A escola de samba Asfaltão
completou ontem quarta feira (17), 45 anos como entidade carnavalesca. “É a única escola que viveu todas as etapas, de
amadurecimento necessário para se firmar e conquistar seu espaço. Foi Bloco de
Sujos, Bloco de Empolgação, Bloco de Enredo, Escola de Segundo Grupo e Escola
do Grupo Especial”, informa diretora de comunicação Sílvia Pinheiro.
Ha alguns anos, entrevistamos um dos que participaram do
primeiro desfile da agremiação o compositor Jorge Makumba que lembrou de como
nasceu a entidade:
Tudo começou quando a turma que
estava asfaltando as ruas da cidade de Porto Velho faturando hora extra durante
os dias de carnaval! Ao ouvirem o som dos tambores das escolas de samba e
blocos carnavalescos que estavam se apresentando na passarela do samba,
resolveram dar um tempo no trabalho e do jeito que estavam foram para a avenida
desfilar.
Esse do jeito que estavam,
implica em dizer, todos sujos de pixe e “melados” (bêbados) de “mocoró” (mocoró
é um preparo que leva vários tipos de bebidas alcóolicas e por isso é muito
forte) e resolveram após degustar uma “Panelada” preparada pelo Zezeca na Usina
de Asfalto da Prefeitura que ficava na Estrada da Penal ali nas proximidades do
Conjunto Mal. Rondon, seguir para a avenida Sete de Setembro, local onde estava
acontecendo os desfiles carnavalescos.
Até porque a dita “Panelada”
regada a “Mocoró” foi em comemoração ao término do recapeamento do trecho aonde
seriam os desfiles carnavalescos.
Pegaram pás, picaretas,
vassourões, baldes e outros apetrechos utilizados no asfaltamento das ruas e
seguiram para a avenida, com um estandarte feito de caixa de papelão – com os
dizeres: “Bloco do Asfaltão”
Segundo José Araújo – Bacu, em
recente entrevista também publicada neste matutino, saíram da Usina de Asfalto
aproximadamente 50 integrantes e só conseguiram passar pela frente do palanque
oficial, aproximadamente 10 brincantes do bloco, assim mesmo, alguns dentro do
Jeep que levava a bebida (mocororó) dirigido pelo Gervásio
Este ano a escola vai apesentar o
enredo “Não Sei se é Sonho, Utopia ou Ilusão... Vou Cumprir Minha
Missão”. O Samba é de
autoria da parceria Mávilo Melo e Waldison Pinheiro.
(Veja matéria sobre os
prepartivos para o desfile do dia 27 deste mês na página C-1)
Trecho da entrevista com
Bacu
Gervásio e Bacu fundadores do Bloco do Asfaltão |
Zk – Agora
você vai nos contar a história de como nasceu à escola de samba Asfaltão, na
realidade, o Bloco do Asfaltão?
Bacu – O
Asfaltão surgiu através dos colegas da garagem da prefeitura que trabalhavam no
asfaltamento das ruas de Porto Velho, era o Gervásio, João Natal, Zé Holanda,
Jorge Macumba, entre outros. Como eu tinha boa intimidade com o Luiz Gonzaga
que era o prefeito consegui uma verba para colocar o Bloco do Asfaltão. A
história da criação do bloco foi assim: A gente estava trabalhando com asfalto
e era tempo de carnaval, então começou aquela brincadeira de um melar o outro
de piche e alguém sugeriu vamos desfilar como “Bloco do Asfaltão” e então
fizemos rodo, vassoura e todos os apetrechos que a gente usava para asfaltar as
ruas só que no caso do bloco, era tudo de madeira.
Zk– E o primeiro desfile como foi?
Zk– E o primeiro desfile como foi?
Bacu– O interessante foi que quando
chegamos em frente ao palanque oficial, dos cinquentabrincantes
que saíram da sede da SEMOB se passaram 10 foi muito, os demais ficaram bêbados
pelo meio da viagem.
Zk – E o Mocororó quem inventou?
Bacu – Foi o José Fernandes Meireles, ele preparava toda aquela gororoba e empurrava na turma. O Zezeca foi o primeiro a capotar, lembro que pelo palanque estava eu o Parruda, João Natal, Zé Meireles, Gervásio e o Jorge Macumba. Depois do caso passado, do desfile terminado, fui soltar uns dez, que estavam presos na Central de Polícia por estarem aprontando bêbados no Mercado Municipal que hoje é Mercado Cultural.
Zk – E o Mocororó quem inventou?
Bacu – Foi o José Fernandes Meireles, ele preparava toda aquela gororoba e empurrava na turma. O Zezeca foi o primeiro a capotar, lembro que pelo palanque estava eu o Parruda, João Natal, Zé Meireles, Gervásio e o Jorge Macumba. Depois do caso passado, do desfile terminado, fui soltar uns dez, que estavam presos na Central de Polícia por estarem aprontando bêbados no Mercado Municipal que hoje é Mercado Cultural.
Nenhum comentário:
Postar um comentário