segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

LENHA NA FOGUEIRA - 12.02.13


Pela primeira vez, em trinta e três anos, assisti todo desfile da Banda do Vai Quer.

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Acontece que desde o primeiro ano da Banda, minha função foi coordenar a Banda da Banda e por isso, nunca tinha visto ou assistido seu desfile por completo.

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Sábado passado, livre do compromisso de ser o Diretor Musical da Banda da Banda, missão que passei para o meu filho Silvio José, fiquei livre.

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Foi então que percebi o quanto o poder público não tem respeito para com a população de Porto Velho.

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Essa falta de responsabilidade e de compromisso com a população da capital de Rondônia, vem com a falta de apoio logístico a Vai Quem Quer.

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A direção da Banda colocou quatro trios elétricos, porém, pela quantidade de foliões não foram suficientes.

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Se levarmos em consideração que a obrigação da Banda é com quem está vestido com a camiseta do bloco, que este ano não ultrapassou quatro mil camisetas, segundo a presidente Siça, o poder público deveria colocar a estrutura necessária para que todos os foliões que acompanham o bloco, mais de 150 Mil este ano, pudessem brincar curtindo uma sonorização das melhores.

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No sábado de carnaval em Porto Velho, só existe a Banda do Vai Quem Quer cujo desfile, por força de exigência das autoridades é obrigado a parar as 22h00.

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É aí onde o poder público poderia entrar, proporcionando ao público, mais algumas horas de carnaval.

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Bastava contratar os trios elétricos que puxaram a Vai Quem Quer para permanecerem nas vias por onde a Banda desfilou, contratasse uma ou duas Bandas para ficar tocando pelo menos até as duas horas da madrugada.

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Com certeza, esse investimento no carnaval não ultrapassaria R$ 50 Mil, entre contratação de Trios Elétricos e Bandas Musicais.

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A população de Porto Velho só tem a Banda do Vai Quem Quer como referencia carnavalescas e depois o desfile das escolas de samba.

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Como este ano as escolas de samba não vão desfilar, só restou o desfile da Banda. Já disse que os demais blocos são importantes, mas, não reúnem tantos foliões como a Banda.

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O que vi após alguns minutos após o encerramento do desfile da Banda do Vai Quem Quer, foi a policia, numa manobra que considerei arbitrária, colocando a população de foliões que permanecia na avenida Sete de Setembro, pra “correr”.

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A arbitrariedade vinham em função de uma ordem, constante de um TAC, que diz que o desfile da Banda tem que encerrar as 22h00. Então a policia (todas), emparelharam as viaturas na extensão da largura da avenida Sete e acionam as sirenes, enquanto alguns comandados vem à frente “expulsando” as pessoas que se encontram no meio da rua. Rua que estava interditada desde cedo e que não atrapalharia em nada se permanecesse interditada por mais algumas horas.

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Meus amigos, aquele povo não tem mais pra onde ir após o desfile da Banda, porque não deixar que fiquem por mais algumas horas na rua?

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Isso prova que o governo, seja estadual ou municipal, não tem compromisso com nossas tradições culturais

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E assim vamos vivendo numa cidade cujo grande dilema é viver sob o signo do “JÁ TEVE”.

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É como diz o ditado: Se não podes fazer, pelo menos não atrapalha quem está fazendo.

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A prefeitura de Porto Velho não ajudou com nada o carnaval de Porto Velho.

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Não realizou o desfile das escolas de samba, não apoiou como deveria apoiar os blocos de trio elétricos e ainda colocou um contigente de agentes de transito exigindo a colocação de grades nas vias por onde os blocos desfilaram ou vão desfilar.

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Essas absurdas exigências impediram a realização do desfile do Bloco Leva Eu na Zona Leste, quase impedem a saída do bloco Banda dos Imigrantes e do Galo da Meia Noite.

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E tem mais, todos os blocos recolheram taxas absurdas para liberar seus desfiles. Só a Banda do Vai Quem Quer recolheu mais R$ 10 Mil em taxas.

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As grades são contratadas pelos blocos assim como os banheiros químicos. A prefeitura não entra com nada, muito pelo contrário só recebe os benefícios, pois todos pagam para participar do carnaval. Seja ambulante ou folião.

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O governo estadual, esse nem se fala, apesar de este ano ter atendido a Emenda do deputado Marcos Donadon que contribui com o pagamento dos trios elétricos. Pelo menos isso.

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Porém, se dependesse da ordem do governador nenhum tostão sairia do orçamento da Secel para apoiar o carnaval.

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Aliás, nem o carnaval e nenhum evento cultural da pauta do Estado de Rondônia. Basta lembrar que os Bois de Guajará Mirim já foram comunicados que o governo estadual não vai liberar subsídios para suas apresentações o Duelo da Fronteira deste ano.

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É assim que os movimentos culturais estão vivendo. Porém sabemos que o Baile Municipal e alguns eventozinhos, custaram aos cofres da municipalidade de Porto Velho mais de R$ 200 Mil. Isso é só o começo! Depois de amanhã tem mais!

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