quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Lenha na Fogueira - 09;09;2021


O Dia da Pátria 7 de Setembro, foi bastante promissor para a cultura de Porto Velho. Independente das ‘baixarias’ comandadas por alguns políticos de todo o Brasil.

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Nosso 7 de Setembro começou com a exibição do documentário: “Dia de Feira – Do Sertão ao Cai N’água”.

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O evento aconteceu no Mercado do Cai N’água e para surpresa de muitos, com a presença de muita gente. Aliás, não sabia como o assunto Feire Livre, é tão admirado em nossa cidade. O documentário produzido pelas filhas do seu Cícero: Cecileide, Cicelene, Cicilourdes e a Maestrina Sabrynne Sampaio. Uma das presenças mais gratas e queridas foi a Mãe das Meninas viúva de Cícero Correia da Silva senhora Maria de Lourdes da Silva.

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O documentário nos conta em especial, a história de um “Arigó” (Cicero), que apesar de analfabeto, conquistou com sua sabedoria e sorriso franco, a confiança do povo de Porto Velho em especial, o pessoal que dividia espaço nas Feiras da rua do Coqueiro, Feira Modelo e Feira do Mercado do Peixe (hoje Cai N’água).

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Para quem como eu viveu a infância e a adolescência numa Feira, o registro da Cecileide foi uma verdadeira viagem sobre nossa história de vida.

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Quem não assistiu o documentário no dia 7 de setembro, não precisa ficar se martirizando, é só acessar o canal Cantadô Produções Artísticas no Youtube.



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Bom, o resto do dia, foi descansando, ou me preparando para aplaudir o show da “BERADAGEM”, que aconteceu a noite no Mercado Cultural e reuniu as Bandas: Quilomblocada, Dinho e os Malcriados e a Banda Nitro.

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O Calçadão Manelão estava literalmente repleto de pessoas, afim de aplaudir os espetáculos das nossas bandas.

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Quem foi encarregada de iniciar o show musical, foi a mais “Beradeira” entre todas as bandas e grupos musicais de Porto Velho, Quilomblocada que colocou o público presente na órbita da “Beradeiragem”, da distorção da guitarra do Flama, da pegada de boi bumbá dos tambores do Tino, a capoeira do Xoroquinho.

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Os versos dos poemas do Ákila (Boca) e do Samuel, são os responsáveis pela viajem pelos nossos costumes. Costumes vividos pelo povo que mora à beira do Rio Madeira conhecidos como “Beradeiros”. E lá se vão os ‘cantadores’ da Quilomblocada nos envolvendo em seus devaneios poéticos. Eles são ótimos!

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Agora a vez é do Dinho e dos “Malcriados”. Um roque da pesada que envolve os presentes no Calçadão Manelão que em êxtase, faziam ecoar seus aplausos, do antigo palácio do governo a praça Rondon. Assim como a Quilomblocada, Dinho e os Malcriados, fazem um som internacional recheado de letras que cantam as coisas da nossa gente. É tudo música autoral, que não fica nada a dever, às grandes bandas internacionais. O mais interessante, é que quem tem contato com o Dinho antes dele subir ao palco, jamais poderia imaginar que aquele “baixinho”, se transforma totalmente quando pega o microfone e começa a interpretar as letras de um som exclusivo, com pinta de internacional.



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A noite ainda nos proporcionaria mais alguns momentos recheados com muito roque, pois, a banda escalada para encerrar a noite do dia da Independência brasileira foi a famosa Nitro.

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Denis, Rod e companheiros, são donos de um repertório de primeira linha e o melhor, tudo autoral. Se o negócio já estava bom, melhorou muito mais com o Roque e as Baladas da Banda mais antiga de Rondônia.

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Não sei de quem foi a ideia de reunir três Bandas portovelhense que trabalham com música autoral, mas, que foi genial não temos dúvida.

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Pois é, enquanto os fanáticos tiveram um dia de enganação, pois o movimento aparentemente festivo, pode se transformar em “chororô”.

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Os que gostam do que é bom, se deliciaram com os espetáculos musicais, proporcionados pelas bandas Quilomblocada, Malcriados e Nitro no Calçadão Manelão do Mercado Cultural.

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E viva do dia da PÁTRIA brasileira!

Um comentário:

Flávio disse...

Aldimar Lima dos Reis ou Dinho Reis como queiram, é o que existe de mais sublime na cultural da Região Norte.
É um produtor cultural autêntico, algo muito raro. Um ser humano especial, que sempre fecha com a cultura, amizade e lealdade.