Hê!
Hê! Hê! fumacê! Ah! Ah! Ah! fumaçá!... Êh fumaceira, tá saindo do lado de lá. Tem
alguém queimando coisa; Tá botando prá quebrar... Ou será que é o Zé Bento? Tá
roçando prá Plantar; Ou então é a Zefinha; Que prepara o meu jantar? Se não For
o João da Nêga Que fugiu para fumar...
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Pois
é, a letra da música “Fumacê” dos Golden Boys sucesso dos anos de 1970, se fosse
reeditada nos dias de hoje, com certeza faria sucesso.
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Primeiro
porque nos deixa sem saber realmente que é o responsável por tanta fumaça, que
toma conta do ambiente, no caso de hoje, da cidade de Porto Velho.
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O
pior, é que é um tal de empurra empurra e no final ninguém sabe a quem recorrer
quando se trata da atual situação na qual nossa população se encontra.
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Os
hospitais as clinicas pediátricas e geriátricas estão abarrotas de crianças e
idosos com problema de respiração, provocado pela fumaceira que assola Porto
Velho, Rondônia e toda a Amazônia. O interessante é que as autoridades nacionais
ao em vez de darem suporte às secretarias de saúde dos estados afetados pelas
queimadas, que segundo consta, estão alcançando índices alarmantes este ano,
ficam colocando a culpa uma nas outras.
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Teve
quem dissesse que governadores estão fechando os olhos e não providenciam punições
em seus devidos estados, àqueles que provocam as queimadas.
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Depois
passaram a colocar a culpa dizendo que as ONGS ambientalistas estão provocando
as queimadas como retaliação às sansões do governo.
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Só
tá faltando dizer que as queimadas estão sendo provocadas pelos índios ao acenderem
suas COIVARAS;
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Coivara é Uma técnica agrícola tradicional utilizada em comunidades tradicionais como
Quilombolas, Indígenas, Caiçaras e Ribeirinhas no Brasil.
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Ta
certo que em alguns casos a queimada é provocada pela impudência dos motoristas
e passageiros de veículo que trafegam por nossas Rodovias e Estradas, ao
jogarem BITUCA de cigarro provocando o braseiro que em poucos minutos, se
alastra e se transforma num grande fogaréu.
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Quem
não sabe preparar o Aceiro (Atalhada ou sesmo. É o desbaste de um terreno em
volta de propriedade, matas e coivaras, para impedir a propagação de incêndio).
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Quando
o agricultor ou o latifundiário não tem uma equipe que conheça os segredos do domínio
de uma “Queimada” e então fazer o Aceiro mal feito, o fogo se alastra e muitas
vezes até causa a morte de quem foi o responsável pela Queimada.
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Tenho
a impressão que em Rondônia, na atualidade, ou ninguém sabe fazer o Aceiro ou
nunca nem ouviram falar que fogo em propriedade rural, tem como ser controlado,
desde que o Aceiro seja bem feito.
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Tudo
indica que o negócio é só riscar o fósforo e jogar no capim seco e pronto.
Depois é sair de perto para não ficar carbonizado pelo fogo cujo Aceiro foi mal
feito.
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Por
outro lado, como o negócio está sem controle, o fogo vai se alastrando e a
população é que se lixe.
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O negócio
é queimar para preparar o terreno para plantar soja, milho e outros grãos e
formar pasto para garantir o superávit da balança comercial do estado de
Rondônia.
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Estamos
no topo. Rondônia não pode parar, somos dos poucos estados brasileiros que não
vivem com pires na mão, graças a nossa produção Agropecuária.
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Nossa
carne é consumida pelo um do afora, enquanto os grãos produzidos nas terras
cujas queimadas hoje, estão causando grande dano à saúde da nossa população.
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Não
importa mais um frasco de SORO e nem um INALADOR. O que importa é garantir a
próxima safra!
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