada. Porra!
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Zé, quem te repassou a mercadoria que você processou na coluna Lenha na Fogueira de sexta-feira 11, foi o Sílvio Santos? Não acredito que foi ele. O Sílvio só trabalha ‘pedra’ de primeira. O bagulho de sexta tá muito barrela, arqueado, misturado mesmo, do tipo ‘lombra’ estranha.
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Só para esclarecer, amigo Zé Katraca, devo informar que a reunião marcada para acontecer na Estação da EFMM, quarta-feira passada, dia 09/11, - como você mesmo informou em sua coluna -, foi uma agenda puxada pelo Gabinete da Deputada Epifânia Barbosa, para tratar de uma emenda parlamentar no valor de cem mil reais, a serem gastos com a realização de várias oficinas de artes. Minutos antes da hora prevista, fomos informados que a reunião estava cancelada, em razão da Deputada se encontrar em viagem ao exterior.
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Imediatamente o Secretário da FESEC postou mensagem no blog da Federação, tratando do cancelamento da reunião e, aos Presidentes de GRES que tem acesso e lidam com as novas tecnologias, enviou mensagem por celular e email, comunicando o fato. Só não foram contatados os federados avessos às novas tecnologias, que ainda teimam em viver no século XIX e que, coincidentemente, ocupam posições no grupo de acesso do grandioso carnaval popular das nossas escolas de samba.
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Asseguro nobre Zé, o Gabinete da Deputada (e de outras autoridades da municipalidade) está sendo mobilizado para tratar tão somente dos recursos do carnaval a ser repassado pelo município.
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No momento em que fui informado sobre o cancelamento da reunião com a companheira Epifânia, naquele instante resolvi me dirigir ao Gabinete da SEMPLA. Lá, pessoalmente tratei sobre os recursos financeiros do carnaval com o Secretário Sérgio Pacífico que, já a par da situação e do montante solicitado, se colocou à disposição da FESEC, esclarecendo ainda que para efetivar o remanejamento de recursos para Iaripuna, a SEMPLA necessita da anuência do chefe do executivo municipal - autorização a ser concedida a partir de uma conversa entre o Alcaide e o companheiro Tatá.
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No que se refere aos recursos solicitados ao Estado, temos buscando algumas parcerias, objetivando fortalecer o nosso pedido. Conversamos com a Deputada Marinha Raupp, por telefone. A pedido da parlamentar, enviamos cópia do projeto por email e através dos correios. Nosso propósito é contar com a intercessão, o acompanhamento e o traquejo da Deputada, visando sensibilizar e convencer o excelentíssimo Senhor Governador Confúcio Moura para importância do repasse ainda este ano.
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No dia 08/11, terça-feira, me reuni, no Palacete do Bispo, com o Secretário Especial do Governador, Senhor Mário Jorge, buscando viabilizar o agendamento de uma reunião com a autoridade máxima do poder executivo estadual. Através do Ofício nº 074/2011/FESEC, oficializamos nosso desejo de despachar com o Governador, para tratar do Carnaval de 2012.
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Neste ínterim, enquanto aguardamos uma posição do palácio Presidente Vargas, estamos articulando outros nomes, do segmento político e cultural, para nos acompanhar e, em uma só voz, defender o Projeto Carnaval 2012: Tradição, Cultura e Arte Popular para Todos.
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Achamos a sugestão do nome do Deputado Zequinha Araújo, para compor a comitiva cultual, uma boa idéia. Estamos articulando, aqui da Pérola do Mamoré, representantes dos blocos de enredo e do segmento político, com trânsito na ‘cozinha’ do Governador. Também já estão mobilizados os Presidentes das escolas de samba de Costa Marques e Rolim de Moura.
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Para finalizar, além destas informações que estou repassando, ‘da boa’, colhida na fonte, sem misturas, devo te confessar, amigo Zé Katraca, que o meu vício, a minha cachaça é mesmo o samba. Porém, esta informação é segredo, não conte ao Sílvio.
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Antes que eu me esqueça, fica aqui o convite para o amigo somar conosco e, assim, engrossar a voz da FESEC, dos produtores do carnaval popular das escolas de samba, dos foliões e dos amantes da cultura popular, bradando, através da Coluna Lenha na Fogueira, em defesa do carnaval de Rondônia.
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Não se esqueça de levar o Sílvio, ele é bom nestas ocasiões periclitantes.
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(*) Ariel Argobe é Artista Plástico e Presidente da Federação das Escolas de Samba e Entidades Carnavalescas do Estado de Rondônia.
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