terça-feira, 22 de setembro de 2020

Itaú Cultural abre nova convocatória a ponte, com foco na potência do fazer virtual

No dia 21 de setembro (segunda-feira), o Itaú Cultural abriu as inscrições para a terceira convocatória de a ponte: cena do teatro universitário, agora em formato reformulado, digital e ampliado. Mantendo a proposta de renovação da cena teatral, diluindo fronteiras e aproximando estudantes, nesta edição o programa acontece em dois eixos: Jornada de Aprendizagem Expandida, que aposta na potência das ações virtuais em cinco opções de salas de aulas online temáticas a serem escolhidas pelo candidato, e Seleção de Trabalhos de Conclusão de Cursos, que dá luz à produção acadêmica de teses sobre as artes cênicas realizadas no período 2019-2020.

Para ambos os eixos, as inscrições devem ser feitas a partir das 9h da segunda-feira 21 de setembro, no site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br). Para o primeiro eixo, elas ficam abertas até às 23h59 do dia 25 de setembro (sexta-feira). A data se expande até 2 de outubro, no mesmo horário, para quem se inscrever no segundo eixo. a ponte é direcionada a estudantes de cursos técnicos e universitários de artes cênicas em território nacional, vinculados a uma instituição de ensino e maiores de 18 anos. A instituição oferece interpretação em Libras para os selecionados que o indiquem no ato da inscrição (confira abaixo o serviço completo e as datas previstas para a divulgação dos resultados nas duas categorias).

“O momento atual tem trazido muitos desafios para o campo das artes cênicas, em todas as esferas, o que não é diferente para o teatro universitário, com o qual (a mostra) a ponte propõe franco diálogo. Para além das questões da virtualidade, da necessidade de ampliar o sentido e entendimento da presença, propomos um mergulho em saberes, dissidências que historicamente vem sendo superficialmente trabalhadas, ou mesmo negadas, nos currículos”, reflete Galiana Brasil, gerente do Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural, sobre as novidades.

Para Galiana, esta edição surge como uma ponte entre mundos e tempos. “Se de um lado o programa se faz aderente às questões atuais, firmadas em um presente pandêmico comum, em outra medida recupera ausências curriculares há muito reclamadas, com o intuito de agregar vozes, ligar interesses, emergir saberes e contribuir com o processo de formação que deve reverberar nos processos cênicos Brasil adentro”, justifica.

Prática

 

A partir de questionamentos, as aulas permeiam assuntos que passam pelo currículo universal das artes cênicas, mas não são trabalhados de forma aprofundada na academia.

A Sala 1, Dramaturgias, palavra plural? tem à frente a dramaturga Dione Carlos, orientadora artística do Núcleo de Dramaturgia da Escola Livre de Santo André, e Marcos Barbosa, dramaturgo formado pelo Instituto Dragão do Mar, do Ceará, e professor da Escola Superior de Artes Célia Helena, em São Paulo.

 

Discurso e práxis para uma cena Queer - É possível falar de cena Queer? conduz a Sala 2. Além da contextualização da presença e da memória LGBTQI+ nas artes performativas do Brasil, os encontros debatem sobre as subjetividades e identidades queer, a partir de referências artísticas e teóricas que observem os procedimentos dissidentes de criação estética. As aulas têm como orientadores a dramaturga, poeta, diretora, atriz e professora Ave Terrena e Rodrigo Dourado, professor do Curso de Teatro do Departamento de Artes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisador das áreas de Performatividade e Teatro Contemporâneo, Identidades de Gênero, Sexualidade e Teatro e Estudos Queer.

O tema da Sala 3 é PoÉticas das materialidades da cena - O figurino e a maquiagem são marginais na criação? com Marcondes Lima, professor do Departamento de Artes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutorando em Artes Performativas e da Imagem em Movimento pela Universidade de Lisboa, além da participação do pernambucano Fábio Soares, figurinista, bailarino e brincante de cavalo marinho, e de Cyntia Carla, professora da Universidade de Brasília (UnB), além de figurinista, diretora, professora, circense, atriz, cenógrafa e maquiadora.

A Sala 4, comandada pelas atrizes e encenadoras Luciana Lyra e Tânia Farias, questiona: Existe corpo na virtualidade?  Dimensões pessoais e políticas do corpo: a cena como plataforma. Aqui, a problematização do corpo, em tempos pandêmicos de inevitável virtualidade, é o ponto de partida para o desdobramento de estudos sobre a história do corpo, seus padrões e suas práticas, resultantes de múltiplas relações biológicas, biopolíticas, estéticas, culturais e ambientais.

 

Por fim, a Sala 5 aborda o tema Quem tem medo de teatro para criança? O artista, o Teatro e as Infâncias. Orientadas pela artista de teatro, pedagoga e pesquisadora Brenda Campos, e Sandra Vargas, atriz, diretora, dramaturga e uma das fundadoras do grupo SOBREVENTO, as aulas são realizadas por meio de exercícios práticos e reflexivos sobre o fazer teatral para as infâncias, provocando os participantes a perceberem caminhos possíveis para a criação de um espetáculo teatral voltado para crianças.

 

Serão selecionados até 40 estudantes para cada uma das cinco salas virtuais, para cumprirem uma carga horária prevista de 20 horas. As aulas acontecerão por meio da plataforma crossknowledge em 10 encontros realizados de 9 de novembro a 15 de dezembro. Os selecionados serão divulgados no dia 26 de outubro pelo site do Itaú Cultural.

 

SERVIÇO:

 

Convocatória a ponte: cena do teatro universitário

Inscrições:

Eixo 1: Jornada de Aprendizagem Expandida:

De 21 de setembro (segunda-feira), às 9h, até 25 de setembro (sexta-feira), às 23h59

Pelo site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br)

Divulgação dos selecionados: 26 de outubro de 2020 (segunda-feira)

Eixo 2: Seleção de trabalhos de conclusão de cursos de 2019/2020

De 21 de setembro (segunda-feira), às 9h, até 2 de outubro (sexta-feira), às 23h59

Pelo site do Itaú Cultural (www.itaucultural.org.br)

Divulgação dos selecionados: 14 de janeiro de 2021 (quinta-feira).

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