Só quem viveu os carnavais dos
anos 50, 60 e 70 do século passado, sabe o quanto o desfile do bloco Pirarucu
do Madeira 2018, foi importante para a história do nosso carnaval de rua.
Luciana Oliveira e Ernani
Segismundo tiveram a feliz idéia de relembrar através de estandartes, os blocos
que faziam o folião de Porto Velho sair de suas casas, para brincar ou apenas
apreciar os desfiles, na Presidente Dutra, Sete de Setembro e depois Carlos
Gomes, Pinheiro Machado e por fim, na avenida Farquar. Como era gostoso
assistir as disputas dos cordões do Imperial X União Operária; Danúbio Azul
Bailante Clube X Guaporé e Ypiranga X Bancrévea Clube.
Em virtude de problema de
saúde tinha anunciado que não iria participar do desfile do Pirarucu do Madeira
na tarde do domingo passado, até consegui por alguns quarteirões apenas
apreciar, sem entrar na folia, porém, com cara de quem não quer nada, a Luciana
chegou ao meu ouvido, na esquina da Tenreiro Aranha com a Carlos Gomes e
sugeriu: “Canta Ceará de Iracema” de início disse que não conseguiria, mas, a
emoção do pedido falou mais alto e de repente, lá estava eu, mais que
empolgado, cantando, não apenas o Ceará de Iracema, mas, um bocado de
samba-enredo das nossas escolas de samba. O mais interessante foi que não senti
nada, segui cantando e sambando por várias quadras e só parei porque o maestro
Silvinho Santos disse que estava na hora de voltar às
Marchinhas e Frevos.
Essa foi a essência do
carnaval, proporcionada pelo Pirarucu do Madeira este ano, nos transportou para
os grandes carnavais de outrora, do bloco Rei da Selva, da irreverência do
folião Inácio Campos, das escolas de samba O Triângulo Não Morreu e Deixa Falar
e mais recente, os blocos Da Chuva, do Sol, da Múmia e Oxerevause. Já pensou se
algum grupo de folião achasse de reviver o estilo de brincar dos “Cobreiros” do
bloco da Cobra?
A chuva fina que insistia em
cair não conseguiu desanimar os foliões do Pirarucu do Madeira, cada gota de
chuvisco, era como se fosse uma dose cavalar de energético e para não deixar a
“peteca cair”, a Regiane e a Banda Puraquê mandava de lá: “As águas vão rolar,
garrafa cheia eu não quero ver sobrar…”. Agora, é esperar sábado dia 10 chegar,
para mais uma vez, brincar o verdadeiro carnaval, no desfile da Banda do Vai
Quem Quer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário