segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Lenha na Fogueira - 29.10.19


Depois de passar minutos agradáveis, num Circo que se encontra armado em Porto Velho, sábado passado 26, junto com esposa, sogra e sobrinhos, fui surpreendido ao chegar em casa, na Zona Sul.
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Ao abrir a porta, nos deparamos com uma cena que não desejo ser vista por ninguém, estava tudo revirado. De imediato sentimos que havíamos sido roubados. E lá foi o que conquistamos e construímos com muito sacrifício ao longo dos anos.
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Entre todos os objetos surrupiados pelos marginais, o que mais sentimos, foram dois HDs e a Câmera Fotográfica (profissional), ferramenta de trabalho da minha querida esposa Aninha.
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Nos HDs está nossa história como profissional da comunicação social no Setor Cultural, além de momentos familiares e em reuniões com amigos.
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Eu diria sem sombra de dúvida, que a Memória Cultural do nosso estado e em especial da cidade de Porto Velho foi junto e com certeza, será descarta pelos bandidos, pois, para eles não tem valor algum, creio que nem mesmo saibam do que se trata. O mais que podem “curtir”, são as fotos dos desfiles da Banda do Vai Quem Quer e as apresentações folclóricas no Arraial Flor do Maracujá.
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Não vão querer saber nem mesmo sobre a história da Madeira Mamoré; do Duelo na Fronteira; dos meus Livros: “História de Porto Velho”; “História do Carnaval em Porto Velho” e as “Histórias do Menino Barrigudo”. Foi-se tudo. O Original do “Peripécias do General” também se foi com os BANDIDOS.
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E a memória fotográfica existente nos arquivos dos HDs? Nem se fala, é muito registro. O Projeto “A História de todos, por cada um” que realizei com o cinegrafista Robson Paiva em 2014, quando atendendo sugestão do Osmar Silva do Decom (SECOM) saímos registrando depoimentos de Pioneiros de verdade, os que realmente chegaram primeiro e ocuparam ‘DATAS’ (áreas de terra), quando Rondônia estava sendo colonizada. Chegamos a registrar a história dos municípios de Santa Luzia, Rolim de Moura, Alta Floresta, Alto Alegre dos Parecis, Ji Paraná entre outros. Verdadeiras Jóias que estavam salvas em nossos HDs e foram ROUBADAS.
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Quanto a Câmera Fotográfica da Ana uma Canon T3I, Com uma Lente 18 X 135 mm, mais o Apara Sol. Quem conhece sabe o valor do equipamento. Não é fácil! “Mais tem Deus Pra nos Dar que o Demo pra Levar”. AMEM!
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O bom disso, foi que confirmamos o quanto somos queridos nessa cidade, eu e a Ana. Muitos amigos policiais, autoridades de defesa, logo passaram a entrar em contato, dizendo que estão utilizando seus contatos policiais e pedindo investigação acirradas. Não é pouca gente não. Acho que os LADRÕES terão dificuldades para negociar o produto do ROUBO, pois, o cerco está grande. A população e em especial, os comerciantes dos bairros da Zona Sul já estão praticamente todos informados e com as características dos objetos ROUBADOS.
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Olha, se conseguirmos recuperar nossos HDs e a Câmera Fotográfica ficaríamos muito feliz! Levaram também nosso Not Book e um Net, mas, no arquivo desses equipamentos, os registros são descartáveis.
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A memória mesmo está nos HDs.
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Graças a Deus que não estávamos em casa. Já pensou! Os caras poderiam nos fazer de reféns. Deus é Mais!
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Entre tudo, o que vale, é que estamos vivinhos da ‘silva’ e o que é melhor, contando a história de mais uma cena de violência em Porto Velho.
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O RAPADURA nos salvou! Obrigado Senhor!

Um comentário:

Luiz Albuquerque disse...

Meu amigo, é a triste realidade que vive grande parte de nosso povo. Embora até agora eu não tenha ainda passado por situação igual, pelo que agradeço a Deus, imagino como vc e seus familiares se sentem. Resta o alívio de não terem se tornado reféns e a esperança que os equipamentos sejam logo recuperados, se possível com os arquivos intactos. Um a ração!