Poxa vida,
minha amiga Elizabeth Madeira de Assis me fez voltar no túnel do tempo,
ao postar no grupo saudosismo portovelhense
a foto que reproduzo aí em cima.
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Era o carnaval de 1987 e a escola á a Unidos da
Castanheira. e o que estou fazendo no desfile da escola da Arigolândia se minha
escola era a Pobres do Caiari.
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Acontece que o Samba de Enredo era de minha
autoria em parceria com o Torrado, daí minha presença na avenida. Vamos contar
a história do carnaval daquele ano de 1987.
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Por um pequeno problema que aconteceu na
disputa do samba de enredo da Escola de
Samba Os Pobre do Caiari, na qual o vencedor foi o Bainha e eu me achando
prejudicado, aceitei fazer o samba Unidos da Castanheira a convite de outro
dissidente da Caiari meu amigo José Carlos Lobo e como o Torrado era o
intérprete principal da escola o convidei para ser meu parceiro.
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Isso não quer dizer que traí minha escola, pois
desfilei pela Caiari cantando o Samba do meu amigo particular Bainha sem
problema nenhum.
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Na foto estou admirando o Torrado (um dos melhores
interpretes de samba enredo da Amazônia), puxando o refrão: Quem sabe, sabe.
Quem não sabe, vai embora. Ou é calça de veludo, ou então bumbum de fora...”. A
escola não ganhou o título, mais o samba, até hoje é cantado em tudo quanto é
roda de samba.
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O carnaval de 1987 marcou deveras minha vida de
compositor de samba enredo. No dia da finalíssima do concurso de samba da
Pobres do Caiari na qual vi meu samba ser derrotado, pelo juri que preferiu o
samba do Bainha que por sinal era e é muito bom.
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O que mais me deixou chateado, foi que perdi no
Voto de Minerva, pois, nosso samba havia empatado na nota dos jurados e o
presidente da Escola que não tinha que dar pitaco na decisão do juri, achou de
subir no palco e anunciar que como
presidente da escola: “Elejo o samba do Bainha vencedor”.
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Assim que o resultado foi proclamado, no calor da
decepção, falei para os diretores da escola. “VOU GANHAR DE VOCÊS NA AVENIDA”.
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Flávio Daniel vivia me instigando a participar do
concurso de samba de enredo da Diplomatas cujo tema era de sua autoria:
“SIMPATIA É QUASE AMOR”. Torrado à época, não saia do Chaveiro Gold do Manelão
que funcionava na Galeria do Ferroviário e me convidou para ser seu parceiro no
samba da Diplomatas.
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Por insistência do Flávio Daniel já conhecia a
sinopse porém, falei pro Manelão que não tinha coragem de trair minha
escola Pobres do Caiari, fazendo samba
principalmente, para a Dilomatas. E o Torrado: “Cumpadre vamos fazer o samba
juntos”.
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Torrado me apareceu com uma letra e melodia muito
boa, só faltava parte da segunda parte e o refrão de virada, ou melhor,
finalizar o samba.
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O dia o encerramento das inscrições foi chegando e
nada deu concordar em participar. Deixa que já havia feito minha parte do
samba, porém, não falei pra ninguém.
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As inscrições se encerravam a meia-noite daquele
dia. Saímos do Chaveiro eu, Manelão e Torrado e fomos pra minha casa, e o
Torrado aperreando e eu nada de terminar o samba,
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Quando deu ONZE E MEIA da NOITE falei: Torrado
canta aí a tua parte! Quando ele terminou, eu cantei o final do samba com o
Refrão “Pra amar tem gay, Sapatão e Tem Piranha, Simpatia é Quase Amor, Nessa
Vida Tão Estranha...”.
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Entregamos a fita e letra do samba faltando menos
de cinco minutos para a Meia Noite. Resultado, ganhamos o concurso, a escola
foi campeã e então lembrei aos diretores da Pobres do Caiari.
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Não disse que ganharia de vocês na AVENIDA!
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