A REUNIÃO NO BAR CHOPÃO
Quando
chegamos ao Bar Chopão fomos muito bem recepcionados pelo seu proprietário o
empresário Iran, um amigo da nossa turma de longas datas.
A
cachaçada não parava, uns bebiam uísque, outros cerveja e alguns como eu pinga
pura (cachaça), enquanto o Iran preparava os tira-gostos a gente discutia sobre
qual nome colocar na nova entidade carnavalesca. Nesse interim, por força do
alto teor de álcool, algumas discursões mais acirradas aconteciam, por exemplo:
A CONTENDA ENTRE NENEM X PAULO QUEIROZ
Nenem
é o apelido do Antônio Edson Andrade portovelhense roxo, daqueles que a época,
era invocado, (acho que até hoje), com os migrantes e por isso, não queria
admitir as sugestões do jornalista Paulo Queiroz sobre como deveria ser a
Banda.
Vale
salientar, que Paulo Queiroz era um paraibano de mais de Um Metro e Oitenta de
Altura e o Nenem não passava de Um Metro e Meio. Não tinha como aquele baixinho,
enfrentar o gigante Paulo Queiroz mesmo assim, Nenem insistia em não concordar
com as opiniões do Paulo que por ser uma pessoa muito bem preparada
psicologicamente e intelectualmente falando, levava as ofensas na brincadeira,
o que foi irritando o Antônio Edson cada vez mais, ao ponto, de num determinado
momento, partir para as vias de fato. Paulo estava sentado de um lado da mesa
em frente ao Nenem e quando vimos, Nenem se levantou, se afastou um pouco e
PULOU no rumo do Queiroz na intensão de aplicar uma Tesoura Voadora. Paulo
muito esperto e experiente em rabissaca, apenas tirou o corpo de banda e o
Nenem se esborrachou no chão. Quando a gente pensava que o negócio iria pegar
fogo, Nenem se levanta passando a mão no rosto e sem falar nada, senta-se em
seu lugar e a farra continuou como se nada tivesse acontecido.
O RONCO DO GENERAL
Manelão
não assistiu nada dessa briga, pois, assim que tomou um Caldo de Mocotó
reforçado, servido pelo Iran, capotou de vez e sua presença só era notada,
graças o Roncar que vinha da cadeira que ele fez questão de colocar um pouco
afastada da nossa mesa. Como já conhecíamos esse particular do Manelão ninguém
o perturbou durante o resto da tarde, afinal de contas, aquilo era o “Ronco do General”.
AS MULHERES FUNDADORAS DA BANDA
Apesar
de naquele tempo, muito mais do que hoje, os homens em suas reuniões não abrirem
espaço para as mulheres, na reunião que culminou com o Surgimento da Banda do
Só Vai Quem Quer, duas mulheres participaram ativamente, inclusive apaziguando
os mais exaltados e opinando sobre como seria seu desfile.
Eliana
e Lica – A Eliana namorava o Emilzinho e a Lica além de querida por todos nós,
era amicíssima da Eliana, ambas moravam no bairro Arigolândia (vizinhas), inclusive, as
duas participaram daquele jantar a base de Tatu no Leite da Castanha no sítio
do Manelão.
Elas
sempre estavam com a gente fosse onde fosse. Eliana é casada com o Emilzinho e
a Lica apesar de não ser mais a foliã de antes, sempre aparece na sede da Banda
quando chega o carnaval.
O NOME DA BANDA
SEDE DO JORNAL O GUAPORÉ |
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