Pela primeira vez, em trinta e três anos, assisti todo
desfile da Banda do Vai Quer.
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Acontece que desde o primeiro ano da Banda, minha função
foi coordenar a Banda da Banda e por isso, nunca tinha visto ou assistido seu
desfile por completo.
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Sábado passado, livre do compromisso de ser o Diretor
Musical da Banda da Banda, missão que passei para o meu filho Silvio José,
fiquei livre.
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Foi então que percebi o quanto o poder público não tem
respeito para com a população de Porto Velho.
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Essa falta de responsabilidade e de compromisso com a
população da capital de Rondônia, vem com a falta de apoio logístico a Vai Quem
Quer.
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A direção da Banda colocou quatro trios elétricos, porém,
pela quantidade de foliões não foram suficientes.
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Se levarmos em consideração que a obrigação da Banda é
com quem está vestido com a camiseta do bloco, que este ano não ultrapassou
quatro mil camisetas, segundo a presidente Siça, o poder público deveria
colocar a estrutura necessária para que todos os foliões que acompanham o
bloco, mais de 150 Mil este ano, pudessem brincar curtindo uma sonorização das
melhores.
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No sábado de carnaval em Porto Velho, só existe a Banda
do Vai Quem Quer cujo desfile, por força de exigência das autoridades é
obrigado a parar as 22h00.
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É aí onde o poder público poderia entrar, proporcionando
ao público, mais algumas horas de carnaval.
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Bastava contratar os trios elétricos que puxaram a Vai
Quem Quer para permanecerem nas vias por onde a Banda desfilou, contratasse uma
ou duas Bandas para ficar tocando pelo menos até as duas horas da madrugada.
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Com certeza, esse investimento no carnaval não ultrapassaria
R$ 50 Mil, entre contratação de Trios Elétricos e Bandas Musicais.
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A população de Porto Velho só tem a Banda do Vai Quem
Quer como referencia carnavalescas e depois o desfile das escolas de samba.
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Como este ano as escolas de samba não vão desfilar, só
restou o desfile da Banda. Já disse que os demais blocos são importantes, mas,
não reúnem tantos foliões como a Banda.
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O que vi após alguns minutos após o encerramento do
desfile da Banda do Vai Quem Quer, foi a policia, numa manobra que considerei
arbitrária, colocando a população de foliões que permanecia na avenida Sete de
Setembro, pra “correr”.
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A arbitrariedade vinham em função de uma ordem, constante
de um TAC, que diz que o desfile da Banda tem que encerrar as 22h00. Então a
policia (todas), emparelharam as viaturas na extensão da largura da avenida
Sete e acionam as sirenes, enquanto alguns comandados vem à frente “expulsando”
as pessoas que se encontram no meio da rua. Rua que estava interditada desde
cedo e que não atrapalharia em nada se permanecesse interditada por mais
algumas horas.
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Meus amigos, aquele povo não tem mais pra onde ir após o
desfile da Banda, porque não deixar que fiquem por mais algumas horas na rua?
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Isso prova que o governo, seja estadual ou municipal, não
tem compromisso com nossas tradições culturais
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E assim vamos vivendo numa cidade cujo grande dilema é
viver sob o signo do “JÁ TEVE”.
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É como diz o ditado: Se não podes fazer, pelo menos não atrapalha
quem está fazendo.
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A prefeitura de Porto Velho não ajudou com nada o
carnaval de Porto Velho.
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Não realizou o desfile das escolas de samba, não apoiou
como deveria apoiar os blocos de trio elétricos e ainda colocou um contigente
de agentes de transito exigindo a colocação de grades nas vias por onde os
blocos desfilaram ou vão desfilar.
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Essas absurdas exigências impediram a realização do
desfile do Bloco Leva Eu na Zona Leste, quase impedem a saída do bloco Banda
dos Imigrantes e do Galo da Meia Noite.
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E tem mais, todos os blocos recolheram taxas absurdas
para liberar seus desfiles. Só a Banda do Vai Quem Quer recolheu mais R$ 10 Mil
em taxas.
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As grades são contratadas pelos blocos assim como os
banheiros químicos. A prefeitura não entra com nada, muito pelo contrário só
recebe os benefícios, pois todos pagam para participar do carnaval. Seja
ambulante ou folião.
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O governo estadual, esse nem se fala, apesar de este ano
ter atendido a Emenda do deputado Marcos Donadon que contribui com o pagamento
dos trios elétricos. Pelo menos isso.
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Porém, se dependesse da ordem do governador nenhum tostão
sairia do orçamento da Secel para apoiar o carnaval.
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Aliás, nem o carnaval e nenhum evento cultural da pauta
do Estado de Rondônia. Basta lembrar que os Bois de Guajará Mirim já foram
comunicados que o governo estadual não vai liberar subsídios para suas
apresentações o Duelo da Fronteira deste ano.
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É assim que os movimentos culturais estão vivendo. Porém
sabemos que o Baile Municipal e alguns eventozinhos, custaram aos cofres da
municipalidade de Porto Velho mais de R$ 200 Mil. Isso é só o começo! Depois de
amanhã tem mais!
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