Seu
Euro Tourinho está escrevendo a história do jornal Alto Madeira. O Alto Madeira
circulou durante 100 anos. Seu centenário foi comemorado no dia 15 de abril de
2017.
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Euro
Tourinho chega ao Alto Madeira no início da década de 1950, através da coluna
social assinada com o pseudônimo “Eurly” que foi o maior sucesso. Até o
fechamento do Alto Madeira no dia 1º de outubro passado, nenhuma coluna social,
publicada nos jornais de Rondônia fez tanto sucesso como a coluna do “Eurly”.
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O
“caderninho azul” utilizado pelo colunista, para registrar os acontecimentos
nas reuniões dos 'categas', era disputado por toda sociedade porto-velhense.
Euro Tourinho praticamento entrou para a comunicação, por acaso.
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Era
proprietário de uma casa de sinuca na rua Barão do Rio Branco, ao lado da sede
do jornal que ficava em frente a praça Jonathas Pedrosa e sempre aos finais de
tarde, quando o movimento do bar era pouco, ia para a redação do jornal e
ajudava corrigir as “provas” das matérias que sairiam no jornal do dia
seguinte.
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Como
sempre frequentou os eventos sociais da cidade e por insisitencia do Editor do
jornal (se não estou enganado seu Arnaldo), que gostava de sua ideas,resolveu
registar o que acontecia nas festas, casamentos, reuniões etc. para publicar no
jornal como “Coluna Social”.
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Durante
muito tempo, só dava “Eurly” fazendo sucesso. Não tinha Lindomar Soares e Yedda
Bozarcov que escreviam para o jornal O Guaporé que derrubasse a audiência da
“Eurly”.
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Com
a chegada do cearense Ciro Pinheiro, seu Euro já como diretor Editor do Alto
Madeira, cargo que conseguiu após vencer uma pendenga com o líder da facção
política conhecia como cutuba deixou o colunismo social. Vale salientar que
Euro Tourinho também escrevia artigos políticos e não apenas a coluna social.
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Não
existe ninguém mais abalizado para escrever a história do jornal Alto Madeira e
por conseguinte a história da imprensa escrita em Rondônia que Euro Tourinho.
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De
Tanajura aos dias de hoje, Euro sabe tudo sobre os bastidores do jornal que
deixou de circular a menos de um mês. Basta lembrar, que dos 100 anos do
jornal, Euro viveu aproximadamente 70 anos dentro de sua redação.
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Euro
está escrevendo um livro - ainda sem um nome definido, e cujos originais já se
encontram em fase de primeira revisão, com os textos feitos em sua máquina de
escrever - ele não usa computador. O lançamento deve acontecer até março do ano
que vem.
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O
jornalista, um dos cinco mais longevos em atividade no país e decano da
imprensa amazônica, prefere não falar muito sobre os textos que está
preparando, mas pretende mostrar a trajetória do AM, a partir do que já
pesquisou e do que acompanhou.
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Sem
querer entrar em muitos detalhes sobre a obra, Euro lembra, no entanto, que vai
contar fatos que nunca revelou nas centenas de entrevistas que já concedeu.
“Tem muito mais”, ele garante.
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O
livro que Euro Tourinho vai publicar com a história do Alto Madeira, não tenho
dúvida, será objeto de consulta para os estudantes de jornalismo, não só de
Rondônia, mas, do Brasil e do mundo.
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Com
certeza, muita gente está ansiosa para, quem sabe, ser lembrada na última
edição do “Caderninho Azul” do “Eurly”.
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