Nesta edição, publicamos a 2ª Parte da Entrevista com o Everton Leoni sobre a história do Grupo SIC TV que completou no último dia 5 de julho, 30 anos. No tópico de hoje, a história se baseia mais na família do próprio Everton e sobre a Rádio Parecis FM.
Lembrando que tudo começou quando o Everton ganhou
sem querer o aval do Bispo Macedo para assumir em Porto Velho, a TV Record que
o Bispo acabara de comprar. “Um dia fui levar uma PI, na TV Allamanda e
o seu Mota pai do Paulinho Mota que hoje trabalha com a gente, me perguntou: ‘Tu
queres uma Televisão para ti’? Nunca
esqueço dessa pergunta que ele me fez! Respondi, quero sim! Ele disse, então
liga para esse número, me entregou um cartão com o número do telefone que era
justamente do representante da Record em Brasília”. Foi assim que tudo começou”.
Hoje a história é sobre os programas da Rádio Parecis
FM em especial o Papo de Redação e o Quando Bate a Saudade.
ENTREVISTA
Zk – E a Rádio Parecis está em quantas cidades do estado
de Rondônia?
Everton – Ela está em Nova Brasilândia, Chega em São
Miguel, Novo Horizonte e Rolim de Moura; ela está em Santa Luzia aí não sei te
dizer onde ela chega, lembro de Castanheira, Cacoal enfim, vem novidades por aí
também em relação as rádios. Acontece que uma nova Legislação votada ano passado,
dar para as emissoras de rádio da capital, a condição de geradoras, a exemplo
do que acontece com as televisões, quem tem a geradora em Porto Velho, pode
instalar retransmissoras no interior. O Ministério já escolheu algumas cidades
e nós já nos habilitamos a elas, acho que foi umas dez cidades, sei que em
poucos anos, as emissoras da capital que quiserem poderão estar em todo o
Estado.
Zk - Vamos
continuar falando sobre a Rádio Parecis. Tem um programa que sou fã que é o “Quando
Bate a Saudade”. Fala sobre esse programa?
Everton – Eu tinha até pouco tempo atrás, todos os
programas redigidos e produzidos, e tinha as datas, as músicas que tocavam e
isso desapareceu com o tempo. Era o maior documento que eu podia ter para saber
quando começou e essa papelada está perdida, tenho a esperança de um dia achar.
Tenho a impressão que esse programa; o Elivaldo Viana que está comigo desde o
começo praticamente. O programa deve ter começado em 84 o que quer dizer, que há
37 anos todos os domingos estou aqui. Começou aos domingos das 9 ao Meio Dia
depois ele passou a ser apresentado também de segunda a sexta-feira, das 7 da noite
às 9 da noite, depois por falta de tempo, pois entrei para a política e então
resolvi parar com o programa noturno ficando só aos domingos. Já passaram
várias gerações, pego depoimento de pessoas que dizem: Minha Avó ouvia, mais já
morreu, meu pai ouvia, mais já morreu, agora está o filho ouvindo e eu graças a
Deus continuo firme aqui, enfim, eu tinha ouvintes maravilhosos, isso me dar um
dor muito grande, que falavam comigo todo domingo durante anos, posso citar o
DEDÉ por exemplo, mas, o senhora me ligou dizendo que o marido dela havia
falecido e que ele ouvia o programa todos os domingos há mais de 20 anos e que
ela não suportava ver esses discos dentro da casa porque lembrava do marido,
ela pediu pelo amor de Deus que eu recebesse discos que ela sabia que teria uma utilidade e
que ele onde estivesse ficaria muito feliz.
Zk – Vamos explorar o lado pessoal. Como você se
sente vendo seu filho Tales Roger se destacando como um grande apresentador de
programa de rádio?
Everton – Olha, o Marlon começou antes ele tinha
uma grande audiência, não tinha esse desprendimento que tem o Tales que é mais
comunicativo. Marlon é um pouco mais tímido e o Marlon é formado em
Administração de Empresas e é um grande administrador, pra tu ter uma ideia,
nesse ano da Pandemia nós não demitimos ninguém, mantivemos todos nossos
quadros intocáveis, obviamente tivemos queda no faturamento, porque as lojas
fecharam, pararam e foi o nosso melhor faturamento, isso é gestão, estou
falando do meu filho mais velho, ele é um grande gestor.
Zk – E o Tales?
Everton – Esse já mais o Everton ele é um cara que
tem ideias, além deu imaginar que ele será um grande gestor também, ele é um
grande comunicador nato. Ele fazia “Estação Criança” e a gente tinha que
segura-lo pra ele não sair do script. Ele tem tirocínio e o que é melhor, gosta
do que faz e mais, é um operário, ele vem de manhã, vem de tarde pra fazer flash
e já aprender administração. Eu acho que é o cara que vai fazer o “Quando Bate
a Saudade” no futuro. Tem um detalhe, ele canta muito bem!
Zk – O que
Everton – É isso mesmo e toca violão de ouvido,
mais toca. Se tu mandar ele cantar qualquer música do Bruno e Marrone; ele da
um show.
Zk – E o sorveteiro
Zk – A rádio Parecis é a mais ouvida?
Everton – Historicamente a rádio Parecis é a
primeira FM de Rondônia. Nós acreditamos que sim, até pelo voluma de anúncios.
Até bem pouco tempo atrás, nem vendedor nós tínhamos, a propaganda vinha espontaneamente
dos nossos anunciantes. Vamos tirar essa dúvida brevemente, porque o IBOPE vai
fazer uma pesquisa pra saber a audiência das emissoras de rádio aqui na capital.
Por exemplo: O programa do Augusto José de manhã, não tem pra ninguém; O Papo
de Redação também não tem pra ninguém; Eu nunca participei de um programa de
rádio com a audiência do Papo de Redação. Estamos numa transição, o Domingues Junior
saiu, o Professor Peixoto adoeceu e eu entrei de férias o bom foi que conseguimos
o Carlinhos Araújo que é muito bom, aliás ele é excelente. Me orgulho porque
foi ideia minha. O Joacir Loura Júnior participa também, ele é muito
inteligente e é o cara que conhece a Legislação. Nós jornalistas as vezes brigamos
por uma coisa que não faz sentido. Aí vem o cara que fala, mas, a Lei diz isso e
pronto acaba a discussão, esse é o caso do Loura Júnior. Tem o Quando Bate a
Saudade; tem o programa do Tales; tem o Porquinho com o Denis. Para você ver
como mudaram as coisas, as pessoas deixam de ouvir música, para ouvir o
Porquinho! Lembrar que o Denis é um cara diferenciado.
Zk – Para encerrar. A empresa de você preserva
muito a permanência de seus empregados basta lembrar o Elivaldo Viana,
Albertino Fortunato, Eva, Elisa, Bolota e tantos outros que estão aí faz muito
tempo. O que você tem a dizer a respeito disso?
Everton – O ser humano não foi feito para ser
descartado, foi feito para ser valorizado, aqui a gente procura não descartar.
Você ver a Bete quantos anos está conosco, a Elisa a Eva o Bolota o Beni Andrade.
Aqui o cara sai por que quer.
Zk – Para encerrar! 30 anos de TV completados no
dia 5 de julho passado, o que você tem a dizer?
Everton – A gente faz uma TV eminentemente
comunitária, a gente faz uma TV falando com as pessoas. De alguma forma
ajudamos Rondônia a crescer e crescemos juntos. Agora, nós só crescemos porque
temos gente que nos escuta. Quem tem audiência e público fiel, tem a maior
riqueza que pode existir num veículo de comunicação.
(Fotos: de Ana Celia Santos)