O exercito brasileiro, em
especial o de Rondônia, está comemorando os 50 anos de implantação do 5 °
Batalhão de Engenharia e Construção – 5° BEC.
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O 5° BEC foi criado
justamente, para atuar no então Território Federal do Rondônia e tinha como uma
de suas principais metas, manter o tráfego da BR 364 cuja construção, aconteceu
graças ao desafio feito pelo governador Paulo Nunes Leal ao presidente da
Republica Juscelino Kubitschek. “Presidente o senhor já
construiu a estrada Belém/Brasil e Rio Grande do Sul/Ceará, porque não constrói
o Outro Braço da Cruz ligando Brasília ao Acre?
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E então em 1966 a cidade de
Porto Velho foi tomada por buzinas de carros e zuada de motor de máquina pesada
de tudo quanto era tipo e marca. Soldados marchando como se fossem para a
guerra (o que não deixava de ser). Era o 5° BEC chegando.
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A mulherada de “vida fácil”,
que naquele tempo morava nos prostíbulos Mãe Preta, Tambaqui de Ouro, Anita,
Tartaruga, Deusa, Adelicia e Maria Eunice correram para a 7 de Setembro
festejando a garantia de melhores dias em seus faturamentos.
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As dondocas do bairro dos
“categas”, imaginaram suas filhas casando com um dos oficiais da tropa que acabara
de chegar. Era festa e mais festas cujos convidados especiais eram os graduados
do Batalhão. De sargento pra cima era “oficial”.
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Só que eles chegaram e foram
tomando posse de tudo que lhes era conveniente, muitos ferroviários foram
convidados a desocuparem suas casas para ceder aos oficiais do 5° BEC.
Desapropriaram (na marra) o
Campo do Mario Monteiro e instalaram o quartel que ficou conhecido como REO.
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Vale salientar que a BR-364
já estava aberta desde 1960, faltava apenas sua manutenção, o que passou a ser
feita pelo 5° BEC e assim mesmo precariamente.
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O acesso para o Campo do
Mario Monteiro agora sede do Batalhão era apenas pela Rua Prudente de Moraes
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Então o BEC resolveu abrir a
Rua Major Guapindaia que ia só até a José do Patrocínio que passou a se chamar
rua Norte Sul que depois teve o nome mudado para Rogério Weber.
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Para isso desbastou o Alto
do Bode e acabou com a Baixa da União e nesse rolo, foi também o Morro do
Querosene e o Ramal São Domingos.
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Uma das coisas boas do 5°
BEC foi a criação do Bairro da Liberdade para onde levou os moradores da Baixa
da União e Alto do Bode.
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A pior ação do 5° BEC foi a
erradicação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré em 1972.
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O pior disso tudo, foi que
seus comandantes da época, mandaram jogar no rio Madeira várias peças
(composições da Ferrovia), Transformaram um dos galpões num clube de festa
(Cibec) e levaram a locomotiva 12 para o Pátio do Quartel (na REO).
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Abriram o primeiro
supermercado de Porto Velho e assumiram o Ferroviário Atlético Clube,
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Eles não abriram a BR 364,
mas, abriram a BR 425 que liga Abunã a Guajará Mirim mas, quem a asfaltou foi o
empresário Isaac Bennesby quando prefeito de Guajará.
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Também concluíram a BR 319
(Hoje é 364) ligando Abunã em Rondônia ao Estado do Acre. Um dos seus mais
“falados” destacamentos foi o de Manuel Urbano.
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Não sei até que ponto os
portovelhenses pé no chão, os mais antigos (como eu), podem festejar os 50 anos
do 5° BEC!
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Sei que os “categas"
que viviam se deleitando com os canapés oferecidos no clube dos Oficiais do 5°
BEC, estão felizes da vida contando a história glamorosa do Batalhão que acabou
com o nosso maior patrimônio histórico, a EFMM. Parabéns!
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