O Centro Técnico Audiovisual (CTAv)
da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania vai investir R$
16,1 milhões, em recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), para a
capacitação de profissionais envolvidos na cadeia produtiva do audiovisual. Por
meio de edital, 31 projetos de todo o Brasil foram selecionados e receberão
montantes que variam de R$ 350 mil a R$ 650 mil. Este é o primeiro passo para
consolidar o CTAv como um grande centro de capacitação e formação no setor
audiovisual.
Para a coordenadora-geral do CTAv,
Daniela Pfeiffer, a formação deve ser entendida como um dos mais importantes
elos da cadeia produtiva e a linha de investimento é uma conquista para o
setor. “A formação é o grande gargalo da indústria audiovisual”, destaca. “Não
adianta investir só em produção se os profissionais dessa indústria não estão
capacitados, não estão preparados. O objetivo é qualificar e profissionalizar o
mercado audiovisual”, ressalta.
A linha de investimento do Fundo
Setorial do Audiovisual (FSA) em capacitação e formação de profissionais para o
mercado do audiovisual é resultado de uma ação conjunta entre a Agência
Nacional do Cinema (Ancine), o CTAv e a Secretaria do Audiovisual do Ministério
da Cidadania (SAv) para ampliar o desenvolvimento de todos os elos da cadeia
produtiva do audiovisual.
Desde 2018, o CTAv tem realizado
ações de capacitação e formação, como workshops e cursos gratuitos em todo
Brasil, visitas guiadas de universidades um programa com escolas públicas
voltado para formação do olhar. “O edital de formação foi a cereja do bolo”,
avalia Daniela.
Pâmela Ribeiro Neri, de 20 anos,
passou por duas turmas do Estúdio Escola de Animação, um dos projetos
selecionados no edital e que, há seis anos, capacita jovens para essa
linguagem. Atualmente, ela é animadora 2D em um estúdio e acredita que o
projeto foi fundamental para seu posicionamento no mercado de trabalho. “Foi o
que me fez conhecer a animação e trabalhar onde eu estou hoje, me aproximou dos
profissionais que trabalham na área”, afirma.
Diretora da Baluarte, uma das
realizadoras do projeto do Estúdio Escola de Animação, Paula Brandão comenta
que o objetivo é inserir jovens no mercado de trabalho e fortalecer o mercado
produtor de conteúdo. “Nós não queremos só bons animadores técnicos, queremos
bons produtores de conteúdo nacional”, aponta. Paula entende que o Brasil é uma
“potência criativa gigantesca na área de comunicação, que já vem sendo
reconhecida internacionalmente”.
Paula entende que políticas voltadas
especificamente para formação são essenciais. “Estamos a todo o momento
estimulando a cadeia produtiva do audiovisual, e não podemos deixar de fora
aquilo que fornece a mão de obra especializada e qualificada”, observa.
Acessibilidade
Outro projeto selecionado no edital
do CTAv é um curso voltado para formação em acessibilidade, que busca preparar
a cadeia produtiva do audiovisual para um público composto por cerca de 20
milhões de pessoas, entre surdos, ensurdecidos e cegos. “Nosso plano é formar
empresas produtoras e os profissionais do Brasil para trabalharem como esse
público”, destaca o coordenador do projeto, Chico Faganello. “Existem muitos
tabus, mas a tradução para surdos e para cegos é apenas mais uma tradução. Não
precisa criar um departamento de acessibilidade dentro da empresa para que seja
realizada”, explica. O curso será semipresencial e on-line, com duração de 260
horas, em todas as regiões do país.
(Fonte - Assessoria de Comunicação - Secretaria
Especial da Cultura -Ministério da Cidadania)
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