Hoje
nossa página é toda dedicada ao amigo Antonio Alves o Toniquinho.
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Toninho
foi nosso colega de redação por alguns anos e que colega, com ele não tinha
tempo ruim. Quando estava invocado deixava o que estava fazendo e ia tomar umas
no bar mais próximo da redação.
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Muitas
vezes nessas escapadas, esquecia que o caderno sob sua responsabilidade, estava
por ser fechado e quando dava por conta, muitas vezes já era noite, corria e já
chegava à redação se “maldizendo” “é uma merda essa bbbosta...”
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O
redator chefe em determinada época era o Nilton Salinas e numa dessas escapadas
do Toninho o negócio pegou de verdade, porque estava atrasando o fechamento do
jornal como um todo.
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Quando
Toninho entrou na redação proferindo as palavras chaves “Merda e BBBosta!” o
Nilton o mandou embora. “Pode ir embora e amanhã você passa no RH ta bom”.
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No
outro dia à tardinha, Nilton Salinas se dá conta que o Caderno que até o dia
anterior era de responsabilidade do Toninho estava todo por fazer, então
indagou: “Cadê o Toninho?” e alguém lembrou você não deu as contas dele ontem a
noite!
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Nilton
coçou a cabeça, virou pro motorista de plantão e ordenou: “Vai buscar o Toninho
e diz que eu o quero aqui, agora fechando o caderno” e o Toninho chegou
dizendo: “Isso é uma Merda, BBostaaa”!
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Era
assim. Por essa e por outras é que eu o considerava o “último Jornalista
Romântico” que passou pela imprensa de Rondônia.
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No
fundo no fundo, Toninho era um gozador de primeira linha. Não deixava passar
nada sem que fizesse uma gozação. Já era uma gozação ao torcer pelo Botafogo
“Essa merda...” dizia ele.
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Altair Lopes o Tatá lembra uma passagem com o Toninho Alves:
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Num certo entardecer: ao sair da Prefeitura o celular toca e do outro
lado da linha vem aquela voz ligeiramente rouca que lembrava o timbre do Paulo
César Pinheiro. Era o Toninho (Antonio Alves) a sondar minha localização
perguntando - Tatá onde estais! Me dê suas coordenadas, pois, dependendo de sua
posição temos uns goles pra resolver.
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Na verdade ele estava defronte ao seminário (hoje faculdade católica),
a me rastrear e seguir com sua mira infalível. E pronto íamos ao Villas Bar (na
Carlos Gomes) ou ao Bar do Bolívia (na Joaquim Nabuco) onde sorvíamos, em
seqüência, algumas espumosas enquanto reeditávamos livros e autores, músicas e
cantores, cenas e atores, bedéis e doutores, credores e devedores, cobrados e
cobradores, fiéis e fiadores, padres e pastores... Já em noite alta íamos
embora, organizar a ressaca e os arquivos do dia seguinte. Saudade boa o amigo
Toninho, Deus cuide dele!
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Seguindo
o que reza o manual de tudo quanto grande editora de jornal, publicamos a nota
de falecimento de Toninho Alves:
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Um
dos grandes profissionais da imprensa rondoniense no final da década de 90 até
meados dos anos 2000, o jornalista Antônio Ferreira Alves o “Toniquinho”,
morreu no início da noite de segunda feira 25, no Rio de Janeiro, onde residia
e estava internado há cerca de uma semana após uma parada cardíaca.
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Antônio
Alves atuou no Diário da Amazônia, Folha de Rondônia, TV Allamanda, RedeTV-RO,
TV Candelária e principalmente na TV Rondônia, onde foi chefe de jornalismo.
Também esteve atuante em movimentos sociais e culturais.
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O
jornalista mudou-se para o Rio de Janeiro, há cerca de quatro anos. Há pouco
mais de uma semana passou mal, foi internado e no sábado teve parada cardíaca.
Nesta segunda não resistiu.
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Descansa
em PAZ AMIGO!
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